Ah, o maravilhoso mundo dos jogos de ação da Yazuka, e com essa nossa review ficará ainda mais clara! Se você, assim como eu, já se pegou nostálgico ao pensar nas boas e velhas aventuras beat ‘em up e hack and slash dos anos 2000, esteja pronto: o novo Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii chegou com tudo. E não, você não leu errado no título. O “Jack Sparrow” da Yakuza realmente chegou, trazendo aquele charme todo característico, misturado com uma vibe de pirata moderno.
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Claro, o Like a Dragon não é só mais um jogo de ação qualquer. Não, meus gamernéfilos, isso aqui tem muito mais do que apenas socos e chutes – embora, sejamos sinceros, quem não gosta de uma boa briga de rua com um toque de exagero? Agora, a SEGA e a Ryu Ga Gotoku Studio, como sempre, trouxeram seu tempero especial e fez algo inesperado, algo que mistura a essência das antigas glórias dos jogos de beat ‘em up com a ousadia peculiar que a franquia Yakuza sempre trouxe à tona.
Lembrando que quando a franquia adotou seu novo nome no ocidente o estilo passou a ser um jogo por turnos, o que levou estranheza aos fãs de longa data, mas também cativou o público novo.
Entretanto, em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii ele retorna ao bom e velho lute sem compromisso aplicando golpes, combos ao seu melhor estilo! Goro Majima, também conhecido como “Shimano’s Mad Dog”. Esse personagem faz você não ter tanta saudade de Kiryu Kzuma, outro lendário integrante da franquia e o mais lembrado por seu legado.
A história se desenrola em diversos cenários, sendo Honolulu City, Madlantis, o último paraíso pirata, e Nere Island, a base do grupo religioso Parekana que apareceu em Infinite Wealth, oitavo jogo da franquia. Majima é levado pela correnteza até a Ilha Rich, onde Noah salva sua vida. Para realizar o sonho de um garoto que nunca saiu da ilha e quer conhecer o mundo exterior, Majima acaba adquirindo um navio pirata.
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Embora Goro Majima esteja estrelando seu próprio jogo em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, essa não é a primeira vez que ele aparece na série. Majima, conhecido por sua personalidade imprevisível e seu icônico tapa-olho, tem sido uma presença constante e marcante em vários títulos anteriores da franquia Like a Dragon (anteriormente conhecida como Yakuza).
Desde Yakuza 0, onde ele é um dos protagonistas e sua história de origem é explorada, até aparições icônicas como no sistema Majima Everywhere de Yakuza Kiwami, esse “pirata urbano” de tapa-olho sempre fez questão de deixar sua marca. Seja como rival, aliado ou simplesmente como alguém que aparece do nada para te encher de porrada, ele é um dos personagens mais amados da franquia.
Então, se você achou que essa era a primeira vez que o pirata da Yakuza aparecia para tocar o terror, pense de novo. Ele já está há tempos trazendo caos e diversão para a série — e, honestamente, a gente não reclamaria se ele ganhasse ainda mais destaque daqui para frente.
Sobre ser um verdadeiro pirata com sua tripulação
É importante salientar que o jogo também exige que você tenha uma tripulação para vencer alguns duelos e navegar pelos mares. Afinal, um navio não pode ser controlado sozinho, sem seus capangas. O Coliseu dos Piratas é um local onde devemos ficar atentos para conseguirem sair vitoriosos.
Fique ciente de que o título não deve ser levado a sério como os outros jogos da franquia, tornando a experiência hilária. Sua tripulação é bastante exótica, o que fica evidente nas batalhas dentro do Coliseu, principalmente quando atracamos no barco derrotado para tomar o navio.
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Como mencionei sobre sua tripulação, dependendo da composição, você pode criar uma missão secundária e conhecer melhor alguns personagens, que podem até entrar para sua party. Analisar as habilidades da equipe de piratas é fundamental para definir a posição de cada um no navio, impactando diretamente sua estratégia ao enfrentar outras embarcações ou batalhas diretas. A sensação de navegar pelo mar intenso e ver a quantidade de navios tentando nos interceptar lembra bastante Assassin’s Creed: Black Flag, considerado por muitos o melhor jogo em terceira pessoa no quesito de controle de uma nau.
Quanto à inteligência dos NPCs, segue o padrão dos filmes de luta asiáticos: você confronta um personagem enquanto os demais apenas observam, não necessariamente nessa ordem. Na minha visão, a preocupação maior está no contexto geral da trama, e não nesses detalhes. A combinação de armas e socos, mesclando essas possibilidades, é algo que falta em muitos jogos atuais. Este título se destaca positivamente nesse aspecto.
Mesmo que o título tenha uma temática focada em piratas, o jogador logo perceberá que há uma mescla interessante de elementos modernos, como carros luxuosos e equipamentos de tecnologia avançada, combinados com a exploração pelos mares do Havaí. Isso torna a ambientação mais dinâmica e evita a repetição de cenários. Além disso, a interação com os gatinhos é um detalhe divertido, já que Noah parece ter um carinho especial pelos bichanos. Uma das tendências que se popularizaram em várias partes do mundo são os hoverboards — algo semelhante a um patinete, mas mais avançado. No jogo, é possível usá-los para se locomover pela cidade, facilitando deslocamentos e economizando tempo.
O Jack Sparrow da Yakuza? Como Assim?
A primeira impressão ao jogar é de que o protagonista poderia ser o irmão perdido do próprio Jack Sparrow. E, sinceramente, não é um exagero. Com seu estilo irreverente, uma mistura de maluquice com momentos intensos, o personagem principal acaba sendo uma espécie de pirata urbano. E quem não curte um bom “anti-herói” que mistura tudo que é mais insano com o carisma de um bom personagem?
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A proposta, como de costume, é uma mistura de drama, humor e ação frenética. Mas agora, a SEGA foi além ao embutir nesse novo título a nostalgia que a galera dos anos 2000 sente. E vamos falar a verdade: essa combinação é uma bomba-relógio de entretenimento. Aqueles hack and slash e beat ‘em up típicos das locadoras de jogos estão de volta, e isso é puro ouro.
Minijogos
O título continua com seus minijogos já conhecido da saga. Os karaokês ficou melhor e mais engraçado na hora de jogar. Afinal, japoneses são apaixonados por esses tipos de inteiração. Após o fracasso de Skull and Bones, esse spin-off pode dar uma resposta à desenvolvedora francesa. Com um orçamento infinitamente menor, os fãs de Like a Dragon poderão adentrar em uma trama sarcástica e ainda navegar por locais míticos. Com os mais diversos minigames já famosos na saga e adicionando novos elementos. Seja um entregador de fast food, percorrendo a cidade de bicicleta no melhor estilo Crazy Taxi. Sim, se você conhece esse clássico da SEGA, com certeza sentirá aquela nostalgia.
Gosta de bilhar? Então aqui está a oportunidade perfeita para testar suas habilidades de precisão e executar jogadas incríveis. Há diferentes níveis de dificuldade para escolher, tornando a experiência ainda mais desafiadora e instigante. Andando pelos locais e visualzando os mapas é possível encontrar lugares e aproveitar cada minijogo. Na minha opinião ele quebra o gelo em determinados momentos. Sempre que observo essas atrações tenho que lembrar de Shenmue que marcou quando ficava me aventurando na franquia do Ryo Hazuki.
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Nostalgia dos Anos 2000: Beat ‘Em Up e Hack and Slash Como Nunca Antes
Quem viveu os anos 2000 jogando naquelas máquinas de fliperama ou mesmo nos consoles da época, sabe do que estou falando. O famoso estilo beat ‘em up, que fez a cabeça de muita gente com suas lutas insanas e jogabilidade simples, mas viciante, foi um marco. E, convenhamos, qual outro jogo trouxe uma pegada tão estilosa e violenta quanto os da SEGA naqueles tempos?
Agora, em Like a Dragon, a SEGA tem a audácia de resgatar essa nostalgia de forma incrivelmente habilidosa. Claro, o visual e a jogabilidade são bem mais modernos, mas aquele toque de caos e combate simplificado está lá, remetendo aos tempos em que simplesmente bater em tudo o que se via pela frente era uma atividade de entretenimento sem fim.
É como se eles tivessem pegado um pedaço dos jogos beat ‘em up de arcade e jogado dentro de uma versão mais ousada de Yakuza. Só que desta vez, o lado irreverente, o lado “pirata”, o lado Jack Sparrow, apareceu para dar aquele tempero especial.
O Estilo Yakuza com um Toque Inesperado
Para quem já conhece a franquia Yakuza, sabe que um dos maiores atrativos do jogo são os personagens excêntricos e o roteiro. Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, no entanto, consegue se destacar ao pegar esses elementos que consagraram o título e misturar com um toque de surrealismo e humor – é como se, em vez de se levar a sério, o jogo resolvesse dar boas risadas de si mesmo.
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Isso aparece em momentos hilários de combate, em situações que não fazem o menor sentido, mas que funcionam maravilhosamente bem quando você está jogando. Você se encontra se perguntando se está em um jogo ou em uma das cenas mais insanas do Piratas do Caribe. E o melhor de tudo? Essa mistura de estilo e narrativa com humor carismático é absolutamente viciante.
Jogabilidade: Com Uma Pitada de Nostalgia e Modernidade
Bem, você acha que, por ser um Like a Dragon, a jogabilidade vai ser complexa e focada em combates realistas, pode se preparar para uma surpresa. O jogo mantém um ritmo que poderia ser perfeitamente adaptado aos clássicos do hack and slash e beat ‘em up – mas com um toque único de modernidade.
Os movimentos de combate são rápidos, fluídos, mas, ao mesmo tempo simples e de fácil execução, permitindo que você adentre de cabeça nas batalhas sem se perder em mecânicas complicadas. E como se não bastasse, o humor da franquia, com suas piadas e situações absurdas, só contribui para que você queira continuar jogando cada vez mais. Afinal, quem não ama uma boa briga, especialmente quando ela é acompanhada de uma boa risada?
As missões secundárias ampliam ainda mais as horas de jogatina e oferecem uma grande variedade de desafios. Acredito que o ápice para muitos jogadores seja a liberdade de enfrentar gangues, seus lacaios e até alguns minichefes. Isso contribui para a imersão, tornando o combate mais instigante e trazendo uma dose extra de adrenalina aos confrontos entre os personagens.
Quanto aos diálogos, não preciso nem mencionar o padrão dos títulos do Ryu Ga Gotoku Studio: conversas intensas e bem construídas entre os personagens. Pelo menos, ninguém poderá reclamar de falta de explicação na lore durante a jornada. Agora, se você me perguntar se pular os diálogos fará perder grande parte da trama, eu diria que antecipar algumas conversas não é o suficiente para comprometer sua experiência. No entanto, se tiver tempo para ler tudo, vale a pena. Esses jogos sempre entregam detalhes que enriquecem tanto os títulos anteriores quanto os futuros da franquia.
Uma das coisas mais interessantes é o nosso papel quase natural de mentor para a jovem que nos acompanha. Isso não significa que precisamos agir como santos, mas simplesmente lidar com as situações conforme elas acontecem. Se você for pai, talvez compreenda melhor o que estou tentando expressar. Especialmente em certos momentos, como quando Majima entra em determinados lugares ao lado de Noah, e há uma atendente de bar com trajes bem sugestivos. Nada exagerado, mas perceptível para quem presta atenção—risos.
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Trilha sonora do jogo
Gostei da entrega nos arranjos e na trilha sonora original de Pirate Yakuza in Hawaii. Ao ouvir individualmente, são quatro discos com dezenas de faixas musicais. Vou preparar uma análise detalhada, como venho fazendo ultimamente, sobre trilhas sonoras de jogos.
O objetivo é oferecer uma crítica coesa sobre músicas que podem se tornar marcantes na indústria dos games. Confesso que ouvi todas as faixas e muitas delas são interessantes, principalmente no que diz respeito a criar uma atmosfera que leva o jogador ao ápice da aventura. Ademais, isso não significa que todas as canções terão um impacto duradouro ou que serão facilmente associadas ao título. Apesar disso, acredito que a sonoridade moderna e a acústica harmônica são muito bem trabalhadas, com algumas faixas lembrando Piratas do Caribe, especialmente nos arranjos solos.
Gamermedito (Veredito)
Se tem uma coisa que a SEGA sabe fazer, é arriscar. Não estamos falando de um jogo qualquer, mas de algo que mistura nostalgia e inovação de uma forma única. O Like a Dragon faz isso com perfeição. Ele consegue ser ousado, sem ser ridículo. Faz você se sentir no controle da situação, mesmo quando tudo parece estar fora de controle.
É claro que o “Jack Sparrow” da Yakuza não vai se sair muito bem em uma competição de piratas de verdade, mas quem se importa? Ele traz sua própria versão da “pirataria” para o universo de Yakuza, e isso é mais do que suficiente para prender a sua atenção.
Fique de olho nos créditos finais para uma cena pós-crédito hilariante, com a aparição de personagens excêntricos. Para fãs de jogos de ação com elementos de RPG, ou melhor, JRPG, esta é uma das franquias em que vale a pena se aprofundar por dezenas de horas de jogatina.
Finalizo minha nota para esta review de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii com
, acrescentando que a franquia só tem crescido a cada novo lançamento. Desde que a desenvolvedora continue ousando, sem medo de errar, e ouvindo o feedback da comunidade, Like a Dragon sempre evoluirá.O jogo está disponível oficialmente para PlayStation 5, Xbox Series e PC Windows via Steam. Há também plataformas como Nuuvem e 2game, que oferecem ofertas especiais para que os usuários adquiram a versão para computador.
Dito isto, chegou o momento perfeito para se divertir com minijogos, praia, combates, pirataria e, claro, muita aloha em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii!
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Agradeço à SEGA e sua assessoria no Brasil, THEOGames PR pela chave de acesso ao jogo para review no PC Windows. Espero que nossa análise ajude os leitores a decidir se o jogo vale a pena.