Análise de SCHiM uma homenagem ao clássico “Frogger”

Schim é um jogo inspirado no mítico “Frogger”. Lembra daquele jogo do sapo em que você tinha que atravessar ruas sem ser atropelado? O título tem essa dinâmica incrível, mas com uma abordagem totalmente diferente. Em vez de controlar um sapo normal, você controla uma criatura similar com um anfíbio que deve se mover pelas sombras de objetos, como bancos, carros e caminhões. Essa mecânica inovadora e criativa traz uma nova vida a um conceito clássico, transformando a experiência de jogo em algo verdadeiramente único.

Essa análise de SCHiM oferece uma perspectiva única sobre a sensação de jogar um jogo em que o objetivo é observar o cotidiano das pessoas sem que elas percebam nossa presença. Isso nos lembra que o mundo é muito mais do que apenas pensar em nós mesmos!

No jogo, você não é atropelado, mas precisa sempre se manter nas sombras. Se você sair das sombras, tecnicamente perde e precisa recomeçar. Embora o jogo não seja tão difícil, ele é extremamente divertido. A mecânica de saltar entre as sombras requer um timing preciso para não perder. Você pode usar a sombra de diversos objetos, como tratores, empilhadeiras, ônibus e até pessoas. Esse conceito de mover-se adiciona uma camada de estratégia ao jogo, exigindo que o jogador pense rápido e planeje seus movimentos com cuidado.

Ambientação e Design

O design do jogo é um dos seus pontos fortes. Trazendo uma estética minimalista, com um toque quase noir que cria uma atmosfera diferenciada. O cenário é detalhado, com cada nível apresentando novos desafios e ambientes. A cada etapa, uma mensagem é transmitida, contando uma história ao longo da jornada mesmo sem diálogos. Isso cria uma conexão emocional com o jogador, tornando a experiência ainda mais envolvente. O estilo artístico do jogo, com seu uso cuidadoso de sombras e luzes, contribui para a imersão, fazendo com que cada movimento pareça instigante.

Os desenvolvedores claramente investiram tempo na criação de um mundo visualmente atraente e coeso. As cores são usadas de maneira eficaz para destacar elementos importantes e guiar o jogador através dos níveis. Apesar de sua simplicidade, o jogo consegue transmitir uma sensação de profundidade e complexidade, o que é um testemunho do talento artístico da equipe de desenvolvimento. A respeito dos desenvolvedores, os holandeses Ewoud van der Werf e Nils Slijkerman são os responsáveis pela idealização do projeto com publicação da Extra Nice, PLAYISM.

Jogabilidade e Mecânicas

A jogabilidade de Schim é ao mesmo tempo simples e intensa. Movimentar-se pelas sombras pode parecer fácil à primeira vista, mas o jogo rapidamente introduz novos elementos que aumentam a dificuldade. Por exemplo, você pode precisar usar a sombra de um trator em movimento ou de uma empilhadeira que está constantemente mudando de posição. Isso requer que o jogador tenha um bom senso de timing e reflexos rápidos.

Além disso, a interação com as sombras das pessoas adiciona outra camada de complexidade. Você pode se mover com as sombras das pessoas enquanto elas andam, o que pode ser útil para atravessar áreas perigosas. No entanto, isso também significa que você precisa prestar atenção aos movimentos dos NPCs (personagens não jogáveis) e planejar seus movimentos de acordo.

História e Narrativa

Uma das características mais cativantes de Schim é a sua narrativa silenciosa. A história é contada de maneira sutil através do ambiente e das interações do jogador com o cotidiano. A cada nível, percebemos histórias que estamos vivendo indiretamente. É como se o sapo oculto tivesse influência na vida de algumas pessoas.

Em vez de interromper a ação com longas cenas de corte ou diálogos, a história é apresentada de forma orgânica, permitindo que o jogador descubra os detalhes à medida que explora o mundo.

O jogo é o suficiente para manter os jogadores experientes engajados, mas não é tão difícil a ponto de afastar novos jogadores. A curva de aprendizado é bem calibrada, com os primeiros níveis servindo como um tutorial que introduz gradualmente as mecânicas do jogo.

Os puzzles (quebra-cabeças) e desafios são variados e criativos. Alguns níveis exigem que você sincronize seus movimentos com precisão, enquanto outros testam sua habilidade de resolver problemas rapidamente. Contudo, eles podem parecer repetitivos, com perspectivas diferentes.

Alguns contras

A câmera do jogo pode não ajudar. Em alguns momentos, pode ser difícil ajustar a perspectiva. Há momentos em que você precisa apertar o botão RT para saber para onde ir, mas isso nem sempre funciona perfeitamente, causando frustração. Também, em algumas áreas, a mecânica de pular pode ser confusa, levando a perdas desnecessárias. Esses problemas são pequenos, mas podem afetar a experiência geral de jogo.

Ademais, encontrei alguns bugs durante a jogatina. Por exemplo, houve momentos em que o jogo travou e precisei reiniciar a partida. Embora esses problemas não sejam frequentes, eles podem ser irritantes quando ocorrem. Espero que os desenvolvedores lancem atualizações para corrigir esses problemas técnicos.

Gamerdito (Veredito) SCHiM

Apesar de alguns problemas técnicos, Schim oferece uma experiência de jogo agradável. Se você busca algo diferente, sem uma dificuldade excessiva, mas com puzzles interessantes e uma estética caprichada, vale a pena jogar Schim. É uma homenagem ao clássico “Frogger” e está disponível para Linux, Mac, Nintendo Switch, PC (via Steam), Playstation 4, Playstation 5, Xbox One e Xbox Series X|S. Com gráficos bonitos e uma estética minimalista, é um jogo que certamente merece ser jogado.

O design artístico impressionante faz de Schim um título para qualquer fã de jogos indie e fortalecendo o cenário incentivando os desenvolvedores. Recomendo que você dê uma chance a este jogo e descubra por si mesmo o quão especial ele é.

Finalizo minha análise da review de SCHiM com uma nota 7,5/10.

Agradecemos à Extra Nice e a PLAYISM pela liberação da chave do jogo, proporcionando-nos a oportunidade de realizar uma análise desse título.

Repare que esta análise foi baseada na versão de PC. Caso o título receba uma remasterização ou um remake daqui a alguns anos, esta review pode não representar essas futuras atualizações, servindo apenas como um meio de comparação entre a versão clássica e a atual.