Shadow of the Ninja – Reborn é um dos jogos que se inspiraram nos sucessos de Ninja Gaiden e Strider para ganhar popularidade entre os jogos de plataforma de ação dos anos 90. O título hack and slash foi originalmente publicado pela Natsume, estúdio japonês conhecido por sua participação em inúmeras franquias da indústria.
Nos últimos anos, o fator nostalgia tem sido forte, e muitos jogos clássicos estão recebendo remasters e remakes para que a nova geração possa conhecê-los. Além disso, empresas especializam-se em criar edições de colecionador com cartuchos, action figures, livros de arte e outros detalhes. Isso desperta a curiosidade de jogadores que não tiveram a oportunidade de experimentar os títulos no passado.
Em 29 de agosto de 2024, chegou a vez de Shadow of the Ninja – Reborn, agora com gráficos aprimorados para PS5, PS4, Nintendo Switch, Xbox e Steam. Nessa nova versão, seguimos a aventura dos heróis Hayate e Kaede, armados com suas katanas. No passado, os gráficos pixelados eram compensados pela trilha sonora criativa, originalmente composta por Iku Mizutani e Kouichi Yamanishi, ambos com contribuições significativas na indústria dos jogos.
O cenário de 2029, um futuro distópico, nos apresenta várias anomalias: animais mutantes, inteligência artificial com autonomia, androides e mechas. Nos anos 80 e 90, imaginava-se que o século XXI traria avanços tecnológicos enormes. Apesar de uma evolução real, ainda estamos longe das possibilidades oferecidas pelo jogo.
Ao contrário de outros jogos do gênero da época, o título se destaca pela dificuldade. O jogador precisa ter precisão no tempo de ataque e esquivar-se dos inimigos. Podemos escolher entre os personagens Hayate e Kaede, cada um com habilidades únicas. Os itens coletados nas fases expandem as opções de ataque e recuperação de vida, num estilo similar ao da franquia Contra.
Jogabilidade e controle
Mesmo com um ritmo acelerado, é fundamental não se precipitar, já que a escassez de vida exige cuidado. Porém, os controles geram uma frustração. Há um leve atraso nas ações, e como não é possível cancelar os movimentos, se houver um contra-ataque, o jogador é atingido. Isso causa frustração inicial até entender como funciona a jogabilidade. Tive também alguns problemas ao escalar, algo que parecia mais relacionado ao design dos controles do jogo.
Quanto ao remake, o novo visual é um ponto positivo. Ele traz nostalgia e ação que remetem aos títulos de plataforma da época. Isso agrada tanto os veteranos quanto os novos jogadores que estão conhecendo o título pela primeira vez.
A jogabilidade em si é divertida. Podemos correr, pular, escalar paredes e, claro, usar a famosa katana. Sem ela, os personagens não seriam os mesmos, pois é crucial para enfrentar os inimigos. Além disso, o jogo inclui o uso de shurikens, naginatas, tessens, kunais, kusarigamas e outras armas.
Os chefões são outro ponto de destaque. Cada um tem seu estilo próprio, sem parecer uma repetição, e é necessário estudar seus padrões de ataque. No entanto, eles não são tão desafiadores em um nível de dificuldade elevado. Para jogadores que não memorizam facilmente os ataques, pode haver dificuldades em enfrentá-los.
A imersão criada pelo jogo é nostálgica, retornando aos tempos áureos dos jogos de plataforma 2D. Embora esse tempo nunca retorne, a preservação de jogos clássicos que ajudaram a moldar a indústria é vital.
O jogo oferece de 1h a 1h30 de jogatina, mas esse tempo pode dobrar conforme o jogador perde vidas. Vale a pena jogar com os dois personagens, Hayate e Kaede, pois ambos oferecem experiências diferentes. Também há a opção de jogar em modo cooperativo, seja no Remote Play Together (Steam) ou utilizando dois controles no PC, ou consoles. Isso torna o jogo mais dinâmico e aumenta a dificuldade, proporcionando uma experiência mais intensa. O modo Time Attack adiciona ainda mais emoção, desafiando os jogadores a completarem as fases no menor tempo possível. Fãs de speedrun podem aproveitar para bater recordes, e veteranos podem se arriscar no modo Hard.
Gamerdito (Veredito) Shadow of the Ninja – Reborn
A Natsume acertou ao relançar este clássico para que a nova geração possa conhecer um pouco mais desta saga. A parceria com a Tengo Project, responsável pelos ports, também foi um sucesso. Apesar da ausência de legendas em português do Brasil, os jogadores não terão dificuldades, pois o jogo segue o padrão arcade da época, com poucos diálogos. A combinação de adrenalina, desafios e o toque oriental proporciona uma experiência perfeita para os fãs de jogos de plataforma.
Se você busca um título retrô que traga a essência dos jogos clássicos, Shadow of the Ninja – Reborn é uma excelente escolha. Para os interessados no desenvolvimento do jogo, há um vídeo no YouTube onde os criadores contam um pouco mais sobre a criação desta versão.
Enfim, dou uma nota de 8,5/10. Se você estava em dúvida sobre jogar ou não, a resposta é sim! Aproveite cada momento e reviva uma era dos games que jamais retornará. Esse jogo pode ser encontrado nas plataformas de PC, Xbox Series S|X, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PS5.
Finalize essa review com uma gameplay casual exibindo alguns momentos para um entendimento ampliado desse jogo.
Agradecemos à Inin Games pela chave do jogo, permitindo-nos realizar esta análise de Shadow of the Ninja – Reborn no PC Windows via plataforma Steam. Esta review tem como objetivo ajudar nossos leitores a decidirem se vale ou não a pena jogar.