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Os Jogos poderiam influenciar a violência nos jovens?

Jogos podem influenciar a violência nos jovens?
Jogos podem influenciar a violência nos jovens?

No mundo, para todos os eventos ocorridos de forma incomum, sempre buscamos um bode expiatório, tentando explicar possíveis motivações dos atos. Com os acontecimentos na escola RAUL Brasil, em Suzano (SP), não seria diferente. Na manhã desta quarta-feira (13), dois ex-alunos da escola entraram atirando e matando 8 pessoas entre alunos e funcionários. Lembrando o episódio conhecido como o “Massacre de Columbine” em abril de 1999, apesar do tempo é impossível não comparar. A associação dos games retornam a pauta com os eventos ocorridos em Suzano. Devido os jogos nos moldes Battleroyale estarem em alta no Brasil e resto do mundo, autoridades e reportagens sensacionalistas estão vinculando a motivação por influência dos jogos do gênero de sobrevivência.


Não é a primeira vez que tentam vincular ou denegrir os games. Também no ano de 1999, o ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira foi sentenciado a pena para 48 anos e 9 meses, ficou conhecido como “O Atirador do Cinema”, por ter disparado uma submetralhadora 9mm portátil contra pessoas da plateia de uma sala de cinema do shopping center Morumbi Shopping , na cidade de São Paulo, matando três pessoas e ferindo mais quatro. Seus advogados alegaram que Mateus havia sido influenciado pelo jogo “Duke Nukem 3D”, no qual há, na primeira missão (“Hollywood Holocaust”) do primeiro episódio (“L.A. Meltdown“) uma cena de tiroteio dentro de um cinema.

A verdade é que muitos fatores podem induzir uma pessoa a cometer atos deploráveis; tais quais como: abusos e pressão familiar ainda na infância, assimetria – quando a pessoa acha que está acima dos demais e que nada mais faz sentido para conviver em comunhão com os demais seres, insucesso em seu círculo de amizades, bullying, até mesmo problemas cognitivos não diagnosticados podem influenciar por toda vida. Isso acaba por fazer o indivíduo não conseguir retomar sua resiliência.

Muitos dos chamados “gamers”, costumam ter um comportamento antissocial. Porém, estudos indicam que este comportamento está amplamente associado a vida real do que a vida virtual. Jogos ditos violentos, costumam ter um efeito contrário ao imaginado, melhorando o humor e a capacidade de resolução de Problemas. Jogos de tiro do tipo colaborativo, podem causar um efeito de socialização a estes adolescentes dito “isolados”. Associar o comportamento dos rapazes envolvidos a uma possível inspiração em jogos relacionados a tiro, como Free-Fire e PUGB, mesmo que seus trajes sejam similares aos jogos citados, não seria o início da motivação e muito menos o estopim.

O controle parental, mesmo realizado de forma eficaz, não surte efeito no acesso aos jogos por parte dos adolescentes, que tem acesso aos mesmos na casa de amigos e muitos desses mesmos pais, ao lidarem diariamente com o jogo, acabam se acostumando com o conteúdo, não demonstrando tamanha preocupação quanto ao mesmo. Toda mudança de comportamento deverá ser analisada, não culpando apenas a violência gratuita em jogos como o fator predominante de um perfil. Caso um jogo especifico, piore o comportamento de depressão e isolamento de um adolescente, o mesmo deve ser acompanhado de perto, onde o jogo continua apenas uma válvula de escape para algo maior. Culpar jogos pela violência gratuita, seria generalizar o uso do mesmo, excluindo todo potencial que tais atividades têm a oferecer.

A família MeuGamer sente a perda de cada pessoa que perderam suas vidas, por duas pessoas que não tinham amor pelo próximo. Que as famílias das vítimas sejam confortadas e medidas eficazes sejam feitas pelas autoridades de ensino para orientar, a nova geração os guiando para que suas frustrações sejam sanadas o quanto antes.



Post em colaboração com @vanessaferreia do MeuGamer.

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Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

1 COMENTÁRIO

  1. Depende muito do estado mental de qm está jogando, eu jogo free fire e ñ me enfluencia em nada do tipo, até pq tenho controle, mas no caso de adolescentes problemáticos pode ser um gatilho para q um fato ocorra e alguém saia ferido ou morto.

Gamernéfilos, comentem aqui!Cancelar resposta

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