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Coringa – Crítica

Reprodução:Warner Bros./ DC

“Eu lembrei de uma piada… Você não entenderia”

Joker.
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Antes de mais nada, podemos ver aqui a melhor “tragédia” desse ano! Coringa chega com o pé na porta, mostrando que é um filme de personalidade, com um elenco incrível e aliado de um ótimo roteiro e fotografia.

A imprensa tem falado que é um filme perigoso, Mas vamos ter que concordar que temos a obra prima desse ano. Um filme que consegue prender e envolver seu expectador com o personagem, certamente não é fraco. Ele não tem apelos para você “torcer” para um lado vencedor ou perdedor, apenas nos apresenta a perspectiva de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem com problemas psicológicos, que como o resto da cidade de Gotham City, é tratado com grande descaso pelos governantes.

No nosso primeiro ato, temos uma boa apresentação do nosso personagem principal, e familiarização com as paletas de cores da fotografia, que vão praticamente reger esse filme, cores essas que vão reger, tanto os picos de emoção do personagem, como o crescimento de quem será o grande vilão do Batman.

Uma das coisas mais fascinantes que podemos ver na atuação do grande Joaquin Phoenix, é a construção da famosa risada do coringa, que vai sempre nos mostrar que o Coringa, está com raiva, está triste ou se sente medo. E claro, isso sempre bem alinhado com as cores do filme.

Phoenix de fato rouba a cena nesse filme, mas a história que foi construída, com grandes plot twists, vão te deixar devastado. Partes na história que te deixam confuso, pensando “Isso realmente está acontecendo?”. É um filme com camadas, e que você precisa estar bem para assistir. Além do ator ter de fato encarnado o personagem, com um preparo, chegando a perder peso para uma melhor performance do personagem.

O resto do elenco também merece destaque, cada um consegue fazer seu papel sem roubar os holofotes do Palhaço do crime. Podemos simplesmente citar o grande Robert De Niro (O Irlandês), que tem uma ótima atuação no filme, essencialmente na conclusão do terceiro ato, certamente formidável, e merece seus créditos!

O filme de fato trás um Coringa devastador, que na minha humilde opinião, é tão bom quanto o coringa de Heath Ledger, obviamente cada um merece seus méritos. Mas o diretor Todd Phillips, conseguiu alinhar e construir uma estrutura de roteiro inabalável e talvez um pouco perigosa, mostrou que tem potencial, e que “SIM!”, é possível criar um filme da DC com personalidade. É bem provável que a Warner, tenha dado uma melhor liberdade criativa ao diretor. É uma pena que não faça parte do Dceu, pois é um Coringa que eu gostaria de ver enfrentando o Batman. Mas vale falar que, temos boas referências ao universo de batman, algumas cenas que ficam no ar, para bombardear nossos corações com expectativas.

Sinceramente, um filme que saí da sala de cinema sem palavras, apenas pensando “Velho, eu preciso ver esse filme de novo”, e sim, eu fiz isso. Cheio de críticas interessantes e cenas com um duplo sentido, que nos dá a sensação de querer saber “Okay“, mas o que realmente aconteceu ali?” ou “Isso realmente está acontecendo?”.

Coringa chega com tudo, mostrando que um projeto de baixo custo e ousado pode dar certo, e que com toda certeza tem potencial. Arrisco dizer que é um filme digno de premiação, definitivamente ele marcou o ano de 2019.

Eu não tenho palavras para avaliar esse grandioso filme.

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