Análise do jogo CYGNI: All Guns Blazing (Review)

Uma nova opção nostálgica para os fãs de jogos de navinha

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Análise do jogo CYGNI: All Guns Blazing traz uma imersão para fãs de jogos shoot ‘em up de nave e ficção científica. Publicado pela Konami e desenvolvido pelo estúdio KeelWorks, o jogo adiciona uma dose de nostalgia, remetendo a títulos como Ikaruga e Striker Gunner S.T.G (SNES), além de outros do gênero com um nível desafiador.

Como mencionado, o jogo é desafiador, e perder algumas vidas e ter que recomeçar será comum. CYGNI possui um pano de fundo com tons quase noir, enquanto o poder bélico dos projéteis é hipercolorido. Essa combinação pode confundir os jogadores e dificultar manobras evasivas. A interface, com legendas em português do Brasil, facilita a navegação.

Embora os diálogos sejam menos importantes quando a ação é frenética nos céus, mencionei “campo de batalha” porque, além de nossas investidas de contra-ataque, nossos companheiros da força-tarefa de proteção do planeta combatem por terra. Podemos observar essas ações, mesmo que não interfiram diretamente em nossos avanços. É interessante notar a preocupação em passar a mensagem de que não somos um exército de uma só pessoa.

A introdução segue o padrão: devemos salvar o mundo de uma invasão alienígena e preservar o que resta da humanidade. A jornada da personagem e sua nave mítica tem como objetivo proteger o planeta. Interessante notar que alguns subchefes possuem um toque de cientologia, com esferas que remetem a algo obscuro e místico.

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Mesmo os desenvolvedores tenham aplicado algumas novas mecânicas na jogabilidade, ainda percebemos o toque clássico que marcou o gênero por décadas. Durante os combates, além de adquirir melhorias deixadas pelos inimigos derrotados, os disparos auxiliares são um ponto alto, especialmente quando há chuvas de projéteis contra nossa nave. Para desviar de todos os ataques, é necessário ter certa destreza, especialmente no modo difícil. A dificuldade elevada é para poucos, e, sinceramente, você retornará muitas vezes ao início se não se adaptar.

À medida que avançamos, conhecemos mais da trama narrada pela personagem, piloto do caça que combate todas as ameaças.

Alerta de Vertigem

Cenários como sobrevoar sob as águas podem causar vertigem em alguns jogadores, devido à velocidade que nos é proporcionada, para passar a sensação de um voo sobre as águas. A sensação nauseante pode ser eminente para aqueles que possuem sensibilidade, mas nada que comprometa a imersão nos desafios de salvar a humanidade. O jogo é viciante e a quantidade de inimigos na tela é surpreendente. É tão veloz, que até minha captura de tela ficaram comprometidas como a imagem mostra a seguir.

A trilha sonora é suave e não faz tanta diferença, mas é melhor apreciada isoladamente. Com a velocidade das ações, ficamos mais presos às cenas do que à imersão da música. Contudo, a intenção e as notas musicais intensas em cada momento de combate ficam claras, acompanhando a ideia da situação.

Melhorias na Nave

Os disparos auxiliares são interessantes e bem implementados, com os desenvolvedores aproveitando todos os botões disponíveis, seja no PlayStation, Xbox ou PC. Isso nos dá a impressão de que todos os controles estão ali para serem usados. É possível controlar os disparos na diagonal e até mesmo direcionar ataques aos inimigos em terra. Essas possibilidades ajudam a nossa nave a combater inimigos que vêm de todos os lados. Conforme avançamos, recebemos pontos para desbloqueios de melhorias na nave, mas é evidente que cada melhoria traz inimigos mais fortificados.

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Os estágios não são repetitivos, e em cada novo nível são adicionados novos inimigos. O cenário de fundo é magnífico, com naves-mães colossais ao longe, algumas caídas, mostrando que há um verdadeiro duelo de sobrevivência naquele mundo, seja em terra, mar ou ar. Os desenvolvedores merecem elogios por demonstrar essa rica dinâmica em detalhes, agradando os admiradores de “shmup”. Ao jogar, percebemos que as naves chefes ou subchefes possuem vida própria, com uma mistura orgânica e sintética, aumentando a sensação de transcendência. Isso reforça a impressão de uma introdução à cientologia, onde somos, na verdade, imortais.

É irônico, mas a sensação é semelhante ao efeito observado no filme Oblivion (2013), estrelado por Tom Cruise e Morgan Freeman.

O Desafio e a Imersão

O jogo está à altura dos outros do gênero e não decepciona. Talvez, se o estilo gráfico fosse mais intenso, a profundidade da experiência seria maior. A jornada do herói se desenrola dia após dia, com novos elementos adicionados na tela. Isso pode ser bom ou ruim para jogadores mais exigentes, mas os desenvolvedores conseguiram adicionar uma camada de desafio que faz você querer terminar todos os estágios.

Uma sacada interessante foi a introdução do modo cooperativo, permitindo que você e um amigo joguem juntos. No PC, é possível utilizar o Remote Play Together para jogar remotamente ou adicionar um segundo controle ou teclado para jogar localmente, o mesmo valendo para PS5 e Xbox Series. Essa funcionalidade traz de volta a sensação dos anos 90, com uma adição futurista à jogabilidade.

Gamerdito (Veredito) análise do jogo CYGNI: All Guns Blazing

CYGNI: All Guns Blazing é um jogo vibrante, trazendo uma sensação nostálgica com gráficos aprimorados para a nova geração de consoles. Pode causar desconforto em jogadores mais sensíveis devido à velocidade em alguns estágios, mas isso não compromete a imersão. Os chefes foram bem trabalhados, com um design 3D que difere da nave que controlamos, limitada ao movimento horizontal e vertical. Só faltou dizer “B+A” para os fãs da época dos códigos secretos da Konami.

Se você é fã de jogos de nave ou “navinha”, como muitos falavam nos anos de ouro desse gênero, posso afirmar que vale a pena jogar cada momento. Pela minha experiência pessoal, presenciei essa jornada. O final do jogo deixa a sensação de que ainda há muito a ser feito contra os inimigos, mas com força de vontade e determinação, nada é impossível.

Quanto às vendas do jogo, é impossível prever. Contudo, considerando que a Epic Games Store ofereceu o jogo gratuitamente por uma semana, entre 8 e 15 de agosto de 2024, como parte de um acordo com a Konami e a KeelWorks, talvez seja uma estratégia para estimular uma continuação ou recuperar o investimento. De qualquer forma, jogar CYGNI com a mente aberta é o ideal para explorar essa nova franquia de shoot ‘em up.

CYGNI: All Guns Blazing
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Dependendo de como progredir, você terá um pouco mais de uma hora e meia de gameplay. Evidentemente, se ir perdendo, esse número aumentará consideravelmente, trazendo uma jogatina profunda. Salve no planeta Cygni para manter seus companheiros e toda uma nação viva!

Por fim, o título foi lançado oficialmente em 6 de agosto de 2024, para Playstation 5, Xbox Series X|S, além de PC Windows através do Steam e Epic Games Pass.

Nota final: 7,5/10.

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Agradecemos à KeelWorks pela liberação da chave do jogo, proporcionando-nos a oportunidade de realizar uma análise de CYGNI: All Guns Blazing no PC Windows. Esta review tem como objetivo orientar nossos leitores sobre se vale a pena ou não jogar.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Entusiasta dos games, filmes de sci-fi, e nas horas vagas sonha em ser astrônomo amador. Acredito que todos possam ter suas opiniões onde devemos respeitá-las. Uma das minhas paixões é o maior Clube Brasileiro, o Flamengo! Vamos gamernéfilos que todos os dias há novidades =).

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