Horizon Chase 2, desenvolvido pela Aquiris e publicado pela Epic Games, inspira-se nos conhecidos jogos arcades de corrida, resgatando a era de ouro da jogabilidade imersiva e repleta de velocidade, proporcionando uma experiência otimizada com fortes influências dos anos 90 em um mundo totalmente em 3D. Essa análise ela é inteiramente desenvolvida em minha perspectiva via console de Playstation 5. Ao explorar novos horizontes, o título oferece a sensação perfeita de velocidade e diversão?
Quando Horizon Chase Turbo surgiu, a primeira imagem que me veio à mente foi a do jogo Outrun, com elementos também de Top Racer (Top Gear) e relacionado ao jogo que guardo com carinho até hoje em meu backup, o Lotus Turbo, até então um clássico rodando através do DOS. Acompanho a evolução dos jogos através de gerações, e quando vejo novas adaptações que reverenciam o passado, trazendo assim uma nova geração para o mundo conhecido apenas por jogadores “experientes”, busco transitar novamente por esse universo e compartilhar minhas impressões sobre o novo título.
Ainda falando do primeiro jogo da série, eles trouxeram diversos conteúdos adicionais. E, claro, como comentamos, por ser um título desenvolvido por brasileiros, os gaúchos da Aquiris Game Studio lembraram do nosso maior piloto de todos os tempos. O tricampeão mundial de Fórmula 1 e recordista de vitórias no Grande Prêmio de Monte Carlo, no circuito de Mônaco, com seis vitórias, recebeu um DLC denominado ‘Senna Forever‘, permitindo que os fãs vivam uma nostalgia. Tive o privilégio de escrever uma análise e adicionar todo o meu conhecimento e conhecer mais das histórias contadas sobre o vibrante e predestinado Ayrton Senna da Silva.
Comentar sobre Senna sempre foi algo fantástico que ainda me emociona. Mesmo criança na época de seu falecimento, nos sábados e domingos, eu parava tudo só para assistir às corridas, na época narradas por Galvão Bueno na Rede Globo de Televisão. Se desejarem ler essa análise da review de Horizon Chase Turbo: Senna Forever, fiquem à vontade para conferir neste outro artigo.
Começando nosso ronco dos motores em Horizon Chase 2
Horizon Chase 2 ostenta uma simplicidade clássica em estilo retrô, repleta de cores e um potencial saudosista que conduz a melhorias significativas nesta nova versão. Entre os modos disponíveis, nos desafiamos em provas cada vez mais ousadas, sempre adotando uma mecânica intuitiva de movimentação dos veículos, o que torna a evolução da jogabilidade extremamente fácil, destacando a diversão e afastando compreensões mais complexas, como nos simuladores de corrida tradicionais.
No cerne de toda a essência de Horizon Chase 2 encontra-se o modo Volta ao Mundo, imerso em cenários de regiões mundialmente conhecidas, sendo apenas um dos modos que certamente garantem boas horas de diversão, equiparando-se ao modo campanha do jogo. Complete seus desafios, fique entre os primeiros e avance, em uma experiência puramente arcade. Não espere por histórias ou personagens; apenas pegue um carro bacana e percorra as pistas ao redor do mundo.
O modo Playground aposta nas corridas online e desafios sazonais, cujas atividades mensais mudam periodicamente, trazendo novas recompensas e desafios no processo. As tarefas propostas incluem desde terminar a corrida em primeiro lugar até o uso de uma quantidade específica de nitros por partida e evitar colisões, entre outros objetivos.
Finalizando, o modo Torneios proporciona competição em quatro pistas consecutivas, com o piloto e seu melhor resultado conquistando o famoso troféu dourado do jogo. Esses três modos agrupados têm o objetivo de expandir o universo de Horizon Chase 2. Além das atividades na pista, a garagem é um local essencial para apreciação dos veículos e para o uso de créditos em novas customizações. Entre as opções disponíveis estão pinturas, carrocerias e rodas.
Desafiando a modernidade
A interface do usuário é intuitiva e simplificada em informações, sendo funcional na apresentação dos modos e textos explicativos e orientadores sobre o que esperar em um mapa e seus requisitos. Os mundos são separados por subcategorias entre regiões, desbloqueáveis conforme o progresso. Essa abordagem é uma excelente forma de apresentar lugares famosos e a cultura de cada região, e suas características visuais adotadas na própria interface já ressaltam o excelente apreço pelos detalhes por parte da equipe criativa.
A IA, um dos pontos focais em um jogo de corrida, oferece uma experiência satisfatória, imprimindo competitividade entre ultrapassagens em alta velocidade. Ela é justa, embora não cause o impacto de desafio esperado por jogadores mais hardcore. O título foca no desafio de pistas mais complexas para entregar a dificuldade esperada, necessitando de um conhecimento e controle intuitivos que progressivamente exigem mais domínio do controle e suas nuances durante as curvas. Cometer erros leva a perdas de tempo e ultrapassagens, não sendo a melhor escolha. Enquanto os veículos são limitados, devem ser conduzidos com dedicação e atenção, obtendo melhorias posteriormente.
Unindo-se ao quesito performance, a atualização dos veículos mescla atividades estéticas e de desempenho, realizadas através da moeda do jogo, oferecendo opções como cores, aros e carrocerias. No que diz respeito ao desempenho, quanto maior o seu vínculo com o veículo, maiores são as opções de melhoria, abrangendo desde velocidade máxima até aceleração, controle e nitro. Os pontos de melhoria incluem categorias como suspensão, filtro de ar e carga de nitro, disponíveis para carros como Cruiser-R, Sentinel, Bumbá, Next, entre outros.
Nesse quesito, Horizon Chase 2 deixa transparecer falhas pontuais, como certos ajustes relacionados às pistas e atividades que devemos enfrentar pelo caminho, como mudanças ambientais e de terrenos, focando apenas em atividades de desempenho direcionadas à IA e às chances de ultrapassagem nos diversos cenários propostos. Isso limita a gama de possibilidades que o jogo poderia implementar, restringindo um nível de personalização tática superior, mesmo com a progressão em níveis sendo bem implementada e funcional em relação ao desempenho. Os estilos de corrida e seus desafios também apostam na simplicidade entre dois estilos existentes: corrida contra oponentes e a famosa corrida contra o tempo. As atividades contra o tempo garantem apenas itens estéticos, algo questionável.
As corridas são sempre rápidas, algumas até curtas demais, mas são compensadas por suas curvas e oportunidades de ultrapassagem peculiares, ou pelo caos quando a IA decide demonstrar seu potencial agressivo. O uso do nitro é excelente em retas, sendo um recurso típico que torna a estratégia final mais agressiva, permitindo superar os oponentes nos últimos minutos.
Outro ponto interessante em termos de acessibilidade é a ausência da necessidade de coleta de combustível, presente no jogo anterior. Não é mais necessário percorrer as pistas coletando combustível para manter o medidor ativo, o que diminuía durante nosso percurso. Os movimentos também passaram por modificações, com o estilo de condução e a sensação de velocidade ainda melhores.
Gráficos aprimorados
Visualmente, percebe-se uma evolução em relação ao seu antecessor, com gráficos mais otimizados e cores mais vibrantes, além de detalhes mais definidos nos cenários e nos carros. Percorrer cenários como as cidades do Brasil, com destaque para São Paulo, ou simplesmente pilotar pelo Japão e suas cores em neon, torna-se ainda mais emocionante quando elementos visuais como chuva e névoa atuam em conjunto.
Apesar de amar os famosos títulos em pixel art, confesso que também admiro jogos que adotam a técnica de desenvolvimento com o estilo Low-Poly e sua simplicidade poligonal em 3D, que resulta em cores e peculiaridades distintas.
A direção de arte apresenta com primor suas paletas de cores, que mudam conforme as situações típicas vivenciadas no mundo real, seja um crepúsculo ou a noite em seu auge. Os efeitos em tela são belamente otimizados através de sombras e luzes, agregando profundidade visual à experiência.
Trilha sonora e e mixagem de som
A trilha sonora contém músicas elaboradas por Barry Leitch, famoso por Top Gear, e sua atuação garante uma experiência familiar, sustentada sempre por inovações e novidades que garantem a imersão, adicionando uma atmosfera rítmica evolutiva entre os ritmos. Essa fusão entre visuais e sons agrada em cheio e preenche os sentidos. Uma boa trilha, quando bem executada, é um indicador sonoro de sensações para o público, seja destacando o senso de urgência, a adrenalina ou até mesmo a pausa necessária para escolhas estratégicas. Recentemente Leitch participou do Podcast Paralello, contando seu envolvimento com Top Racer e a indústria dos games.
Gamerdito (Veredito)
Horizon Chase 2 otimiza o que já é conhecido, transmitindo a verdadeira sensação que um arcade deve fornecer. Apesar de focar em um público-alvo distinto, encoraja os jogadores a se arriscarem nas pistas, o que resulta em um conteúdo desafiador e recompensador, apesar do modo campanha ser curto. Sua longevidade acaba sendo pautada em seu modo online, mantendo o interesse por um período estendido.
Sua trilha sonora merece sua atenção, os visuais e ambientações são familiares, e aquela velha sensação que uma simples ultrapassagem em um percurso difícil pode proporcionar ressalta o piloto competitivo que existe em você. Horizon Chase 2 é genuinamente gratificante, divertido e cheio de vida, indicador clássico de viagem no tempo emocionais e novas experiências.
Finalizo minha análise desta review de Horizon Chase 2 com uma NOTA – 9/10.
Atualmente o título está disponível nas plataformas de iOS, Mac, PC, Playstation 4, Playstation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.
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Agradecemos à Epic Games e Aquiris pela liberação da chave do jogo, nos proporcionando a oportunidade de realizar uma análise de Horizon Chase 2 na versão de Playstation 5 via plataforma PlayStation Store. Com lançamento oficial em 30 de maio de 2024.
A análise apresentada é completamente independente e não recebeu qualquer tipo de patrocínio ou influência externa. As opiniões expressas aqui são isentas de vínculos ou interesses relacionados.
Repare que esta análise foi baseada no console PlayStation 5 e em outros similares da nona geração de consoles. Caso o título receba uma remasterização ou um remake daqui a alguns anos, essa review pode não representar essas futuras atualizações, servindo apenas como um meio de comparação entre a versão clássica e a atual.
