Marvel’s Midnight Suns, Firaxis Games, é a mais recente aposta da empresa para o mundo de jogos de estratégia em turno.
Minha primeira experiência em jogos do tipo foi com o XCOM, da mesma empresa, um tipo de jogabilidade que achei interessante e me levou para o jogo Gears Tactics. O estilo não agrada a todos, voltado a um seguimento específico de players e misturar super-heróis com um estilo tático dá certo? Leia nossa análise abaixo…
No jogo, acompanhamos um grupo de heróis que se unem, na esperança de enfrentar Lilith, mãe dos demônios. Assumimos um personagem chamado The Hunter, que tem como desafio lutar contra a Hydra e Lilith, em uma tentativa de salvar o universo de ser extinto.
No grupo temos: Zeladora, Blade, Niko, Magia, Motoqueiro fantasma, Doutor Estranho, Homem de Ferro e Blade.
Jogos de estratégia possuem como destaque principal seu sistema de combate e nesse sentido, o jogo merece um elogio. Temos o melhor que a Firaxis Games pode oferecer, com seu sistema estratégico aprofundado e uma fórmula mais divertida e criativa.
Uma das apostas da empresa em implementação de melhorias para o jogo é a remoção do sistema de acerto baseado em porcentagem que muitas vezes interferiam por serem injustos, principalmente em combates mais próximos. Os nossos ataques, dessa vez, tem a possibilidade de uma porcentagem máxima e digna.
A sensação que o jogo transmite é que ocorreram melhorias no sistema implementado no XCOM para melhor se adaptar a gama de heróis. Mover-se pelo cenário não é mais restrito a uma certa distância e nossa equipe compartilha movimentos entre si e jogadas de cartas. Podemos nos movimentar mais de uma vez, desde que nossos recursos permitam.
Combate
A maior mudança no combate é a implementação das cartas, onde literalmente, só podemos agir de acordo com o que temos em nossas cartas. Como não sabemos qual carta virá a seguir, a imprevisibilidade pode soar desanimadora.
Porém, sua composição é fundamental no jogo. Precisamos encontrar um equilíbrio entre nossas cartas básicas, que desenvolvem um recurso adicional para cartas Heroicas mais avançadas, que usam tais recursos. Atualizamos com certa frequência nosso baralho para adequar as situações, principalmente quanto desbloqueamos mais habilidades e atualizamos nossas cartas, desenvolvendo combos melhores com os heróis escolhidos.
Cada herói é distinto, com seu estilo de jogo e movimentos estratégicamente pensados, onde o foco é o jogo em equipe e os combos. Existem vários elementos que podemos experimentar e criar combinações é o destaque da experiência.
Ao contrário de jogos mais estratégicos como os XCOM, os heróis ficam mais expostos. Dependemos da forma como nossos heróis ficam localizados, fornece combates intensos de cara e ação constante. Devemos observar quais movimentos devemos fazer e quais atitudes tomamos para serem usadas a nosso favor.
Em se tratando de diálogos, os jogo apresenta certas piadas que não funcionam na maioria das vezes. É um estilo cômico meio forçado, causando um certo estrago no roteiro implementado. Para um jogo que depende de bastante leitura e diálogos, pode soar cansativo ao longo de horas de jogatina.
Alguns pontos da trama são interessantes e valem a pena serem seguidos com atenção (não sou fã de super-heróis e muito menos domino o universo), porém, achei interessante.
As interações entre os personagens e suas histórias secundárias são mais divertidas que o enredo principal. Não estamos apenas protegendo a Terra de um desastre, mas protegendo nossos amigos de suas inseguranças.
Gameplay
A maior parte de nossa gameplay passaremos explorando Abadia para completar uma série de favores e continuar nossos diálogos com aliados. Eventualmente, fazemos amizade com cada membro da equipe, obtendo o lado positivo de cada um deles.
As missões são divididas em duas categorias: missões mais genéricas, que fornecem recursos e experiência e missões de história, que são mais robustas , adicionando heróis em nossa lista, avançando com a narrativa e para a próxima batalha.
Durante nossas batalhas, determinar quais alvos são prioritários é sempre essencial, onde devemos eliminar os inimigos de forma rápida ou focar nos objetivos. Ninguém pode se proteger. Para inimigos mais complexos, eles podem fortalecer aliados próximos ou pedir reforços. Vilões ganham momentos de reviravolta, como no primeiro chefe que encontramos, Venom. Ele foi contaminado pela influência de Lilith.
Os heróis podem subir de nível e tudo acontece passivamente. Não escolhemos como eles devem avançar, não existe uma árvore de habilidades com pontos para serem investidos. Com cada missão concluída, sentimos o poder do crescimento em cada personagem.
Caso um herói sofra dano constantemente, ele poderá se machucar e arruinar sua eficácia na batalha. Esse sistema é uma forma de garantia para que você “dê um descanso” para seu herói e mude seu estilo de jogo, permanecendo atualizado. Os níveis dos personagens não ficam desequilibrados.
Som
Primordialmente, o jogo apresenta temas genéricos que tocam sempre ao fundo. O design de som é satisfatório, não apresentando quaisquer problemas ou interferências no quesito áudio que atrapalhe a gameplay. Claro, esperamos sempre mais, porém, o recurso de áudio é o ponto forte, se sobressaem o elenco e sua dublagem. Os personagens soam como deveria e esse é o objetivo.
Gráficos
Midnight Suns apresentou taxas de quadro um tanto quanto inconsistentes. Possui sim um visual interessante, mas não é inovador. Detalhes como animações faciais deixam a desejar. Os trajes são bem desenhados e as animações de batalha são um destaque. Travamentos foram eventuais existiram. Porém, bem pontuais durante certas batalhas.
O jogo é simples, não chega a ser um destaque em inovação, mas necessitaria de maiores investimentos, principalmente nos momentos em que devemos executar movimentos especiais durante o combate, onde se nota a ausência de animação para skins especiais.
Gamerdito
Sinceramente, não existe muito o que se entusiasmar, a não ser pelo sistema de combate e suas inovações, além de ser mais acessível para novatos no mundo dos jogos táticos. Possui uma narrativa que foca mais nos elementos do universo Marvel, suficiente para prender os jogadores, porém, falha ao não apresentar um recurso realmente inovador, superando a eterna referência que o mercado faz à XCOM. Com um pouco mais de inovação, melhorias gráficas e audácia, o jogo poderia ser o destaque entre os maiores de 2022.
Por fim, acompanhe nossa cobertura completa sobre o mundo dos jogos.
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