São quase 30 anos do lançamento do primeiro título de Jurassic Park e pela primeira vez, possuímos o vislumbre de duas gerações da mesma franquia em um crossover. O título traz uma ideia de supremacia das criaturas pré-históricas, em relação ao mundo atual. Chris Pratt e Bryce Dallas Howard retornam respectivamente em seus papéis como Owen Grady e Claire Dearing.
Para quem assistiu ao longa anterior eles conseguiram escapar com Blue e a jovem Maisie Lockwood (Isabella Sermon), neta de Benjamin Lockwood. Contudo, eles viraram alvos de diversas organizações inclusive do governo americano, procurados dia e noite.
Dito isto, o diretor Colin Trevorrow buscou algumas alternativas para deixar os clichês de lado em Jurassic World: Domínio. Afinal, é o sexto filme da franquia e sair de padrões característicos sem perder a essência da série é um problema. Trevorrow também é roteirista ao lado de Emily Carmichael, e apresentaram uma abordagem diferente dos demais filmes da saga.
Antes, mencionarei os icônicos atores apenas na parte final desta crítica!
Recapitulando os acontecimentos
Com a introdução de novos personagens e finalmente a Biosyn é explorada na nova trama trazendo o velho e já conhecido Ceo “malvado”; — sim, havia citado os clichês, porém, há situações que eles não conseguem fugir. Caso não estejam lembrados da Biosyn, a empresa aparece no primeiro filme de Parque dos Dinossauros de 1993. Quando Dennis Nedry (Wayne Knight), acreditando não possui devido valor no projeto acaba sabotando o primeiro Jurassic Park. Na ocasião, ele repassa embriões escondidos dentro de um recipiente falso de barbear, para o Dr. Lewis Dodgson um dos cientistas da organização.
Dodgson mais tarde se tornaria CEO majoritário da empresa, e o principal vilão do terceiro longa de Jurassic World. Vale ressaltar que, em 2014, o ator Cameron Thor, do longa de 93, foi condenado por abuso sexual de uma menina de 13 anos. Assim sendo, substituído pelo ator Campbell Scott (WeCrashed).
Eles estão entre nós!
Os dinossauros estão entre nós, e o mundo deverá se adaptar perante as feras colossais. Apesar do tempo que a história se passa em relação ao longa anterior. Já com a pequena Maisie crescida e curiosa para saber quem realmente é nesse mundo. Owen e Claire fazem os papéis de pais da garota. — Confesso que essa essência de família convenceu e até o ato de amor faz as pessoas recorrerem ao impossível.
Acreditar onde Dinos consigam conviver em comunhão ao lado de homens e outros animas, é seriamente sem nexo! Fica claro, com as centenas de incidentes nos noticiários das televisões e ataques das criaturas aos humanos. Que definitivamente isto não daria certo.
Qual é a solução para amenizar essas intercorrências? Um santuário para os animais! É quando a Biosyn entra de vez, trazendo o enredo da nova jornada dos tiranos neste local.
Um misto de 007 com Ethan Hunt
Se a jovem Lockwood é uma raridade sendo um clone, e o mundo procura seu paradeiro, por outro lado, Owen pretende lutar por sua proteção. Destinado em reencontrar a garota e também um ser especial (sem spoilers), ele vai sem pensar duas vezes concluir o que prometeu. É nesse momento em que o diretor acrescenta um elemento novo na franquia.
O conceito de estratégia espionagem é uma mescla de filmes de James Bond e Missão impossível. Evidentemente, não obteve a mesma execução de maestria como nos filmes referências retirou inspiração. Embora, as cenas de ação apresentaram seus momentos interessantes mesmo sendo genérico, no estilo Velozes e Furiosos. São nessas tomadas que conhecemos os novos personagens como Kayla Watts (DeWanda Wise), Barry (Omar Sy), Sayonara Santos (Dichen Lachman).
Watts, possui uma parte importante para ligar a velha guarda da jovem guarda, ela é uma ex-militar e piloto que aceita trabalhos de origens duvidosas. A personagem também terá um foco na diversidade ao declarar amar pessoas “Ruivas”.
Os Dinossauros mais próximo das aves com penas
Inclusive, suas cenas de ação ao lado de Grady revela algo coerente aos ligados a ciência. Para os que conhecem o quadro evolutivo desses seres, respirem forte ao presenciar este momento, a introdução das penas em alguns dinossauros é para colocar respeito.
A fórmula foi executada com sucesso?
Infelizmente, os clichês básicos ainda continuam mesmo com uma abordagem mais ousada. O CEO ganancioso, o velho cientista envolvido com novas tragédias, o resgate da menina indefesa, homens mais velozes que dinossauros, em diante… . Faz o filme retornar para velha comparação se a franquia deveria ser encerrada ou apenas migrar para séries live-action. Talvez, falta de ambição ou migrar para algo mais sombrio, são pontos no quais poderiam reviver a franquia.
Gerações se colidem como um meteoro trazendo sua extinção
Sam Neill (Alan Grant) Laura Dern (Dra. Ellie Sattler), Jeff Goldblum (Dr. Ian Malcom), retornam representar o trio que marcou a primeira geração do filme. Os três continuam o mesmo, Grant, como paleontólogo, Sattler agora uma pesquisadora de campo do governo e Malcom, como o velho canastrão.
É nessa parte que o espectador perceberá uma ligeira confusão. Bem como, Chloé Zhao fez em Eternos, separando tempo de tela para cada ator. O diretor Colin trouxe o mesmo exemplo de Zhao, removendo o efeito nostálgico até como é reapresentado cada um desses atores (Esperava mais desse momento).
Pequeno spoiler.
A construção para juntar a velha guarda com a nova guarda das 2h 26m de filme, foi menor em relação “3 Tom de Holland”, com aparição de Tobey Maguire e Andew Gafield e Holland juntos em cena. Ou seja, você aguarda quase 30 anos e ver uma colisão de meteoro para poucos minutos!
Funcionou a junção do elenco?
Os atores souberam aproveitar a interação entre eles, no entanto, não chegou a ser o suficiente para tirar a conclusão de quero mais um com esse elenco! Um dos fatores difícil de negar, é aquela situação de esperar qual personagem morreria durante a ação —; sinceramente seu coração começa a pensar, esse não!
A redenção do T-REX
Um dos maiores marcos da franquia é o todo-poderoso Tiranossauro conhecido popularmente “T-Rex”. Depois dos avanços tecnológicos ajudando as escavações. O temeroso já não era o mais mortal predador da área. Aliás, é um ponto positivo do longa, exibir pela primeira vez, que ele está mais como um carniceiro ao invés de pedrador mortal. Deixado de lado, nas últimas franquias onde apanhou muito de seus adversários colossais. Neste, sua redenção será aplaudida de pé, e vibrar com atos de um verdadeiro rei pré-histórico! Fechando sua participação com o verdadeiro respeito, em que fascinou a imaginação de crianças e adultos ao longo dos séculos.
Os efeitos especiais
Sinceramente, em citar nostalgia, os efeitos práticos de 93 do original, havia hora parecer ser melhores aos de 2022. Pois, o grand finale, duvidei ser uma produção blockbuster ou produção The Asylum Films — comparar com Asylum é forçado. Mas foi abaixo do que presenciamos em outros longas do filme. É claro, que o trabalho criativo como já elogiei na construção dos dinossauros são excelentes.
Conclusão
O elenco de peso serviu como um gesto para alegrar as exigências dos fãs que clamavam por participações de Sam Neill e Laura Dern na nova trilogia. De novo, adição de novas evoluções dos dinossauros baseado em suas eras, e trabalho acústico de som impecável, tirando você da poltrona. Sem uma fotografia extraordinária, e diálogos extensos com um vilão indeciso não convencendo suas atitudes. Ademais, gafanhotos-gigantes somente para controlar o poder da distribuição alimentar é um verdadeiro clichê.
A obra iniciada nos cinemas por Steven Spielberg, fecha com ar de trabalho feito, sem uma brecha para uma possível nova trilogia. Revelando que todas as diferenças devem ser sanadas para que todos possa coexistir no mesmo ambiente, pegando ponta para a discussão atual sobre o nosso mundo.
Fan service do crossover
Ao assistir, prestem atenção em um elemento primordial citado na crítica, haverá um momento factual e nostálgico para lembrar de Nedry.
Por fim, Jurassic World 3 estreia nos cinemas brasileiros em 2 de junho. Acesse aqui e saiba onde encontrar uma sessão próxima de sua localidade.
Nota do crítico: 3/5.
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