MLB The Show 25 traz uma experiência sólida, mas sem grandes inovações. Desde 2021, o jogo se tornou multiplataforma, o que gerou discussões na época ao trazer o logo da PlayStation/Sony no Xbox. Atualmente, ele está disponível para todas as plataformas, incluindo o Switch.
Índice da análise
A falta de localização para o português brasileiro indica que a Sony já entende que o jogo não tem grande apelo no Brasil. Não há legendas ou qualquer tipo de suporte ao idioma, algo incomum até mesmo para jogos first party menores da empresa. Mesmo o beisebol sendo um esporte interessante, ele acaba não se destacando em território brasileiro. A minha análise é para trazer uma perspectiva para quem já conhece esta franquia e aqueles que planejam adentrar no mundo virtual do beisebol.
O título possui desenvolvimento pela SIE San Diego Studio e a Sony Interactive Entertainment (SIE) como publicadora oficial. Chegando no console de Playstation 5, Xbox Series X|S e Nintendo Switch em 18 de março de 2025.
Jogabilidade e Mecânicas
Para quem não conhece o esporte, o jogo pode ser pouco acessível. Não há tutoriais dedicados a ensinar as regras do beisebol do zero. O jogador precisa buscar esse conhecimento fora do jogo, pois os tutoriais existentes focam mais na mecânica do jogo do que nas regras do esporte. Seria interessante um material, mesmo que em texto, explicando os conceitos básicos para novos jogadores. Embora, a pessoa possa se interessar mais quando começa a assistir partidas oficiais, transmitidas no Brasil por emissoras de televisão fechada como ESPN ou também pelo streaming do Disney Plus.
O jogo oferece diferentes modos para testar posições variadas. Como rebatedor, há controles mais complexos, que exigem gestos precisos com o analógico, e opções mais simples, onde o movimento é automático e basta acertar o timing. Para o lançador, há diferentes mecânicas de arremesso, incluindo uma barra de velocidade onde o jogador deve pressionar o botão no momento certo para lançar com precisão.
A troca de controles acompanha a dinâmica do esporte. No ataque, o jogador controla o rebatedor; na defesa, começa com o lançador e, após a rebatida, assume os outfielders, que precisam capturar a bola e arremessá-la rapidamente. Para quem não deseja controlar tudo manualmente, o jogo permite automatizar certas funções, o que pode ser útil para iniciantes. Além disso, há modos de controle mais detalhados, como a opção de ajustar manualmente a força e o ângulo da rebatida, ou um sistema mais automatizado, onde o jogo ajuda na execução dos movimentos.
O jogo conta com um sistema de dificuldade adaptativa, que ajusta assistências conforme o desempenho do jogador. Funciona de forma semelhante aos sistemas encontrados em jogos de corrida como Forza e Gran Turismo, removendo assistências conforme o jogador melhora e se adapta às mecânicas.
Outro ponto interessante é a variedade de modos de jogo. O modo carreira, por exemplo, permite que os jogadores acompanhem a trajetória de um atleta desde o ensino médio até a Major League, passando por desafios e escolhas que influenciam seu futuro. Além disso, existem desafios no estilo roguelike, onde buffs são concedidos ao vencer determinadas partidas, e um modo histórico que permite reviver momentos icônicos do beisebol, podendo replicar ou alterar os eventos.
Gráficos e Som
As mudanças em relação aos anos anteriores são sutis. O jogo mantém qualidade, mas a evolução gráfica e de inteligência artificial é discreta. Os estádios continuam bem representados, com atenção aos detalhes, como iluminação dinâmica e som ambiente. No entanto, os modelos dos personagens poderiam ser mais realistas, principalmente nas expressões faciais e nos movimentos mais sutis.
Comparado a outras franquias esportivas, MLB The Show 25 ainda mantém um visual que denuncia ser um jogo. Enquanto NBA 2K, por exemplo, consegue se aproximar de uma transmissão realista, este jogo ainda apresenta elementos gráficos que lembram a modelagem 3D clássica. As animações são fluidas, mas não há um salto gráfico relevante em relação às edições anteriores.
A trilha sonora segue o padrão de jogos esportivos, com músicas licenciadas e sons de estádio, criando uma ambientação fiel, mas sem faixas memoráveis. Em termos de ambientação sonora, os efeitos são bem executados, desde o som da bola batendo no taco até os gritos da torcida. O feedback tátil do DualSense contribui para a imersão, permitindo sentir impactos da bola e dos arremessos, mas sem grandes inovações. O áudio direcional ajuda a dar uma noção mais clara da posição da bola e do ambiente do estádio.
Os clubes da Major League Baseball estão presentes como o maior vencedor da liga New York Yankees, seguido por St Louis Cardinals, Oakland Athletics, Boston Red Rox entre outros. Você consegue controlar jogadores dos seus sonhos que atua na equipe que possui aquela grande afinidade. Shohei Ohtani, Aaron Judge, Tarik Skubal, Chris Sale, Freddie Freeman, Juan Soto e mais.
No caso de Ohtani, o atleta japonês possui números históricos. Foi o primeiro jogador da história da MLB a alcançar pelo menos 10 home runs e 20 bases roubadas como rebatedor, além de 100 strikeouts e 10 aparições como arremessador na mesma temporada, enquanto liderava, isolado ou empatado, a liga em home runs por 14 jogos. Assim sendo, um marco surpreendente principalmente para um jogador estrangeiro baseado em uma competição que possui décadas de existência.
Microtransações e Comunidade
O sistema de microtransações segue o padrão de outros jogos esportivos, com progressão baseada em desafios e pontuação, o que engaja a comunidade estrangeira. Há tabelas de combinações de desafios que oferecem pontuação maior ou desafios personalizados sugeridos pelos jogadores. Para os fãs que investem tempo no jogo, há um grande leque de recompensas e pacotes especiais disponíveis.
A comunidade de MLB The Show é bastante ativa, principalmente no exterior, onde competições online acontecem regularmente. O jogo incentiva a participação multiplayer com eventos e ligas online, permitindo que jogadores testem suas habilidades contra adversários reais. No entanto, para quem busca uma experiência mais casual, os modos single-player ainda oferecem bastante conteúdo.
Gamerdito (Veredito) de MLB The Show 25
No geral, MLB The Show 25 é um jogo técnico, pouco acessível para novos jogadores, mas sólido para quem já acompanha a franquia. A falta de novidades impactantes pode ser um problema aos usuários veteranos e fãs, por outro lado, ainda mantém a qualidade esperada. O foco da experiência está na precisão e no realismo das mecânicas, o que pode agradar os apaixonados do esporte, mas novatos podem demorar aprender.
Apesar da ausência de grandes inovações, os modos de jogo continuam variados e bem desenvolvidos. Os gráficos poderiam ter recebido mais melhorias, mas a jogabilidade ainda é o ponto forte do título. Se você já é fã da série, vai encontrar uma experiência consistente; se está chegando agora, pode sentir dificuldades iniciais devido à complexidade do esporte. Contudo, é um título que vale a pena jogar e conhecer um pouco mais, sendo um dos esportes que os americanos e japoneses são vidrados.
Finalizo minha nota dessa review com o olhar crítico na sua pontuação em 7,5/10, podendo chegar a 8/10 para fãs da série.
Agradecemos à Playstation pela liberação da chave do jogo, proporcionando-nos a oportunidade de realizar uma análise de MLB THE SHOW 25 no console de PS5. Esta review tem como objetivo orientar nossos leitores sobre se vale a pena ou não jogar.
