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Análise de Like a Dragon: Infinite Wealth

Aloha para a nova dinâmica da franquia Like a Dragon exibindo uma grande evolução em relação ao seu antecessor

Imagem reprodução/Sega

Análise de Like a Dragon: Infinite Wealth! Estou trazendo minha experiência com o jogo Infinite Wealth, publicado pela SEGA no fim de janeiro. Antes, a franquia era conhecida no ocidente como Yakuza, obtendo uma performance satisfatória entre os demais jogos do gênero!


Seguindo a saga do aspirante a herói Ichiban Kasuga, protagonista apresentado em Like a Dragon, desta vez temos como cenários as belas e intrigantes ruas de Honolulu, Hawaii (EUA). O jogo tem momentos hilários, excitantes e emotivos, sendo um misto de tudo que a desenvolvedora Ryu Ga Gotoku Studio aprendeu com seus jogos anteriores.

A ambientação e fotografia da grande maioria das cenas parecem ter sido tiradas de um filme, fazendo o jogador se sentir nos cenários do jogo. Tanto os cenários japoneses quanto havaianos são feitos de uma forma que parece que em qualquer esquina, qualquer canto, qualquer pequeno espaço haverá algo a ser encontrado, algo digno de ser visto.

Com uma história que abrange temas contemporâneos como a manipulação da mídia e a tão famosa cultura do cancelamento, após os eventos de Yakuza: Like a Dragon, Ichiban agora trabalha redirecionando outros ex-yakuza para o mercado civil. No entanto, por uma virada do destino, acaba desempregado. Mas as coisas não param por aí.

O Início e Tramas Paralelas

Após receber uma notícia que muda sua perspectiva sobre algo que nosso protagonista tinha como verdade, acaba tendo que viajar para Honolulu em busca de respostas e conclusões para questões pendentes tanto em sua vida pessoal quanto em sua antiga vida como yakuza.

O jogo é repleto de micro-histórias que você pode fazer parte, ajudando as pessoas e animais que cruzam seu caminho e deixando o mundo do jogo um pouco mais vivo. Desde ajudar um menino órfão a vender limonada para comprar um presente para a mulher que o ajudou a sair das ruas; até participar de um game show japonês ou fazer chover para uma banda em ascensão poder gravar seu clipe musical. Like a Dragon: Infinite Wealth tem em sua história diversas reviravoltas e uma narrativa japonesa exagerada, como visto também na saga Metal Gear e em JoJo’s Bizarre Adventure, não deixando a desejar em momento algum, tendo me prendido do começo até aqui.

O relacionamento de Ichiban com Kiryu Kazuma, antigo protagonista, é algo a ser pontuado. Ele dá um contraste claro nas personalidades, sendo o primeiro mais descontraído e inocente, e o segundo por sua vez já tem uma personalidade estoica e enxerga a malícia no mundo. Ambos detêm um respeito mútuo um pelo outro, e podemos ver como Ichiban se inspira e apoia em Kiryu, servindo de amigo e, de certa forma, como um mentor que apoia e auxilia nas escolhas de seu pupilo.

Tendo em vista a quantidade e a qualidade do conteúdo extra em Like a Dragon: Infinite Wealth, deveria servir como padrão para mais jogos na indústria. É extremamente fácil perder a noção do tempo durante atividades secundárias neste jogo, seja ajudando NPCs em alguma de suas necessidades, jogando em algum jogo espalhado pela cidade, fazendo duetos no karaoke com meus colegas de grupo, ou até mesmo coletando e batalhando com meus “sujimons”. Formas de passar o tempo e melhorar o relacionamento com seus parceiros de equipe é o que não falta.

Minijogos de Like a Dragon: Infinite Wealth

Sinceramente, Like a Dragon: Infinite Wealth fez até reciclar lixo ser divertido. Um exemplo que talvez alguns de vocês se identifiquem: temos a opção de mentir e colecionar “matches” quando o outro lado curte suas características e detalhes de biografia para prosseguir para uma conversa em um aplicativo de namoro. Podendo se decepcionar sofrendo com um “catfish” (termo referente a se passar por outras pessoas em redes sociais com intuito de se aproximar de alguém) ou se agradar com seus resultados. Tendo participação de modelos famosas, fazer amizade com diversos NPCs pela rede social havaiana “Aloha Links”, até mesmo os antigos títulos da Sega como Virtua Fighter, Bass Fishing, entre outros disponíveis dentro deste belíssimo título.

Algo que merece uma explicação à parte é todo o conteúdo dos Fujimons. Neste título, é possível não só catalogá-los, como também treinar, colecionar e batalhar para subir nos ranks. Algumas das formas de se adquirir eles são: roletar em uma máquina de prêmios, derrotando-os em batalhas específicas de Fujimons e sendo conquistados com presentes e elogios. Ou em encontros aleatórios no mapa do jogo, entre outras, e tudo isso com uma leve inspiração em jogos de monstros de batalha como Pokémon.

A possibilidade de nadar é interessante como uma adição aos jogadores que querem explorar um pouco mais. Há também algumas gincanas que podem ser feitas na água e coletar diversos para cumprir tarefas. Como se pode observar a seguir.

Mecânicas de jogabilidade aprimoradas

Começando pelo combate, uma das mecânicas mais comuns deste jogo, Like a Dragon: Infinite Wealth apresenta um combate por turno um pouco diferente que vem sendo adotado neste Yakuza: Like a Dragon. Tendo uma liberdade durante seus turnos para se mover numa pequena área. Isso lhe dá margem para se posicionar da melhor forma possível para tirar proveito dos seus ataques e habilidades. Porém, os inimigos também podem se mover e talvez atrapalhar suas jogadas. O que já era interessante, nesta continuação foi aprimorada!

Embora aspecto importante a ser destacado é a presença de quatro tipos de progressão que são extremamente relevantes para a jogabilidade: o aumento de nível tradicional dos personagens, que melhora seus atributos de forma geral; o avanço de carreira, que não apenas aprimora certos atributos, mas também pode desbloquear novas atividades de combate; a evolução da personalidade de Ichiban por meio de minijogos, escolhas de diálogo, colecionáveis, entre outras maneiras. Essas formas de progressão permitem que a personalidade de Ichiban se desenvolva, concedendo buffs passivos que fortalecem certas características dos personagens, desbloqueando novas linhas de diálogo, golpes e possibilitando a exploração de novos ambientes.

O seu relacionamento com seus parceiros é muito importante, pois com ele você pode ganhar diversos bônus, ataques em equipe e alguns itens.

Análise de Like a Dragon: Infinite Wealth 9

Outro fato interessante a se pontuar é a presença de crafting presente dentro do jogo, que envolve desde melhorar suas armas, transformá-las em uma arma nova e também infundi-las com alguns modificadores. Todos os itens necessários para melhorar ou criar uma arma podem ser comprados ou adquiridos pela exploração, completando missões, ganhando combates ou adquirindo alto nível de amizade com NPCs pelo jogo.

Tive o prazer de experimentar Like a Dragon: Infinite Wealth com um controle, e não me arrependo. Os comandos são responsivos e simples, e não levei muito tempo para me acostumar com eles. No entanto, o desempenho do jogo deixou a desejar em alguns momentos.

Trilha sonora

Além disso, possui uma trilha sonora dinâmica que se adapta à situação e capta a essência da cena em que o jogador se encontra, podendo variar de uma música simples para ambientação até momentos mais tensos do combate. Sendo assim, de muito agrado aos ouvidos. Tudo isso faz com que o mundo de Like a Dragon: Infinite Wealth pareça vivo.

Mesmo instalado em um SSD, enfrentei problemas de carregamento e alguns bugs, como inimigos que não me detectavam, resultando em combates não iniciados. Apesar disso, a jogabilidade foi sólida, mantendo uma média de 60 fps com gráficos no médio, usando uma configuração de 16 gigas de memória RAM, uma placa de vídeo GTX 1050Ti com 4 gigas de VRAM e um processador i3 de sétima geração. Em geral, foi uma experiência tranquila, sem problemas de queda de fps.

Gamerdito (Veredito)

Com diversos personagens cativantes, pequenas histórias em que você pode participar auxiliando como garçom, entregando comida com uma bicicleta, participando de game shows, filmagens de séries e filmes, servindo como cupido, entre outras inúmeras opções de missões secundárias. As atividades extras variam entre jogar mahjong, shogi, vinte-e-um, poker, dardos, entre outros. Com certeza, é uma experiência que merece ser vivenciada, um jogo que merece ser jogado.

A SEGA e a Ryu Ga Gotoku Studio acertaram em cheio, consolidando o novo game da franquia. Com gráficos impecáveis, os melhores da série Yakuza, e personagens profundos, o jogador se envolve na trama de cada um, se colocando em suas posições. As reviravoltas são intensas e bem dosadas, reconhecendo os quase 20 anos da criação da saga, com spin-offs que representam todo este universo.

Já ansioso para os próximos jogos e o grande futuro que nos reserva para possibilidades em torno de Like a Dragon. O que parecia impossível, ao colocar Kasuga com responsabilidade de substituir Kazuma, o personagem funcionou ao ponto das pessoas não esquentarem para o lado coadjuvante de Kiryu.

Fecho essa análise de Like a Dragon: Infinite Wealth com uma nota 9/10.

Para jogar este título, ele (IW) foi lançado para PC via SteamPlaystation 4Playstation 5Xbox OneXbox Series X|S em 6 de janeiro de 2024.


Agradecemos à Ryu Ga Gotoku Studio e à Sega pela liberação da chave do jogo para nossa análise Like a Dragon: Infinite Wealth.

Like a Dragon: Infinite Wealth: A trama aparentemente chegou ao seu ápice, trazendo um novo patamar para franquia que já dura décadas!jaogabriel
9
out of 10.
2024-02-23T04:40:36-0300

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