Nos últimos dias, surgiram rumores sobre o possível uso do modelo de IA generativa Muse, da Microsoft, para a criação de jogos e até mesmo para a preservação de títulos antigos. No entanto, a empresa esclarece que essa tecnologia não está sendo usada para criar jogos e que não se trata de uma solução para a preservação de games.
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Muse e o World Human Action Model: Foco na Criatividade, Não na Criação de Jogos
Durante uma apresentação recente, executivos e pesquisadores da Microsoft abordaram o World Human Action Model (WHAM), uma iniciativa de pesquisa desenvolvida em colaboração com o estúdio Ninja Theory. O objetivo desse estudo é entender como modelos de IA podem auxiliar criadores a explorar ideias de maneira mais rápida e eficiente.
Katja Hofmann, da equipe de pesquisa da Microsoft, explicou que o desenvolvimento da tecnologia foi fundamentado em um estudo com 27 criadores de jogos, focando em aspectos como iteração, criatividade e interação rápida com as ferramentas. A proposta é oferecer suporte para o desenvolvimento de ideias, não substituir o trabalho humano na criação de jogos.
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A Preservação de Jogos e o Papel da IA
Phil Spencer, chefe do Xbox, comentou que a Microsoft tem interesse na preservação de jogos, especialmente aqueles que dependem de hardware específico e que, com o tempo, podem se tornar inacessíveis. Ele sugeriu que modelos de IA poderiam, no futuro, ajudar a tornar jogos antigos mais portáteis, mas enfatizou que essa tecnologia ainda está em fase de pesquisa e não se trata de uma solução definitiva para a preservação de games.
Ninja Theory Reforça: IA Como Ferramenta, Não Criadora
Durante a apresentação, Dom Matthews, do estúdio Ninja Theory, explicou que o jogo Bleeding Edge foi utilizado como um ambiente de testes para a pesquisa da Microsoft. A colaboração entre a equipe de pesquisa e o estúdio ajudou a entender como a IA pode aprimorar fluxos de trabalho, mas sem impactar diretamente a criação de jogos.
Ele reforçou que, apesar dos testes com Bleeding Edge, a IA Muse não foi usada para gerar conteúdo do jogo e que a intenção sempre foi auxiliar os criadores, e não substituir a criatividade humana no desenvolvimento de games.
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Conclusão: Tecnologia Como Aliada, Não Substituta
A Microsoft deixa claro que, apesar do potencial da IA no suporte ao desenvolvimento de jogos, Muse não é uma ferramenta de criação de games e tampouco solucionará a preservação de títulos antigos no curto prazo. A empresa reforça seu compromisso com capacitar criadores e manter a criatividade humana no centro da indústria de games.
A discussão sobre IA e seu impacto na indústria de jogos continua e promete ser um dos temas centrais na Game Developers Conference deste ano, onde a Microsoft pretende compartilhar mais novidades sobre seus avanços na pesquisa e inovação tecnológica.
Fonte: YouTube.