Análise de The Invincible: Vagando pelo Espaço Sozinho

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Normalmente é comum acompanharmos adaptações de jogos virarem livros; porém, nesse caso, o livro “The Invincible” tornou-se o jogo. Uma obra escrita por Stanislaw Lem, um autor de ficção científica. O escritor polonês é conhecido também por obras como “Solaris“, com duas adaptações para o cinema em 1972 e em 2002, estrelada por George Clooney. Com desenvolvimento da Starward Industries e publicação da 11 Bit Studios de jogos como Frospunk e This War of Mine.

“The Invincible” é um jogo narrativo, focado na exploração e no enredo. Jogamos com Yasna, nossa protagonista, que faz parte de uma equipe de pesquisas espaciais, e nosso objetivo é explorar um planeta chamado Regis III. Antes de prosseguir com minha análise The invincible, adianto que o jogo possui uma trama lenta, voltada para detalhes que descobrimos ao longo de nossa caminhada, caracteriza a experiência deste jogo.

É bom ter paciência para nos atentarmos às informações e pistas que coletamos. Outro ponto interessante, como já citei, é que a protagonista parece encontrar nas melodias uma forma de afastar-se de seus medos e gatilhos. Ela recorre a uma canção com trechos harmônicos enquanto continua a caminhar. Se em “2001: Uma Odisseia No Espaço” isso parece algo solitário, como em “Lunar (Moon)”, essa é a sensação que teremos de sentimentos. Além disso, nossa astrobióloga, mas também uma exploradora determinada, cria diversos monólogos para livrar-se da loucura. Afinal, vagar por um ambiente hostil e desconhecido é para poucos corajosos!

Devido a Yasna ser uma astrobióloga, ela não deveria sair da nave, porém algo acontece e, ao invés de ser uma missão de exploração, acaba se tornando uma missão de busca e resgate dos demais membros da equipe. Uma corrida contra o tempo se inicia.

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O enredo se desenvolve muito bem; a todo momento estamos descobrindo e entendendo algo novo, ao mesmo tempo que surgem novas dúvidas. A narrativa é muito bem feita. Devido a estarem em um planeta desconhecido e sozinhos, a solidão seria um problema, mas existe um diálogo constante entre Yasna e outro personagem, o que enriquece muito a trama e a imersão. Percebemos que o jogo possui uma visão retrofuturista, mantendo a inspiração da obra original do criador.

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Contando com elementos de um clássico jogo de simulador de caminhadas, durante a maioria do tempo nos vemos andando em diferentes áreas do jogo, usando nossos recursos para desvendar e encontrar novas coisas nesse planeta distante. O silêncio do desconhecido eleva uma profundidade que o próprio Starfield não conseguiu entregar. Devemos ficar cientes de que o jogo está mais baseado no existencialismo e visa passar uma mensagem sobre a imaginação humana. O interessante são as canções que Yasna costuma cantar para ignorar todo aquele local vazio e sem esperança, exibindo um lado mais humano, como normalmente uma pessoa real reagiria.

Os itens que possuímos são bem simples de entender e manusear, nos ajudando muito. Entretanto, o mapa não é tão simples de entender e acaba sendo algo um pouco complexo, mas com um pouco de paciência é possível utilizá-lo de forma muito positiva em sua jornada.

A cartografia utilizada em The Invincible para localizar nossa posição e desvendar enigmas do paradeiro da tripulação é interessante, aumentando a narrativa e a imersão, continuando a nos instigar a descobrir os mistérios daquele lugar.

Ela tem que superar suas limitações, e a cada nova pista que encontra, pode ter um impacto significativo para a exploradora. Considerado uma corrida contra o tempo, será crucial descobrir se toda a tripulação desaparecida está viva ou não. A cada nova descoberta, percebemos o belíssimo trabalho de interpretação da atriz de voz Daisy May, no papel de Yasna. Ela, ao lado de Jason Baughan, dublador de Novik, eleva a narrativa, mantendo-nos conectados aos diálogos.

A temática de “The Invincible” é inspirada nas obras de ficção científica dos anos 1950 e é muito bem executada. Conseguimos observar com muito destaque seus desertos e cânions, extremamente bem feitos e detalhados. No entanto, o jogo apresenta uma visão futurista do passado, com inspirações claras da era atômica e do design soviético. Onde conhecemos como atompunk, mesmo alcançando outras estrelas, ainda estamos limitados!

Um silêncio que fala

Ao pensar em desertos, temos aquela sensação de ficar entediado com algo totalmente igual, contudo isso não acontece aqui. Na verdade, nos vemos cada vez mais empolgados para explorar cada lugar que conseguirmos, pois a arte do jogo é fantástica. O vazio, silêncio, deixam nossa mente imaginando coisas como se aquele local que nada ecoa, falasse!

A otimização do jogo é um fator-chave muito importante. Mesmo contando com um gráfico lindo e lugares deslumbrantes para exploração e admiração, o jogo tem uma fluidez ótima e um desempenho incrível, melhorando muito a nossa experiência. Sendo projetado exclusivamente no Unreal Engine 4, entregando um jogo vivo e com diversas configurações para melhorias de resolução e desempenho.

A atmosfera do jogo é intensificada pela trilha sonora imersiva e pelos. Cada detalhe do ambiente, desde os vastos desertos até os cânions profundos, é renderizado com um nível de realismo que faz você se sentir como se estivesse realmente lá. A sensação de solidão e desolação é palpável, mas é equilibrada pela esperança e determinação de Yasna.

Otimização de The Invincible

Como citei anteriormente sobre otimização, em uma demonstração que testamos antes de receber o jogo completo pela desenvolvedora. Havia alguns problemas técnicos como alguns travamentos e bugs como o jogo fechando. Os desenvolvedores ouviram os jogadores e tiveram tempo hábil para ajustar e polir o título antes do seu lançamento oficial.

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Utilizamos o PC Windows através o launcher do Steam, para criar nossa review, e após os reajustes não tive nenhum problema de desempenho que pudesse atrapalhar minha jogabilidade ou algo que fizesse desistir de continuar progredindo.

Por ser um jogo focado na narrativa, o título possui localização em português brasileiro, ajudando aos jogadores que não dominam o idioma primário do jogo. A seguir, assista ao nosso gameplay de The Invincible.

Gameplay jogo The Invincible

Gamerdito (Veredito)

“The Invincible” é um jogo de narrativa e simulador de caminhadas, não sendo um jogo que consegue agradar a todos, entretanto sendo referência para amantes do gênero. Com um enredo que se desenvolve bem a todo momento, com uma ambientação incrível e uma jogabilidade simples, porém totalmente funcional e intuitiva, é fácil começar a jogar e não querer parar até chegar ao fim desse mistério.

Devido a possuir uma história um tanto quanto curta e um mapa não tão intuitivo, o jogo recebe nota 8/10. Contudo, todos os outros pontos são totalmente positivos, e o que mais se destaca positivamente é a sua trama.

Por fim, The Invincible foi lançado para console de Playstation 5, Xbox Series X|S e PC Windows via Steam.


Agradecemos à 11 Bit Studios e a Starward Industries pela liberação da chave do jogo para nossa análise The Invincible.

The Invincible: ‘The Invincible’ é uma experiência de jogo que transcende o comum, proporcionando uma jornada imersiva através de um universo de ficção científica ricamente detalhado.thayllacris_
8
out of 10.
2024-02-23T07:06:25-0300

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