Review: Indiana Jones e o Grande Círculo

Nosso arqueólogo mais famoso do mundo retornando em uma aventura que respeita seu legado

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Essa é a review do jogo Indiana Jones e o Grande Círculo (Indiana Jones and the Great Circle), lançado oficialmente em 9 de dezembro de 2024 para Xbox Series e PC, com chegada prevista ao PlayStation 5 em abril. Essa análise foi publicada originalmente no YouTube, mas agora também está disponível aqui no site, para quem prefere ler e revisitar os detalhes desse lançamento. Fique ciente, que esta é uma versão de PC Windows via Steam.

Primeiras impressões e ambientação

Recebi uma chave antecipada do jogo, mas na época estava na CCXP24 e não consegui publicar a versão de texto no site do MeUGamer. Agora, com mais tempo, pude realmente adicionar para que vocês o resumo do vídeo original adaptado. Entender o que Indiana Jones e o Grande Círculo tem a oferecer para quem for jogar também no console da Sony em 17 de abril de 2025.

Indiana Jones e o Grande Círculo: Xbox não resiste e lançará no PS5 em 2025 e também ganha data no Xbox e PC
Imagem reprodução/Bethesda

A história do jogo se passa entre os eventos do primeiro e do terceiro filme, levando o jogador a locais icônicos como o Vaticano, o Himalaia, o Egito, os Estados Unidos, Peru e Xangai devastada pela guerra. Essa variedade de cenários dá uma atmosfera cinematográfica à aventura, que lembra bastante os clássicos da franquia. Os elementos históricos estão bem presentes, com escavações reais sendo referenciadas e personagens inspirados em figuras da época. Quem curte pesquisar sobre arqueologia pode se aprofundar nos eventos citados e descobrir que alguns têm base na realidade.

Jogabilidade e combate

O jogo mistura sequências de ação nostálgica com momentos de furtividade, algo que quebra a expectativa inicial de um ritmo acelerado do início ao fim. Indiana Jones não é retratado como um super-herói, e os confrontos refletem isso: os combates são mais realistas, com impacto e a necessidade de planejamento. No entanto, o sistema de luta poderia ter sido um pouco mais elaborado. Os movimentos são repetitivos e, em alguns momentos, a inteligência artificial dos inimigos não reage de forma convincente.

É possível perceber da preocupação que a MachineGames ao lado da Bethesda tiveram para não parecer uma cópia de outros títulos. Isso fica evidente quando abordaram uma visão do jogo na perspectiva de primeira pessoa, e na hora de momentos como escaladas em terceira pessoa.

Indiana Jones personagem
Imagem reprodução

O uso de disfarces é um dos pontos interessantes do jogo. É possível se passar por padre, arqueólogo ou até mesmo se infiltrar entre os inimigos. Essa mecânica adiciona variedade à jogabilidade, mas poderia ser melhor explorada em alguns momentos. Ainda assim, é um elemento que contribui para a imersão na trama.

Os puzzles (quebra-cabeças) estão presentes, mas são bem acessíveis. Para quem gosta de desafios mais complexos, pode parecer fácil demais. No entanto, para quem prefere um ritmo mais fluido, sem passar horas preso em enigmas, o jogo acerta ao equilibrar esses elementos.

Personagens e narrativa

A história conta com personagens bem construídos e memoráveis. Ginetta “Gina” Lombardi, uma jornalista que conhecemos no Vaticano, se junta a Jones na busca pela irmã desaparecida, que pode ou não estar trabalhando para os vilões. Já Nawal Shafiq-Barclay é uma personagem filantropa que financia escavações e tem grande influência, embora seu verdadeiro papel na trama seja questionável.

O vilão principal, Emmerich Voss, é impiedoso e não hesita em eliminar qualquer um que atrapalhe seus planos, inclusive seus próprios aliados. Seu desenvolvimento é intenso e encaixa bem na proposta do jogo.

Outro detalhe interessante é a presença de personagens históricos reais e situações inspiradas em fatos documentados. Isso é um dos pontos positivos do jogo, deixando a experiência mais rica para quem gosta de explorar histórias baseadas na realidade. O jogo também é um dos últimos trabalhos em vida do ator e dublador Tony Todd, conhecido por franquias como Candyman. Todd faleceu semanas antes do lançamento oficial do título. Em O Grande Círculo, ele interpretou um personagem místico intitulado Locus, responsável por iniciar a nova incursão do Dr. Henry Walton Jones Jr.

Indiana Jones e o Grande Círculo: Gameplay
Imagem reprodução/LucasFilm

Aspectos técnicos

Graficamente, o jogo é bonito e traz ambientações detalhadas. No entanto, existem alguns problemas de performance que poderiam ter sido otimizados. A dublagem em português é boa, mas apresenta pequenas falhas de sincronização labial. No original em inglês, a voz de Indiana Jones é feita por Troy Baker.

A trilha sonora é um dos pontos altos, trazendo aquela atmosfera clássica da franquia. A direção sonora foi muito bem trabalhada, e os efeitos de som ajudam a reforçar nossa expectativa em cada ato. Esse trabalho de entregar os novos arranjos dessa aventura de Jones ficou por conta do premiado compositor Gordy Haab, com trabalhos conhecidos em Star Wars, Halo, entre outros. Caso esteja curioso em ouvir todas as faixas musicais, estou adicionando o link do álbum completo disponibilizado pela Lucasfilm Games no Spotify.

Pontos positivos e negativos

Pontos positivos:

  • Fidelidade ao universo de Indiana Jones
  • Ambientação detalhada e cenários variados
  • Trilha sonora imersiva
  • Personagens bem desenvolvidos
  • Equilíbrio entre ação, exploração e furtividade

Pontos negativos:

  • Combate repetitivo e pouco refinado
  • Problemas de performance e sincronização labial
  • Inteligência artificial inconsistente
  • Puzzles excessivamente fáceis

Gamerdito (Veredito) de Indiana Jones e o Grande Círculo

Indiana Jones e o Grande Círculo é um jogo que surpreende positivamente. Ele pode não reinventar o gênero, mas entrega uma experiência divertida, fiel à franquia e com uma narrativa instigante. Não é um jogo perfeito: o combate é repetitivo, e a inteligência artificial poderia ser melhorada. Contudo, a ambientação, a trilha sonora e a história bem amarrada compensam esses pontos.

Se você é fã de Indiana Jones ou gosta de aventuras e explorar aquela mística do passado, vale a pena conferir. Se não quiser comprar agora, coloque na lista de desejos e aguarde uma promoção, mas não deixe de jogar. Minha nota final: 8/10.


Agradecemos à Bethesda pela liberação da chave do jogo, proporcionando-nos a oportunidade de realizar uma análise de Indiana Jones e o Grande Círculo no PC Windows via Steam. Esta review tem como objetivo orientar nossos leitores sobre se vale a pena ou não jogar.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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