Chegou aos cinemas o filme Guardiões da Galáxia 3, escrito e dirigido por James Gunn, e a crítica sobre o filme que é o coração e a alma da Marvel você acompanha abaixo.
Não há coisa mais gratificante que começar algo, viver algo, e encerrar algo. E quando isso acontece de forma verdadeira, a única sensação possível é a de felicidade pela missão cumprida.
Guardiões da Galáxia 3 (2023) – Crítica
Guardiões da Galáxia de 2014 foi uma aposta arriscada para a Marvel, pois focou em personagens menos conhecidos e um diretor menos conhecido, mas as decisões valeram a pena, resultando em três filmes e um especial de Natal.
Agora, nove anos depois, esses heróis desconhecidos se tornaram nomes conhecidos e o diretor James Gunn está deixando a franquia para assumir o comando do novo universo da DC.
Assim que James Gunn deve se sentir ao encerrar só não a saga dos Guardiões, como também a sua história na Marvel. O volume 3 teve toque de Gunn, que agora vai para ‘o outro lado da força’, em busca da remontada na DC.
Se ele conseguirá ou não, não sabemos, mas o que podemos afirmar é que essa escolha tem muitos méritos, e sem dúvidas a esperança dos ‘dcnautas’ voltou.
No filme, os Guardiões da Galáxia vivem em Lugar Nenhum, ou melhor, no seu QG como vimos no especial de Natal, e passam por um momento difícil após a perda de Gamora (Zoë Saldaña). Eles são atacados por Adam Warlock, que fere Rocket gravemente. Para ajudar Rocket, os Guardiões precisam encontrar o Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji), que é o criador de Rocket. No decorrer do filme, observamos que, na verdade, eles estão atrás de uma senha, que salvaria a vida de Rocket, e que esse Alto Revolucionário quer fazer algo totalmente fora da realidade: uma utopia.
Como roteirista e diretor de todos os filmes dos Guardiões da Galáxia, James Gunn transmite a sua afeição pelo universo em cada momento do filme. Mesmo que o filme demore para engrenar, assim que vira a chave, entramos de cabeça no melhor que já vimos em Guardiões, tanto no volume 1 e no volume 2.
O humor e as situações mais adversas, muitas vezes criadas pelos próprios personagens, e que se tornaram sua marca registrada, estão bem presentes, e há momentos emocionantes e tristes no filme, como nos flashbacks envolvendo outros animais aprimorados que fazem Rocket partir o coração do público. O filme é de Rocket (Bradley Cooper).
O talento de Gunn em equilibrar humor e emoção é uma lembrança do porquê as pessoas se importam com esses personagens em um nível mais profundo. Em seus mais de 30 filmes, poucos do UCM conseguem fazer e transmitir mensagens iguais ao que os filmes dos Guardiões transmitem.
Por outro lado, há alguns problemas em encaixar diversas ideias separadas, o que leva alguns personagens um pouco largados, com pouco tempo de tela, e presos por algo para fazer. Além desse detalhe, essa mudança de direção entre a comédia e a tragédia pode incomodar algumas pessoas, mesmo fazendo sentido ao longo do filme.
O elenco principal de Guardiões da Galáxia Vol. 3 faz um excelente trabalho, liderado por Chris Pratt e Bradley Cooper como Rocket. No entanto, os novos personagens interpretados por Will Poulter, Elizabeth Debicki e Chukwudi Iwuji, embora com alguma importância, parecem lutar para encontrar um propósito na trama.
E não há como fazer uma crítica de Guardiões da Galáxia 3 e não comentar sobre a trilha sonora. Mais uma vez, uma aula de como utilizar algumas músicas conhecidas, e outras nem tanto, a favor de uma produção. É óbvio que colocar uma música em um filme é caro, e diversas então, nem se fala, mas a genialidade está justamente em aproveitar cada detalhe como se fosse o mais importante.
Guardiões da Galáxia não é um filme perfeito, mas mesmo assim consegue entregar algo que está faltando no UCM ultimamente: o coração.
Roteiros verdadeiros, feitos exatamente no que deve ser um filme que vai para o cinema, ainda possuem espaços, e dominam o coração do público.
Obrigado James Gunn pela coragem, e obrigado aos Guardiões por uma das melhores trilogias do cinema.
Para o filme Guardiões da Galáxia 3, fecho com a nota crítica de 4,5/5.
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