Need For Speed Unbound, Eletronic Arts/Criterion Games, é a nova aposta da EA para a franquia Need For Speed. Dessa vez, devemos vencer o Grand, um desafio de Lakeshore. São 4 semanas repletas de corridas, competindo, ganhando dinheiro e deixando nosso legado nas corridas de rua.
A nova versão de Need for Speed aposta em um estilo único, voltado a arte de rua. Nesse quesito, diria que a aparência não é tudo em um jogo. Claro, um jogo com um belo gráfico, repleto de apelo visual funciona no mundo dos games, mas entre belas apostas e desastres, alguns não sobrevivem e se destacam em meio ao mercado.
Podemos adicionar uma tinta em uma velha parede ou até mesmo um toque com elementos artísticos na pintura, tentando esconder certas “infiltrações” ou que mascaram um ambiente que no final das contas, sempre será o mesmo.
Need For Speed: Unbound abusa dos toques de “tinta” especiais, mascarando certas deficiências que foram surgindo na franquia ao longo do tempo. Já tenho idade suficiente para dizer que, o progresso de Need For Speed ao longo dos anos impressiona sim.
Passei por vários jogos de Need For Speed em minha vida em PC e consoles. Desde Need For Speed High Stakes , chegando em Most Wanted (quando perdi meu encanto pela franquia), o progresso se faz evidente, mas até que ponto?
Unbound não é um jogo completamente ruim. Afinal, existem elementos da franquia que gosto . Mas o estilo de arte me incomodou e muito. Farei minhas considerações sobre os aspectos de jogo abaixo, finalizando com meus pensamentos sobre onde o jogo erra.
Gameplay
A principal aposta ,nesta versão, é a divisão entre corridas noturnas e diurnas. Os policiais estão ali, todo o tempo, tentando te tirar da pista e te perseguindo sempre que podem. Porém, é fácil se livrar deles nos níveis mais fáceis e extremamente irritante nos níveis de alta dificuldade. Não existe um meio termo.
Ai que entramos em outro item principal: dinheiro. Precisamos de dinheiro e ganhamos ao entrar em corridas mais perigosas. Como resultado, temos mais policiais e maior risco de derrota, com momentos que fogem do nosso controle ( isso sim é um desafio).
Porém, associado ao desafio, surgem problemas. Nesse sentido, a câmera não ajuda, não conseguimos ver a estrada tão claramente quanto deveríamos em meio ao caos e velocidade. O controle do carro parece pesado demais e até mesmo os drifts não são tão divertidos quanto deveriam. Podemos ajustar nossa aderência, encontrando o equilíbrio certo, mas é complicado. O mundo do jogo é genérico (ok, visualmente bonito, porém, repetitivo)e contém uma estação de rádio que muitas vezes irrita.
História? Não tem profundidade e é monótona. Nossos pilotos estão fazendo sucesso nas corridas de rua e devemos ter determinação para aumentar ainda mais nossa reputação. É muito blá, blá, blá durante os eventos, desnecessário…
A campanha para um jogador proporciona quatro corridas de qualificação, espalhadas por semanas. O torneio consiste em três corridas separadas.
Sistema
Possui um sistema em forma de calendário, com uma semana dividida em dias, podemos explorar o mundo aberto e participar de corridas. Se o carro não é bom ou estamos sem dinheiro para participar de uma determinada corrida, refaça a corrida do dia anterior para ganhar mais dinheiro. Lackeshore é um mundo gigantesco, com vários desafios e atividades paralelas, contendo, inclusive, colecionáveis e carros esportivos de última geração.
Quanto a Inteligência artificial presente no jogo, Unbound fornece um elemento interessante, mesmo apresentando desempenho contraditórios. Em outras palavras, na dificuldade média, a IA é boa, responde bem, não é facilmente manipulada e segue seu caminho, porém, com alguns erros. A IA da polícia também é boa, são habilidosos e irritantes.
Gráficos e Música
Em termos gráficos, elementos foto realistas surgem a todo instante. A Cidade de Lakeshore tem um visual impressionante, confesso, com ruas bem iluminadas por neon. Do mesmo modo, o desempenho manteve-se estável, mesmo em uma resolução com 4k. Não percebi questões grotescas relacionadas a performance, os carregamentos são quase instantâneos.
No geral, o jogo parece bom. Ocasionalmente, podemos perceber alguns pequenos problemas nos visuais empregados, mesmo não estando em alta velocidade. Além de alguns problemas de textura, com elementos carregados com atraso, mas nada que atrapalhe a experiência.
Há…as músicas…uma parte tão essencial de Need For Speed! Em Unbound não é diferente.
Primordialmente, são várias músicas que complementam as corridas em alta velocidade. A música só aparece durante as corridas. Não existe a opção de escutar algo enquanto você simplesmente dirige pela cidade. Acima de tudo, não existem estações de rádio e muito menos opção para mudança de faixas. Em alguns momentos optei por tirar o fone, pois a música em questão não era nenhum pouco agradável…
Gamerdito
Conforme mencionei acima, o estilo de arte não me agradou. Pode ser impressionante para alguns, mas, a sensação que tive, é de algo estranho e fora do lugar. Os carros e certos elementos de mundo tem os efeitos da nova geração e sua tecnologia em potencial.
Porém, considero os elementos visuais adicionados como uma poluição visual. Muitos flashes de grafite explodindo na tela, elementos do escapamento do carro, faíscas de arco-íris, meu deus… em hora de gameplay, cansei, onde posso desativá-los?
Em suma, se você, assim como muitos que amam a franquia, clama por uma nova experiência em Need For Speed, este não é o caso. Basicamente temos um Need for Speed com um toque de estilo de arte. Sem algo impressionante ou novo, nada que te faça amar o jogo novamente. Como resultado, não chega a ser descartável, mas o que se destaca são os elementos visuais pontuais e só. Não é um jogo para todos.
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