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Crítica – Homem-Formiga e Vespa: Quantumania (2023): não é de todo ruim

O aprendizado do bom e do ruim da Marvel

Crítica Homem-Formiga e Vespa: Quantumania filme 3
Homem-Formiga e Vespa: Quantumania (Divulgação / Marvel Studios)

O filme Homem-Formiga e Vespa: Quantumania estreou nos cinemas, e entregou uma divisão de pensamentos da crítica e do público, e na nossa crítica, você confere os detalhes.

Crítica – Homem-Formiga e Vespa: Quantumania (2023)


Inicialmente, quando foi anunciado o novo filme do Homem-Formiga, e foi dado a ele a missão de iniciar a fase 5 daquela que é a maior saga da atualidade, muitas pessoas ficaram preocupadas, e em partes, com certa razão.

Um olhar mais aprofundado diz que, dar essa importância a um personagem que talvez não seja top-5 preferidos na lista de grande parte dos fãs, tem automaticamente seus riscos naturais, e a de se pensar que podemos dividir ele entre um filme normal, de heróis, e um filme que entre na incumbência de começar a montar essa próxima fase de filmes, com um novo vilão e novas histórias.

A notícia boa, antes de começar a se aprofundar no filme, é que ele não é merecedor da posição atual que se encontra nos principais agregadores de críticas. Ser o penúltimo colocado na lista de piores filmes certamente não é a posição justa para ele, pois, só de lembrar de filmes como Thor 4 ou Capitã Marvel, já sabemos que essa posição não é exatamente justa. Mesmo com diversos problemas, ele consegue ter seus momentos, principalmente em sua parte cômica, com diversas referências a outros filmes, além de apresentar um vilão que, para apresentação nas telonas, conseguiu convencer.

Destrancando esses três pontos, o filme já consegue sua base para uma trama razoavelmente boa, assim como a maioria dos filmes da Marvel, principalmente se comparado com a fase 4 do UCM. A fotografia também é um ponto positivo, assim como o CGI, tirando como exceção o personagem de Corey Stoll, M.O.D.O.K., que sinceramente, incomodou bastante, e se não levasse na brincadeira, poderia ser uma coisa que tiraria qualquer um fácil do filme. É lamentável um personagem, que mesmo engraçado em certos momentos, seja completamente ridículo em seu sentido, e sirva apenas como uma referência ao primeiro filme do personagem título. E o CGI…

A direção de Peyton Reed, o mesmo dos filmes anteriores do herói, entrega momentos de oscilações, e muito disso se deve ao fato da trama não precisar muito da ação, e que esteja focada apenas na comédia.

A relação familiar

O título do filme está errado. Em vez de se chamar “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, ele deveria se chamar “Homem-Formiga e Cassie: Quantumania”. E o por que disso? Simples. A personagem da Vespa, interpretada por Evangeline Lilly, é completamente escanteada das aproximadamente duas horas de filme. E quando aparece, tem seu carisma negativo, ao contrário do 2º filme, “Homem-Formiga e a Vespa”, por exemplo, onde ela rouba a cena sempre que entra em ação.

E essa relação de pai e filha funciona em partes. Em determinadas situações, Scott (Paul Rudd) apenas rebate quaisquer argumentos apenas baseado em sua filha Cassie, interpretada em sua fase adulta por Kathryn Newton, que, como vimos durante todo o filme, não é tão boba quanto ele pensa.

A personagem de Michelle Pfeiffer, Janet Van Dyne, e o personagem de Michael Douglas, Dr. Hank Pym tem alguns momentos cômicos, entretanto fica por isso. A implicância e falta de noção de Janet durante o filme talvez seja o ponto que mais tire as pessoas do filme. Decisões completamente altruístas e falta de diálogos que resolveriam conflitos são instantaneamente pecados capitais. É verdade que ela passou diversos anos presa lá embaixo, mas o silêncio ensurdecedor da personagem em momentos cruciais não ajudaram o filme.

Esse ponto cai na conta do roteirista Jeff Loveness, que mesmo com diálogos simples, não é 100% culpado pela mediocridade e escolhas gerais.

O vilão: Kang

Uma das principais funcionalidades do filme, além da parte do divertimento, é, sem dúvidas, o vilão. Entender um pouco o personagem, após a épica amostragem, que foi pequena, é verdade, na série Loki, foi um bom ponto na trama de Homem-Formiga 3, principalmente na parte final.

Kang, O Conquistador, passa um olhar pesado, e em cada cena com ele, ficamos na dúvida da potência máxima do personagem, onde podemos ter a visão que não terá como derrotá-lo. Entretanto, isso acontece somente em partes do filme. Quando no fim, ele está lutando cara a cara com o Homem-Formiga, chega a ser cômico pensar que ele será o próximo Thanos. Não há nem comparação, pelo menos em uma primeira amostragem, e há muito o que melhorar.

Talvez a parte em que mais tenhamos ‘medo’ de Kang seja o pós-créditos, onde milhares dele estão se reunindo para bolar algo.

E falando nisso, a segunda cena pós-crédito abriu maiores perspectivas, e aqueles que não gostaram do filme, certamente não podem reclamar dessa cena, que além de nostálgica, em ver o Loki nas telonas novamente, traz uma sensação de poder que deve ser vista nos próximos filmes da fase 5 da Marvel.

O filme não é um primor técnico, mas sem dúvidas, não pé merecedor do ranking de pior filme da Marvel. É claro, que a Marvel está deixando a desejar em suas últimas produções, mas após esse filme, a chave pode virar. O adiamento de The Marvels pode ser um sinal disso. A expectativa para Guardiões da Galáxia 3 também são altas, visto que James Gunn sempre entrega excelentes filmes.

A Marvel Studios, comandada por Kevin Feige, tem um rico e vasto cardápio a sua escolha, e precisa, sim, ter melhores decisões caso queira se manter no topo das sagas cinematográficas.

O filme estreou em 15 de fevereiro nos cinemas, entretanto, você pode assistir aos dois filmes anteriores do Homem-Formiga no streaming do Disney Plus, que conta com todos os filmes e séries do Universo Cinematográfico da Marvel.

Para Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, fecho com a nota crítica de 3/5.

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