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Crítica de Bright: Filme com Will Smith estreia na Netflix

Veja a nossa crítica de Bright

Atenção, gamernéfilos! Assistimos ao filme e trouxemos a crítica de Bright para vocês!


Já vamos avisando que NÃO CONTÉM SPOILERS!

 

crítica de Bright

 

A Netflix está cada vez mais dedicada a se consolidar como um grande protagonista na área de entretenimento.

Depois de consolidar o primeiro lugar na área de streaming e ganhar respeito na produção de séries exclusivas; o canal começa a se fortalecer na área de filmes próprios.

Beasts of No Nation é um filme polêmico que foi bem recebido pela crítica. Agora, a Netflix nos apresenta Bright. Com um orçamento de 90 milhões de dólares e grande elenco, o filme é a grande aposta da empresa na área de filmes.

Bright é uma ficção que se passa num mundo alternativo, onde humanos coexistem com orcs, elfos e outros seres.

A magia é real e, além disso, não se passa numa idade média de fantasia; se passa no presente.

Nessa realidade alternativa, humanos e outros seres convivem no mesmo mundo há milhares de anos. Assim, não causa espanto ver um orc ou um elfo.

Agora, não causar espanto não significa que a convivência inter-racial seja pacífica. Parece que há 2000 anos atrás os orcs fizeram algo muito sinistro que os marcou até hoje. Os orcs em geral ficam em guetos, enquanto os elfos vivem em bairros chiques exclusivos para elfos.

A magia, embora incomum, existe e está integrada ao mundo. E magia não é o oposto de tecnologia; uma pessoa pode usar um computador e uma varinha mágica, sem problemas.

Bright é o nome da pessoa que tem um enorme potencial místico. Embora seja mais comum entre os elfos, os brights podem ser de qualquer raça.

O filme segue o modelo já tradicional de dupla policial consagrado em filmes como Máquina Mortífera, 48h, entre outros.

Numa Los Angeles dominada por gangues, violenta e corrupta, Will Smith é Daryl Ward, um policial que sobreviveu a um tiro a queima roupa de um orc e, depois de um bom tempo se recuperando, está de volta à ativa… com um orc como parceiro.

Na apresentação de Bright na Comic Con Experience SP (CCXP-SP), Will Smith declarou que adorou fazer o papel do tira preconceituoso, pois era a primeira vez que um negro podia fazer esse papel.

A maquiagem é um capítulo a parte do filme. A maquiagem de orc é extremamente funcional, sendo possível ver no rosto dos personagens todas as suas emoções, mesmo depois de 3h de maquiagem diárias! Pois é!

Em entrevista, Joel Edgerton, que interpreta o orc Nick, falou que ficava 3h por dia para colocar a maquiagem, e mais 3h para tirar. A equipe responsável pela maquiagem desse filme é a mesma que ganhou Oscar em 2017, pelo filme Esquadrão Suicida.

 

 

É impossível para os fãs do rpg Shadowrun não fazerem comparações do filme Bright com o cenário cyberpunk de Shadowrun. Embora não seja o mesmo universo, existem muitos pontos em comum. A presença de elfos, orcs entre outros, além da existência de magia são os pontos principais. Anões são citados, mas não aparecem no filme. Centauros e fadas aparecem, contudo não são aprofundados.

A maior diferença para Shadowrun é que não se passa num futuro distópico, mas sim numa realidade similar à nossa atual. Assim, não há elementos de tecnologia futurista. Além disso, não existem as mega-corporações.

Ainda assim, Bright é o filme que mais se aproximou do universo Shadowrun, lado a lado com Blade Runner. Eu diria que se juntasse Bright e Blade Runner, teríamos Shadowrun.

O filme tem um ritmo muito bom, personagens marcantes e uma crítica social bem forte. E a trilha sonora combina muito bem com a ambientação do filme. Sua fotografia é bem escura, já que além de se passar quase inteiramente a noite, ele se passa no underground da cidade, em meio a guetos, ruelas escuras e etc.

Apesar de se segurar bem como um filme policial, sua roupagem de ficção embala bem a crítica social ao preconceito racial, ao bullying. E essa talvez seja a maior beleza dessa obra: não é preciso fazer um documentário para se falar de uma temática atual como o preconceito. Toda obra de ficção é um retrato da atualidade. Toda boa obra de ficção consegue falar sobre um tema atual sem ser chata. E nisso, Bright passa com louvor nesse quesito.

A crítica de Bright feita pelos críticos de filmes não foi muito boa. Mas, sinceramente, espero que o público goste, porque esse universo tem um potencial enorme para boas histórias, e com certeza merece continuações.

Os fãs de ficção e fantasia agradecem!

 

Essa foi a nossa crítica de Bright e esperamos que tenham gostado!

 

Bright estreia na Netflix amanhã – 22 de dezembro de 2018!

 

 

 

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