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No Limite de Cyberpunk 2077 – Review

A CD Projekt Red finalmente terá um segundo triple AAA que será comentado por muitos anos, ou podemos dizer um blockbuster, se fosse um filme, levando em consideração que o jogo tem orçamento nos padrões de longas hollywoodianos. Certamente, é um dos motivos de ter atraído diversas pessoas, mesmo sem tanta familiaridade com jogos, para poder acompanhar todo “hype” criado pelo novo jogo.


Para sair das sombras de The Witcher a desenvolvedora polonesa apostou em uma temática mais futurista implementando o gênero Cyberpunk, consagrado em filmes como Blade Runner de 1982. Sua produção traz um enredo baseado na obra do RPG de mesa Cyberpunk 2020, de Mike Pondsmith, lançado no fim dos anos 80. Não é novidade pra ninguém que os jogos da CD Projekt Red, sejam inspirados em enredos literários.

Nessa prévia, de fato serei breve sobre minha visão que tive de Cyberpunk 2077

Somos apresentados a Night City, megalópole sádica, tenebrosa e promíscua, onde os fracos não tem vez. V é personagem central da trama — isso vale para personagem feminino e masculino.

O jogo que parecia revolucionário por sua cidade exibindo de forma majestosa um mundo multicolorido e pessoas com implantes cibernéticos, revela um futuro com característica de presente. Antes que estranhe minha afirmação. O desenvolvimento vem de quase uma década, mesmo avançando o universo do jogo para o ano de 2077. A indústria dos games acaba se apoiando no que está em alta, no seu pré-desenvolvimento. Jogos como Call of Duty: Ghosts, Killzone: Mercenary, Tom Clancy’s Rainbow Six: Patriots, BioShock Infinite, Aliens: Colonial Marines, Metro: Last Light, Battlefield 4. Poderia citar muitos outros jogos para confirmar minha lógica, de raciocínio. Acredito que fez os desenvolvedores optar por uma visão em primeira pessoa, apesar de ser pouco comum, um jogo em mundo aberto com uma visão limitada na perspectiva do jogador, sendo que a opção em terceira pessoa está presente, mesmo que limitada nos veículos. Se você perdeu o interesse por saber que não terá uma briga no estilo de GTA V, saiba que as lutas é uma experiência menos imersiva no corpo a corpo.

Conhecendo o mundo de Cyberpunk 2077

Para quem está interessado ou acompanhou durante esses longos anos de desenvolvimento do jogo, sua concepção será de um déjà-vu aprimorado. Não estranhe se parecer que já viu algo similar. Pegue Watch Dogs da Ubisoft em uma cidade com cores mais vibrantes, com diálogos rasos de Mass Effect: Andromeda, coleta de itens, uma mistura de Fallout e The Elder Scrolls e a criação de personagem de Dragon Age (versão 2.0), barra de vida estilo The Division com mundo aberto de GTA V, no entanto, mais limitado em liberdade. Sabendo disso, o jogo é ruim? A resposta é não! Embora, não seja um jogo com grandes novidades que vá ditar uma nova tendência dos jogos. A junção de elementos dos jogos citados, faz dele interessante.

Night City

A cidade é um mundo epiléptico com pessoas querendo queimar um ao outro, com corredores hedonista, contendo tudo o que um pouco de dinheiro pode comprar, pague e tenha uma noite inesquecível ou não. Entretanto, sempre há uma impressão que a cidade está na obscuridade, muito disso se deve, por nossas ações na campanha serem criadas em ambientes de surdina. Mesmo parecendo uma cidade sem leis, Night City ainda tem seus princípios. Faça bons contatos e ganhe reputação que tudo será facilitado.

night city cyberpunk
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Criação de personagens

A criação dos personagens fará cada usuários passar alguns minutos para personalizar. Esta árvore de customização permitirá escolher desde o tamanho de sua virilidade, gênero, expressões faciais, design de implantes cibernéticos, tatuagem, estilo de roupas, cor dos olhos, tipo de corpo e também ajustes dos atributos de sua personagem. Suas escolhas terão mudanças como os outros se relacionam com você e diálogos sofrem uma leve influência. Soa como uma recompensa devido ao fato de não poder ver nosso próprio personagem em terceira pessoa.

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Cada personagem NPC do jogo e principalmente os NPCs com papéis importantes, tem suas expressões faciais bem desenvolvida. Ademais, pensando em colocar uma densidade maior de personagens diferenciados, alguns deles não vai ter toda suavidade e será notório a diferença visual.

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Loot, loots e atualizações

Como viver em um local que a cada esquina existe uma pessoa querendo nos aniquilar, melhorando nosso equipamento. O updated de equipamento por mais fictício que pareça, quanto maior o poder bélico, maior será o desafio —; Podemos vasculhar por toda cidade coletando itens e grana, para conseguir atualizar nossos equipamentos mais rápido — Algo que normalmente costumo fazer. A ideia de utilizar armas brancas bem no estilo samurai é um ponto válido. Lembrando os combates do recém-lançado Ghostrunner. Os inimigos também deixam itens que podem ser coletados. Uma coisa que deixou-me frustrado, no combate de armas de fogo. A barra de vida (Life) é bem similar com The Division, sendo necessário gastar muitas munições para derrubar seu oponente —, sinceramente é uma mecânica que não sou muito fã e perder um pouco do realismo, – Por outro lado, V perde vida rapidamente.

Diálogos memoráveis?

Como fã de jogos de RPG e principalmente que tenta retratar jogos de mesas, fico bastante atento aos diálogos do jogo. A trilogia de Mass Effect juntamente com Dragon Age conseguiram expor diálogos memoráveis, prendendo atenção do leitor (jogador), diferente de Andromeda, com diálogos rasos. Cyberpunk 2077, a CD Projekt Red teria uma dura missão para atingir o mesmo nível das páginas literárias, onde o jogo foi baseado. Infelizmente, a missão fracassou… Alguns diálogos poderiam ser pulados e mesmo assim, não ficamos perdidos na história. Um diálogo ou outro lhe deixa em dúvida em qual opção escolher. Personagens presentes com V, estão para menos que meros coadjuvante, e mesmo com mais de 15 horas de jogo, não é possível criar algum vínculo de amizade se você daria vida por Jackier, por exemplo. Um elemento que apreciei, foi a adaptação do sotaque dos personagens baseado em suas respectivas nacionalidades. Isso sim, é inovador.

Outra coisa que representa o RPG de mesa, é a grande quantidade de texto que podemos ler em vários terminais do jogo, essa parte a CD não poupou esforços para que o jogador passe horas lendo e relendo para se aprofundar e conhecer mais do jogo.

GTA futurista?

GTA futurista é uma grande audácia que eu poderia citar. O mundo aberto na perspectiva de V soa pequeno, as viagens rápidas são até parecidas com a de GTA, mas não devemos comparar cada jogo. Nas missões secundárias e são melhores que a história principal, é uma boa oportunidade para explorar Night City. Os cidadãos que vivem na cidade, a empresa tentou representar de maneira natural, mas, percebi alguns problemas de IA e do nada um esbarrando no outro. Por mais que, tenha citado Watch Dogs, o movimento dos Npcs na cidade são parecidos com o de Yakuza 0.

Existe Puzzle em Cyberpunk 2077

Algumas missões temos que investigar locais para visualizar eventos ocorridos anteriormente, hackear câmeras e inimigos e planejar estratégias para em algumas missões seguintes. Além disto, em algumas missões é possível completar em modo completamente furtivo (se não aparecer bugs) e outros você ligar o modo “estou nem aí“, mas isso terá um preço, aumentando a dificuldade já outros inimigos vão ser alertado. Quanto melhor sucedido nelas, mais missões são liberadas e com alguma influência no decorrer da trama principal.

Em algumas missões devemos investigar locais para visualizar eventos ocorridos anteriormente, hackear câmeras , inimigos e planejar estratégias para missões seguintes.

Trilha Sonora no mudo

Nos dias atuais, o sonho de todo usuário, ao menos aqueles que possui uma conexão estável para transmissão, é criar algum tipo de conteúdo, principalmente de um jogo extremamente aguardado. Eu que sempre fui amante do Rock adorei toda trilha sonora. Mas, a frustração de infligir direitos autorais e correr o risco de ter todo o nosso singelo esforço detonado, é algo inimaginável. Parece o cinema mudo, onde as expressões faciais e improvido lhe tiravam um sorriso do rosto. Por sinal, o ponto forte do jogo é a mixagem de som.

Quase uma dezena de classes, reduzida por três

Criei uma cerca expectativa em relação as classes e esperava que todas estivessem inclusas, ao menos na escolha inicial. A empresa optou por incluir três. As escolhidas foram Nômade, Marginal (Menino de Rua) ou Corporativo, dependendo de qual é escolhida seu início de gameplay também é alterado o modo de como o jogador é visto pelos demais. Cada um tem especificações únicas como no RPG original, mantendo sua fidelidade.

Johnny Silverhand +V = Keanu Reeves

Os easter eggs pelo jogo são interessantes, aparecendo nomes conhecidos da indústria dos game como Hide Kojima, que emprestou sua captura facial e voz para aparecer em Cyberpunk. Até que é fácil esbarrar em “Ojima”, já que ele aparece em uma das missões chaves que dá o verdadeiro gatilho para o game.

Enquanto, a Keanu Reeves. Você pode até ficar se perguntando, em qual momento vamos ter a oportunidade de vivenciar o verdadeiro Johnny Silverhand. Sua aparição não fácil, sabe a frase “sem dor, sem ganho”, digamos que com Silverhand surge nessa pegada. Confesso que para muitos, pode tornar-se momento de grande histeria, os diálogos nesse primeiro momento, tem uma certa inspiração em filmes, muito disso, por sua desenvoltura frente as câmeras de cinema. E o seu prelúdio transformará suas atitudes e terá um grau maior de percepção de escolhas, após entrar na pele de Johnny Silverhard.

Gamerdito

Ambicioso é a palavra correta para descrever o jogo! Revolucionário, infelizmente não. Os esforços da produtora polonesa em desvincular seu nome de The Witcher, para não ser conhecida como apenas uma empresa de um jogo só, aparentemente deu certo. Afinal, o show deve continuar e ninguém quer ser o eterno Bruxo. O jogo tem um grande conteúdo e história que levam a empresa a desenvolver inúmeros DLCs e trazer novos momentos dentro durante anos explorando Night City.

Assim como o jogo atual, que lhe permite explorar todas as quests secundárias e buscar e entender todo o universo de Cyberpunk, mergulhando em centenas de horas para concluir todas as conquistas disponível, adentrando em becos escrupulosos que a cidade tem para revelar.

Nossa análise foi através da versão do PC e também em breve utilizaremos um parâmetro de comparação no Playstation 4 Pro (PS5) e no Xbox One X. A CD Projekt Red não forneceu o código do jogo para nossa análise, o que não afetou de forma alguma. Seja ela pelo lado positivo ou negativo.

Caso tenha interesse em comprar o jogo acesse o Amazon e adquira sua versão para Playstation 4 (PS5) e Xbox One e Series X e S e PC (versão digital).

Cyberpunk 2077: Cyberpunk 2077 possui um grande material que pode ser explorado futuramente, apesar de não ser um jogo inovador, atrai a curiosidade dentro de uma megalópole obscura que esconde segredos aterrorizantes. Porém, deve agradar os fãs do gênero de RPG de ação.Jefão Calheiro
8
out of 10.
2020-12-10T19:31:34-0300

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