Unknown 9: Awakening deveria ser uma espécie de Assassin’s Creed publicado pela Bandai Namco, mas o título não parece ter agradado os jogadores. Desde as primeiras impressões da mídia especializada, incluindo portais como o MeUGamer, o jogo recebeu notas baixas no Metacritic — site agregador que oferece um panorama sobre a opinião da crítica especializada.
Após o lançamento, a recepção negativa se refletiu na plataforma Steam, onde as primeiras avaliações aparecem como “ligeiramente negativas“. As principais críticas se concentram na trama genérica e nos personagens pouco cativantes. A narrativa leva a protagonista, Haroona, a locais como as areias da Mauritânia, as selvas da Índia e as paisagens góticas de Portugal no século XIX, onde ela enfrenta uma sociedade secreta que busca o misterioso Umbral. No entanto, não é apenas a história que decepciona, mas também a forma como os elementos do jogo são apresentados.
Resumo do contexto: Unknown 9: Awakening não conseguiu se destacar entre os jogadores e enfrenta uma recepção negativa por falhas narrativas, jogabilidade travada e baixa adesão no Steam.
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Os jogadores podem escalar com a protagonista, identificar inimigos de forma semelhante ao que ocorre em Assassin’s Creed e até mesmo tomar o controle dos adversários para usá-los a seu favor. Contudo, o combate, que deveria ser dinâmico, torna-se travado, forçando o uso excessivo do Bullet Time — efeito especial de câmera lenta para destacar ações em curtos períodos. Embora a mecânica possa ser interessante, seu uso repetitivo acaba se tornando cansativo.
Além disso, os cenários não se mostram memoráveis e os diálogos carecem de profundidade. Os gráficos, por sua vez, demonstram uma técnica um tanto ultrapassada, levantando dúvidas sobre a adequação do título para a geração atual de consoles. A dificuldade do jogo também se mostra inconsistente: em alguns momentos, parece que o jogador está lutando contra o vazio, já que os NPCs apresentam pouca ou nenhuma reação. Outro ponto criticado é a marcação exagerada de inimigos, uma mecânica inspirada nos jogos soulslike, que aqui prejudica a dinâmica e o realismo da experiência.
Ainda que alguns jogadores possam apreciar esses aspectos, a baixa adesão é evidente. De acordo com o SteamDB, poucas horas após o lançamento, menos de 300 jogadores estavam simultaneamente online, o que é alarmante para um título tão divulgado em eventos como o Summer Game Fest. Mesmo sendo oferecido no programa AMD Rewards — na compra de processadores e placas de vídeo —, o número de jogadores permaneceu reduzido.
Até o momento desta publicação, não é possível prever se o jogo conseguirá atrair mais público ao longo do tempo. Apesar do seu lançamento também tenha sido para PS5, PS4, Xbox One e Series X, o desempenho no Steam é um importante indicador da aceitação do público. Para efeito de comparação, Assassin’s Creed Mirage, lançado em 17 de outubro na plataforma Steam, com um ano de atraso, alcançou mais de 4 mil jogadores simultâneos. Mesmo sob críticas, a Ubisoft conseguiu um desempenho satisfatório em termos de público.
Se as vendas de Unknown 9: Awakening não aumentarem, a desenvolvedora Reflector Entertainment pode enfrentar dificuldades financeiras, possivelmente levando ao fechamento do estúdio — um cenário cada vez mais comum na indústria dos games. Além disso, apesar de a Bandai Namco ter registrado sucessos recentes, como Dragon Ball Sparkle! Zero, o fracasso deste título pode representar uma perda significativa, impactando meses de resultados positivos.
Desejamos sucesso ao jogo, mas, caso a situação não melhore, Unknown 9: Awakening pode seguir o mesmo caminho de outros títulos fracassados, como Concord, da Sony Interactive Entertainment, que permaneceu ativo por apenas duas semanas.
Por fim, o jogo está disponível desde 18 de outubro de 2024 para PlayStation, Xbox e PC (Windows).
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