Chronos: Before the Ashes foi uma prequela, totalmente inesperada para contar os acontecimentos antes de Remnant: From the Ashes. Considerando que a Gunfire Games, cuja a equipe tem envolvimento com outros jogos neste âmbito de RPG de ação com elementos de ficção pós-apocalíptico, assim como a franquia Darksiders.
Originalmente o jogo ganhou sua primeira versão em 2016 na loja da plataforma de VR no Oculus. Já que mencionei acima dizendo: “foi”! Poderia eu, estar falando de um jogo em 2020? Na época, o jogo até se saiu bem, e com críticas positivas recebida pelos críticos, no entanto, nunca mais ninguém falou a respeito desta versão. Com o sucesso de Remnant as portas se abriram para ressuscitá-lo e Chronos ganhou sobrevida, agora em telas tradicionais sendo totalmente otimizado.
Nossa gameplay sem comentários abaixo na versão do PS4:
Vamos adentrar nesse mundo que tem uma temática de dieselpunk e premissa medieval.
Não há como comparar Remnant: From the Ashes com Before the Ashes, já que a franquia que segue a cronologia atual, está mais para um Gears of War com Dark souls.
Qual é o preço da juventude?
Quando se é criança conhecemos o mundo pelo ao qual os mais antigos nos contam, logo utilizamos nossa imaginação. E se pudesse viver o passado, futuro e presente?
Ao iniciar nossa jornada, somos encorajados a conhecer um pouco mais do que está por vir, como bom neófito sem experiência e vigor, encontramos um mundo devastado e cheio de criaturas místicas.
Se você é apaixonado por histórias de lutas corpo a corpo, com espadas, machados, lanças, escudos e magia, ficará em partes, inspirado por jogar.
Digo em partes, pois as lutas não prevalecem primeiramente em acrobacia de golpes, mas, pela sumária estratégia que deverá ser aplicada em cada embate.
Vigor, Experiência e Sabedoria
Embora, todas as nossas situações de vida sejam conquistadas por nossa experiência, é necessário o primeiro passo. Conhecer nossos limites, são coisas essenciais para o sucesso de tudo que fazemos. Morrer pode ser uma escolha sábia ou não. Em Chronos: Before the Ashes, a cada morte sua personagem vai ganhando vigor, experiência e sabedoria.
Ou seja, sua aparência vai mudando além do crescimento da massa muscular em seu corpo (da personagem), rugas, barbas no caso de personagem masculino, no feminino, também há mudanças consideráveis.
Começamos na casa dos 18 anos de idade, como RPG, pontos de habilidades são habilitados para escolher em quais mais nos adaptamos, lembrando bastante, os clássicos RPGs de mesa.
O envelhecimento é de fato algo criativo. Como o jogo produz um sistema de penalização, conforme os anos vão se passando, ainda jovem recomendo investir em pontos de experiência na força, agilidade e vitalidade. A cada morte é um ano que se passa, não fique surpreso se envelhecer 15 anos em menos de 1 hora de jogatina. A cada década que se passa, fica ainda mais notório as mudanças faciais e físicas. Ademais, sua característica de franzino (a),vai ganhando forma de homem ou mulher já robustos.
Soulslike mais light?
Conhecendo o estilo de danos em gêneros como soulslike e posso citar soulsborne (referência ao Bloodborne), os combates tendem a ficar ainda mais crítico. Mesmo com todos os upgrades, e claro, causamos mais danos, também sofremos danos iguais. Ao mesmo tempo, lute estrategicamente, caso não seja paciente, chegará em sua meia-idade como passe de mágica. Ainda mais, será inevitável um caminho tortuoso até retomar seu objetivo. Encontre um meio de quebras as defesas dos inimigos.
Injustiça em ambiente claustrofóbico
Sim! O jogo é completamente injusto, aos nos colocar em um itinerário de combate em locais extremamente apertados, para esquivar no timing certo, terá que ser um “jedi”, já que nunca é possível saber se as “criaturas” vão atacar ou cancelar o ataque —, nesses momentos não sei são “bugs” ou simplesmente problemas de “IA”.
Continuando, a câmera nos dá total liberdade de controle controle no ambiente, exceto quando marcamos os inimigos para que nosso ataque seja direcionado ao inimigo selecionado. Evidentemente, é primordial marcar os inimigos, contudo, perdemos nossa agilidade de correr ao atacar ou nos afastar de forma mais estratégica. Desse modo teremos ataques frustrantes e mais uma vida perdida será eminente. Outro incomodo infortuno, em lugares mais estreitos, ao nos aproximar das paredes lutando contra algum oponente, perdemos nossa campo de visão em terceira pessoa. Não! O jogo não passa para primeira pessoa, a câmera que acaba sobrepondo o cenário nos fazendo não ter mais a visão da personagem, este fato dá uma ampla vantagem para as criaturas e novamente outra vida se perderá.
Lamentações de Chronos
Como resultado, mais experiente estará nos combates. Assim como a morte não é o fim, dentro do jogo. Desde que o rei Salomão lamentou na velhice. Sua jornada estará sendo uma tanto dolorosa, para nosso destemido herói, neste momento, a vida se esvai. Afinal, não estamos falando de uma árvore da juventude, mas sim, de uma vida humana que alcançou clarividência da magia e seus ataques, são menos eficazes em ações corpo a corpo. Portanto, ficando claro lançar magias em longas distâncias. Sabendo que tudo isso, somos colocados em lados opostos:
- O primeiro; válido uma posição mais cautelosa e tentar finalizar o jogo ainda jovem ou no máximo próximo da meia-idade;
- ou … no segundo; como cautela não é comigo “prefiro ver a personagem” passando por todas as etapas do envelhecimento. Seja lá o que for sua escolha com certeza, é uma experiência prazerosa.
Bonfire ou cristal, e cristal meu…Oops Espelho?
Descanso e retomada, uma das coisas que jogadores não familiarizados com gênero soulslike estranham logo de cara é o fato dos games não possuir salvamento automático para recomeçar do ponto qual parou. Semelhantemente, em Dark Souls existe a bonfire, porém, em Chronos, existe um cristal, uma espécie de Waypoints, para retomar o jogo em caso de morte. Não se preocupe, os itens adquiridos não são perdidos ao retornar no checkpoint.
Labirintos e suas dificuldades por escalas
Apesar do jogo não apresentar um ambiente gigante, facilmente podemos nos perder em alguns caminhos, conforme vamos adentrando pelas masmorras, liberamos novas passagens ou desbloqueamos atalhos. Tenha uma boa memória, para lembrar dos caminhos corretos e evitar uma briga que levará dano crítico e prejudicará seu próximo passo.
Jogabilidade e Puzzle
Citei acima as instabilidades do movimento de câmera, que nos proporcionava alguns problemas técnicos, no entanto, os controles no movimento da personagem funcionou comigo. O maior problema foi nas batalhas que devemos perceber o momento correto dos golpes. Assim como nossa defesa, há momentos que fica difícil saber se é necessário rolar, defender ou contra-atacar até levar o primeiro dano para compreender o ataque de cada novo inimigo.
Apreciei a forma como os puzzles foram apresentados, sendo elementos de grande importância no jogo para continuarmos, isto positivo. Permaneça sempre alerta para vasculhar locais e encontrar itens valiosos —, não fazendo esse tipo de exploração — vagará pelo cenário sem saber o que fazer. Perdendo preciosas horas de gameplay.
Sons, ruídos e Gráficos
Se existe algo que eu gosto de ficar sempre atento é com a trilha sonora e os elementos de mixagem de som dos games. Entretanto, Chronos: Before the Ashes não explora o lado da trilha sonora. Colocando apenas momentos chaves, já em relação aos inimigos, conseguimos levar uns pequenos sustos quando não os enxergamos e somos pegos desprevenidos.
Por fim, os gráficos otimizados e adaptados para telas tradicionais são simples, porém funcionais. Isso não compromete a experiência do jogador. Inclusive placas mais antigas sem as tecnologias atuais, conseguem rodar sem que o jogo tenha queda de frames e travamentos. Fique ciente, qualidade de sombras e borrão de movimento, não funcionará muito bem. Nas placas atuais coloque tudo no Epic e aproveite.
Gamerdito
Chronos: Before the Ashes é um jogo que nos aprofundo na saga Ashes trazendo um estilo inovador de envelhecimento de cada personagem que escolhemos e trabalhando com sua forma física, mas com embates já conhecidos em outros gêneros com temática soulslike e soulsborne nos punindo por nossas atitudes. Aconselho jogar com calma e traçar uma boa estratégia nos combates.
Prós | Contras |
---|---|
Abrindo o mundo de Remnant: From the Ashes Otimização para placas antigas e nova geração Inimigos cruéis Bons quebra-cabeças | Câmera em alguns momentos confusa Gráficos simples Inimigos são the flash |
A Gunfire Games e a THQ Nordic nos cedeu o jogo para nossa análise na versão do PC e Playstation 4, agradecemos mais uma vez pela parceria. Para ter acesso ao jogo entre na página oficial do game no Steam.
Você também pode acompanhar o MeUGamer nas redes sociais: Instagram, Twitter, e se inscrever no nosso canal do YouTube, Google News.