A série Bem-vindos ao Clube da Sedução (Welcome to Chippendales) terminou hoje (3) no Star Plus, e trouxe uma história que pode agradar, mas anda lado a lado com o medíocre, leia a crítica geral abaixo.
Na série, Steve Banerjee é o fundador da Chippendales, a primeira companhia de strippers masculina da América. Sua ambição o levará a cometer um assassinato ou outro, mas bom, tudo em nome do sucesso.
O elenco é formado por Zack Palmisano, Felix Rossi, Colin Seifert, Nancy De Mayo, Casey Cathcart, Darren Lipari, Cyrus Hobbi, Maximilian Acevedo, Zach Chyz e Victoria Gale.
Crítica: Bem-vindos ao Clube da Sedução (Welcome to Chippendales)
Um certo vazio se apresenta desde o início. Vazio esse que pode ser proposital a ideia da trama que tem tons cômicos para justificar um drama que deveria ser muito mais pesado, ainda mais da forma que são citados os fatos.
Para ser justo, a estreia, escrita pelo criador Robert Siegel e dirigida por Matt Shakman (WandaVision), tem muito chão a percorrer. Nossa liderança abre a hora como um humilde gerente de posto de gasolina indiano-americano chamado Somen e termina como Steve, dono de uma boate que atingiu o sucesso graças à sua então nova ideia de fazer shows de strip-tease exclusivamente masculinos para um público feminino.
Simultaneamente, ele precisa plantar as sementes para a amarga parceria entre Steve e seu coreógrafo Nick De Noia (Bartlett), cujo final sangrento, esperado por quem já havia lido a história anteriormente, é principal motivo de muitos quererem assisti-lá.
No segundo episódio, Steve conhece a tímida contadora Irene (Annaleigh Ashford); ele se casou com ela no decorrer, antes de termos a chance de entender o que os uniu, além de um talento comum para os negócios e uma paixão mútua pela ‘Coca-Cola’.
A série melhora na metade final, à medida que o ritmo se acalma (em certas partes), o drama aumenta muito e, consequentemente, os atores recebem um material mais consistente para entregar ao público. Nanjiani e Bartlett trazem diferentes sabores de ressentimento para a hostilidade explosiva de seus personagens, e Ashford oferece talvez a melhor performance de todas como Irene, engolindo suas emoções até que suas falas saiam perfeitamente calmas para soar muito calmas.
No entanto, seus melhores esforços não podem cobrir a sensação de ela tem pouca ideia sobre quem essas pessoas realmente são. E quando o faz-tudo de Chippendales, Ray (Robin de Jesús) cai de joelhos para literalmente beijar o anel, sua devoção a Steve é clara. Por que ele é tão dedicado, a série nunca se preocupa em explicar. Outro erro grave.
Todas as peças para um bom drama parecem estar aqui. As relações perturbadas entre aqueles personagens considerados principais são estranhas, mas até que entregam algo. Mas toda a série parece construída de fora para dentro. O arco de Steve segue uma estrutura elegante de ascensão e queda, mas sua jornada interior é a de um homem bom que se tornou mau ou de um homem já mau que se tornou mais malvado? A briga de Steve com sua família na Índia é a causa ou o resultado de sua ganância venenosa? Não há como ter certeza sobre nada.
Se a série oferece poucas percepções sobre Steve, tem ainda menos interesse nas pessoas ao seu redor, que existem principalmente para reagir a Steve ou para reagir umas às outras reagindo a Steve.
Bem-vindos ao Clube da Sedução tem pouco prazer com os excessos de seu cenário – mesmo que os strip-teases não são filmados para parecer especialmente sexy – e revela pouca curiosidade sobre o cenário cultural, político ou histórico mais amplo em que está inserido e o período que explica alguns pontos.
As críticas sociais se limitam somente a citar que ‘o racismo é ruim’, e não faz jus as outras oportunidades que a série tem em oito episódios de citar outros pontos. Se você assistir de cabeça fria, sem pensar em muitas coisas, você pode, sim, se divertir.
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Por fim, assista à série Bem-vindos ao Clube da Sedução (Welcome to Chippendales) somente no Star Plus.
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