Análise Final Fantasy VII Rebirth

Final Fantasy VII Rebirth: Uma Análise profunda da imersão no Mundo de um Clássico Renascido nesta segunda parte do remake do jogo

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Após uma longa espera, com toda a expectativa criada pelo primeiro episódio desta trilogia à qual o remake de Final Fantasy VII resultou, finalmente colocaremos nossas mãos em Final Fantasy VII Rebirth. Esta continuação direta de Final Fantasy VII Remake lançado originalmente em 2020, que ganhou uma versão expandida e atualizada para a atual geração e PCs no ano seguinte, 2021.

Trazendo novamente Cloud Strife, Barret, Tifa Aerith, Red XIII, entre Yuffie Kisaragi, Cait Sith. Devemos citar Sephiroth, ainda mais intenso que o seu antecessor. Irá emocionar os fãs desta franquia que possui décadas de história. A seguir, você acompanha nossa análise de Final Fantasy VII Rebirth, trazendo fatos que despertaram nossa nostalgia e momentos marcantes!

Este segundo episódio, agora exclusivo temporário por três meses do PS5, trás a franquia para novos patamares. Seja em tempo de jogo, que promete mais de 50 horas para finalizar sua história principal e também tamanho de mapa, abrangendo as principais regiões de Gaia. Em comparação ao original, aqui temos o trecho entre a saída do grupo de Midgar até o Templo dos Antigos, que marca o final do primeiro disco no game de Playstation 1.

Sendo um dos maiores projetos da Square Enix até o momento em questão de ambição, trazendo grande parte da equipe que trabalhou no primeiro episódio do remake. Talvez a entrada mais extensa em questão de dimensão de toda a franquia Final Fantasy, ao menos excluindo as entradas online, FFXI e FFXIV.

A história de Final Fantasy VII Rebirth

Assim como a primeira parte do remake se propôs a expandir e aprofundar a história já consagrada do jogo original, incluindo muito mais tempo de jogo além de conectar o conteúdo do “universo expandido” do jogo. Considerando o filme e também spin-offs, a segunda parte segue o mesmo caminho, mas em proporções muito maiores tendo em vista a entrada de novos personagens em nossa party. Mesmo que os novos personagens apresentados no remake, sejam mais secundários e alguns outros com papel bem significante na trama principal, além daqueles que já conhecemos bem mais através do episódio anterior.

A proposta de um “mundo semi-aberto” em Final Fantasy VII Rebirth nos entregam grandes áreas exploráveis disponíveis no mapa do mundo, poderia apresentar riscos ao desenvolvimento da história. Em vista que uma pequena porção do jogo original virou um jogo completo(e relativamente extenso em comparação até mesmo às novas entradas na série). Gerando reclamação de alguns jogadores quanto à partes que eram “artificialmente esticadas” puramente para aumentar tempo de jogo. Neste segundo episódio, apesar de menores, estes deslizes ainda acontecem, mas ainda sem comprometer a experiência como um todo, tendo em vista o escopo muito maior do jogo e risco diretamente equivalente destes momentos serem mais frequentes.

Aqui a relação entre os personagens da party é explorada em seu máximo, virando inclusive mecânica de gameplay (jogabilidade) para Final Fantasy VII Rebirth, à qual vamos detalhar mais a frente. Todos possuem um momento de destaque não só durante a história principal, mas em arcos completos de missões secundárias que exploram e dão contextos nunca antes explorados para estes personagens.

Personagens de FFVII Rebirth
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Para quem conhece a história completa através do jogo original, espere novos ares e reviravoltas, como já adiantado pela primeira parte do remake. Tudo aquilo que imaginávamos que iria ocorrer, agora pode não seguir o mesmo caminho, até em questões importantíssimas para a evolução da história. Isso pode agradar ou não os fãs mais árduos, mas devemos considerar que ao menos os produtores foram corajosos ao tentar “retocar” uma história tão icônica e provavelmente estejam cientes dos riscos que podem trazer.

Para mim particularmente, esses novos ares foram muito bem vindos, tendo em vista que podemos interpretar como um “multiverso” de FFVII. Com certeza é bom para a Square Enix, já que poderá voltar a expandir a franquia ainda mais, trazendo aos padrões atuais.

Uma exploração divertida e guiada, talvez até demais

Com a expansão do mapa, gora como principal elemento de Final Fantasy VII Rebirth é a exploração, para isso várias mecânicas “acessórias” são apresentadas, muitas logo no início do jogo. A diversidade de objetivos de exploração e principalmente os “Informes Globais”, missões trazidas por Chadley, personagem conhecido do remake, que agora volta com uma gama muito maior de objetivos, esses que nos guiam e motivam a percorrer cada “centímetro” do mapa.

Podemos dividir os contextos de exploração em dois principais tipos

Quando se está dentro de cidades ou vilarejos em ambientes mais “fechados” a exploração é muito próxima do episódio anterior. Possuindo algumas missões secundárias que podem ser realizadas dentro da própria localidade ou que farão ir para as áreas mais abertas. Mesmo com uma dimensão menor, as cidades ainda são grandes e principalmente densas. O número de NPCs seguindo sua vida e rotinas traz uma imersão incrível e melhora muito a lembrança que tínhamos dos cenários “pré-renderizados” com um NPC aqui e outro ali. Sem dúvidas, sentimos que a vida na cidade acontece mesmo sem nossa presença e ela é bem agitada.

Quando saímos de uma cidade para outra nos deparamos com as regiões mais “abertas” —; é entram os elementos novos de Rebirth, com uma diversidade interessante de meios de transporte, destaques ao Chocobos, criaturas sempre presentes na série, mas nem sempre com um peso ou utilidade nas mecânicas, o que não ocorre aqui. Há diferenças de como utilizamos eles em outros títulos em relação com Final Fantasy VII Rebirth.

Chocobos de Final Fantasy VII Rebirth - (Reprodução)
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Os chocobos possuem utilidade praticamente fundamental na exploração, servindo não só como meio de locomoção mais rápido entre um ponto e outro, mas também com habilidades únicas que possibilitam o acesso à partes do mapa que o jogador normalmente não conseguiria chegar, além de serem “detectores” de recursos no mapa para uso em crafting, outra mecânica nova presente no jogo.

Uma única falha evidente é a ausência de “segredos” obtidos através da exploração livre já que os baús são encontrados em áreas específicas indicadas no mapa. Os baús mais especiais que contém armas ou matérias ficam bem à vista em trechos de história em que o jogador certamente passará. Será bem difícil perder um item especial por não ter passado em algum lugar específico do mapa.

Indicadores onde diminui nossa dificuldade

Um outro ponto que pode ser visto como defeito por alguns jogadores que estão jogando Final Fantasy VII Rebirth. É o excesso de indicadores no mapa apontando objetivos ou missões de exploração. Às vezes sendo até redundantes com elementos que poderiam deixar a exploração mais orgânica. Como pássaros que te levam ao objetivo quando está perto dele ou mesmo restos de ruínas que indicam que há um templo para melhoria de uma invocação por perto. Elementos inclusive que lembram muito “Ghost of Tsushima”. Não explorei este recurso, mas se houver uma forma de desligar o “hud” do jogo, esse problema deixa de existir, já que estes elementos mais orgânicos de exploração serão justificados.

Crafting e Sinergia

Sim, agora podemos fabricar itens, armaduras, acessórios e até itens de missão com recursos que podemos encontrar no mapa, comprar de mercadores e ganhar em batalhas. Apesar de não ser muito profunda em Final Fantasy VII Rebirth, essa mecânica trás mudanças que impactam até mesmo nas batalhas. Considerando que agora o jogo te dará menos itens como Poções, Éteres e Penas de Fênix através da exploração. Mas simplesmente componentes para que os fabrique, sendo assim, não ignore esta mecânica, isso pode fazer com que fique sem itens facilmente. Deixando-os com dificuldades em momentos que nem sempre as magias e matérias que possui dão conta do inimigo que está enfrentando.

Imagem reprodução de Final Fantasy VII Rebirth
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As mecânicas de batalha estão muito próximas do que já tínhamos na primeira parte do remake. Um dos pontos mais elogiado pelos jogadores tendo em vista que conseguir atingir um “meio-termo” entre a luta mais tática por turnos e a ação mais livre. Os desenvolvedores adicionaram apenas alguns elementos de camadas, para deixar o conceito de sinergia, que é construído através do relacionamento entre os personagens. Quanto mais afinidade existe entre dois personagens, mais habilidades de sinergia eles terão ao seu dispor.

Duas ações durante a batalha que envolvem a sinergia: ações de sinergia: são ataques, defesas, contra-ataques que não gastam Barra de ação (BTA em português, ATB em inglês); e envolvem dois personagens específicos da party, podem ter um efeito especial, como aumento de atordoamento. Por exemplo, auxiliam no aumento das “barras de sinergia” que quando atingem um nível específico para estes dois personagens desbloqueiam um segundo tipo de ação envolvendo sinergia. Estas que são as habilidades de sinergia, que são bem similares aos “Limit Breaks”. Envolvendo os dois personagens e resultando em bônus como poder usar magias sem gastar PM, aumentar o crescimento da barra de limite ou até mesmo causar um grande atordoamento ao inimigo.

A sinergia entre os personagens tem uma progressão própria, onde os pontos são obtidos ao realizar ações em conjunto com eles. Sejam missões paralelas ou até mesmo executar ações/habilidades de sinergia durante as batalhas. Estes pontos são utilizados em “Fólios”, uma árvore de habilidades (muito parecida ao Sphere Grid de FFX) e atributos de cada personagem, que possui slots que desbloqueiam mais habilidades de sinergia ou até mesmo aumentam atributos bases do personagem em questão.

Combate: em time que está ganhando não se mexe

Final Fantasy VII Remake trouxe talvez uma das melhores propostas de evolução ao combate por turnos presente na franquia desde os seus primórdios. Com um equilíbrio quase perfeito entre o quesito tático presente na mecânica mais tradicional e a ação, demanda de um público mais novo e talvez mais resistente ao combate mais “devagar”. Por isso, não temos mudanças tão drásticas, tendo como principal adição a mecânica de sinergia já detalhada mais acima.

Como nossa equipe é maior e agora não conseguimos manter todos os membros ativos. Uma preocupação que existia no jogo original era o de ter uma diferença muito grande de níveis entre os personagens mais e menos utilizados. Obrigando o jogador a sempre utilizar combinações diferentes de personagens do grupo incluindo os quais talvez não tivesse muito apreço. Ou aqueles que não dominava totalmente suas habilidades. Acabando por ignorar completamente os personagens de níveis mais baixos em partes mais avançadas da história.

Em Rebirth este problema foi resolvido, pois todos os personagens ganham XP, mesmo os que não participaram ativamente da “batalha”. Eles estão na missão, no entanto, visualmente(exceto em situações específicas onde a party está de fato separada) todos os membros estarão lhe apoiando com alguns ataques esporádicos. Utilizando também suas habilidades ativadas quando nossa equipe inteira é eliminada.

Além disso, possuímos um nível do grupo como um todo, que também influencia no ganho de sinergia entre outros pontos.

 Cloud Strife em Final Fantasy VII Rebirth — foto reprodução
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Quanto às matérias, inclui diversos novos tipos, desde novas magias e habilidades, até mesmo matérias de “automação”. Gerando com que seus parceiros tomem algumas ações automáticas quando não os está controlando diretamente. Tudo isso anda muito em conjunto com as missões do Chadley, batalhas no simulador dele e também a exploração livre ou conclusão de missões. Destacamos em especial aos summons, que agora também possuem um arco próprio de missões secundárias. Ao mesmo tempo que você o enfraquece facilitando a luta no simulador para ganhá-lo, também melhoramos sua matéria, desbloqueando novas habilidades e aumentando seus atributos quando o utilizamos.

Um número maior de Chefes “bosses” foram inclementados em Final Fantasy VII Rebirth, suas batalhas nem sempre serão “sequências cinematográficas” com várias fases e variações de cenário como ocorria no primeiro episódio. A Square foi com mais cuidado e em chefes menos “expressivos” a batalha será mais “direta ao ponto”.

Missões principais, secundárias e minigames…muitos minigames

Com o desafio de manter o ritmo e sensação de avanço na história a todo momento. Ampliação do mundo “enorme”, a disposição, variedade e criatividade das missões conseguiu, com exceção de alguns momentos, trazer muita diversão e satisfação ao jogar.

Apesar de todos os elementos que citei acima, nada impede que foque apenas na história principal e ignore todas as missões e objetivos secundários, mas vale ressaltar que fazendo isso, estará deixando uma porção bem grande da diversão do jogo para trás.

O conteúdo apresentado nos trailers de divulgação, Final Fantasy VII Rebirth claramente não abandona os traços de sua origem como RPG oriental (JRPG), apesar da pretensão em conquistar o público do outro lado do oceano. E acredito que ele consiga atender estes dois públicos com sucesso.

A quantidade de minigames (minijogos) e micro-mecânicas apresentadas ao longo do jogo todo pode causar espanto. Essa estranheza e cansaço para jogadores que não estejam tão acostumados com o gênero, parecendo um pouco “inflado” demais. Mas assim como o título original, aqui temos arcos completos envolvendo minijogos, cada um com sua mecânica especial e profundidade. Você terá aquela sensação que eles trararam os jogos quase como “jogos à parte”. Obviamente que com a modernidade tudo ganhou um aspecto ainda mais “grandioso” e “volumoso”, o que pode ser um prato cheio para quem já é iniciado no estilo, mas pode soar como uma forma “artificial” de aumentar o jogo por outros jogadores.

Alguns minigames são evoluções de versões apresentadas na primeira parte do Remake, como os trechos de dança, trocas de vestimenta ou até mesmo o jogo de tabuleiro “Forte Condor” de Intermission(aqui trazendo um fator nostalgia muito bom diga-se de passagem). Mas temos vários outros novos, incluindo alguns que são obrigatórios para o prosseguimento da história. As cartas continuam dando suas caras, principalmente aos fãs de card games.

Visuais e Trilha Sonora

Claramente os visuais do jogo estão incríveis, apesar dos problemas presentes no modo performance, onde temos os 60 FPS “Frame per Second” (Quadro por Segundo, em português) com uma queda muito perceptível na qualidade das texturas. Jogando no modo Gráfico à 30 FPS, não sentimos esse impacto na fluidez do jogo. Logicaente, somos presenteados com paisagens, personagens e criaturas incríveis além de cenários extremamente detalhados em seus mínimos detalhes. Nota-se uma evolução principalmente nas animações e modelagem dos personagens, onde até mesmo NPCs com os quais não há nenhuma interação possuem uma qualidade excepcional. Devo citar, o mesmo de alguns objetos que em situações, não tão frequentes, mas existentes, apresentam uma textura mais simples, destoando dos demais elementos.

Vale lembrar que o primeiro título sofreu do mesmo problema em sua versão inicial para PS4. A gigante japonnesa dos jogos de RPG, corrigido grande parte dessas queixas em sua versão revisada para o PS5 e PC.Nos levando crer, que isto possa ser ajustados através de um patch de atualização, no pior dos cenários. Remetendo uma percepção com um indício de que de fato estamos próximos de uma geração intermediária e um possível PS5 “Pro”. Os fãs costumam não olhar com bons olhos quando as empresas lançam uma versão melhorada de um console atual. Mesmo que uma versão exclusiva para este hardware resolva os problemas dos jogos.

A trilha sonora de Final Fantasy VII Rebirth, talvez seja o aspecto onde a desenvolvedora estivesse mais segura, se eles optassem por apenas “rearranjar” e “orquestrar”. Em relação com a trilha original sem nenhuma adição, já conseguiria nos satisfazer e impressionar. Contudo, a ambição fizeram ir mais longe e trouxeram por volta de 400 novas trilhas para o jogo, trabalhando com diversas variações das trilhas originais além de novas trilhas criadas “do zero”.

O ponto alto aqui é de fato a transição entre versões de uma mesma trilha conforme o contexto. Um grande exemplo, ao ouvir o tema de Junon durante a exploração livre, quando entrar em uma batalha esse mesmo tema se transformará em algo mais rápido e agressivo; assim como ao montar um chocobo, verá o tema das criaturinhas misturado ao tema da região. Isso ocorre também durante cutscenes (cinemática) trazendo as icônicas trilhas misturadas de forma que até mesmo elas podem trazer “pistas” e novas memórias de momentos icônicos.

Gamerdito (Veredito) de Final Fantasy VII Rebirth

Final Fantasy VII Rebirth consegue fazer o que o título original fez há quase 30 anos atrás dentro dos padrões atuais da indústria. Arriscando-se em alguns pontos, apostando na nostalgia e em mecânicas trazidas de outros jogos mais atuais para agradar quem nunca teve contato com o título de PlayStation 1.

A única recomendação aqui é que jogue antes ao menos a primeira parte do Remake, para uma melhor ambientação sobre o enredo sem ter aquela impressão de estar “perdido” na história.

No demais, esse é um grande candidato ao GOTY deste ano, assim como um ótimo criador de “hype” para a terceira e última parte deste remake tão esperado.

Com poucos pontos fracos, temos um jogo que, assim como sua fonte, entrará para a história dos games e talvez vire um grande “benchmark” para o próprio futuro da franquia, que não vem colhendo os mesmos frutos dos títulos mais clássicos atualmente.

Finalizamos com uma Nota: 9.5.

Por fim, Final Fantasy VII Rebirth foi lançado globalmente exclusivo no Playstation 5 na data de 29 de fevereiro de 2024. Atualmente, o título está custando na versão padrão R$349,90 e a Deluxe R$449,50 na PS Store. Devido ao alto custo de Final Fantasy VII Rebirth, ensinamos nesta página, como adquirir o jogo parcelado.


Agradecemos à Square Enix pela liberação da chave do jogo, nos proporcionando a oportunidade de realizar uma análise de Final Fantasy VII Rebirth no PS5.

Final Fantasy VII Rebirth: A Ambição da Square Enix trouxe uma nova perspectiva para FFVII Rebirth nos remetendo em cada ação nostalgia para continuar desejando mais jogos promissores da franquia.fabiopmazzini
9.5
out of 10.
2024-03-09T15:39:51-0300

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