Análise de Concord: Autêntico ou Genérico em um Gênero Saturado?

Um desafio para os Freegunnes contra outros títulos já existentes no mercado

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O jogo Concord se apresenta como uma nova aposta no gênero de Hero Shooter, um território já bastante explorado e saturado. Nesta análise detalhada, estarei explorando se o título realmente traz algo novo e relevante para o mercado ou se se perde no meio de tantas outras opções similares. Esse título foi lançado oficialmente em 23 de agosto de 2024 na versão de PC Windows via Steam e PS5. É no console de Playstation 5, que nos baseamos essa análise para chegar na melhor conclusão para esta crítica do jogo. A desenvolvedora responsável pela criação do jogo é Firewalk Studios, subsidiária da Playstation Studios.

Resumo da Review de Concord

Concord é um Hero Shooter que tenta trazer uma nova narrativa e algumas mecânicas diferenciadas, mas sofre por sua falta de inovação em um gênero saturado. Com uma história reminiscentes de “Guardiões da Galáxia” e mecânicas que ecoam jogos como Overwatch, ele luta para se destacar. O modelo de negócios e o timing de lançamento também jogam contra o jogo, tornando difícil justificar seu sucesso a longo prazo.

O enredo de Concord gira em torno dos “FreeGunners”, uma equipe de mercenários de elite que se assemelha bastante aos Guardiões da Galáxia. Eles exploram uma galáxia devastada após uma grande tempestade espacial, que dá nome ao jogo. A narrativa é liberada semanalmente através de CGI, o que obriga os jogadores a retornarem constantemente para acompanhar a evolução da história. Essa abordagem episódica poderia funcionar melhor se a história oferecesse algo realmente cativante, mas ela se mostra superficial e sem profundidade, falhando em engajar o jogador de forma significativa.

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Modos de Jogo

Concord oferece os modos de jogo típicos de um Hero Shooter, como multiplayer, treinamento e um modo solo. O jogador pode escolher entre três modos principais: pancadaria (um deathmatch direto e um modo de morte confirmada), superação (domínio de áreas e proteção de um objetivo móvel), rivalidade (plantar a bomba e um captura/TDM sem ressurgimento), além de um modo solo que envolve desviar de lasers e destruir alvos em busca de pontuações mais altas. Contudo, a experiência não é muito diferente de outros jogos do gênero, como Overwatch e Paladins. A lentidão no matchmaking, que em média leva cerca de um minuto para encontrar uma partida, e a falta de originalidade nas modalidades oferecidas deixam a desejar.

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Mecânicas e Progressão

As mecânicas de jogo em Concord seguem a fórmula conhecida do gênero, com personagens divididos em classes de ofensivo, defesa, tanque e suporte. Cada personagem possui habilidades únicas, mas muitas delas são claramente inspiradas em outros jogos, especialmente Overwatch. Por exemplo, há uma personagem que lembra muito a Zarya, com seu escudo protetor, e um soldado com habilidades similares ao Soldado 76.

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Além das habilidades fixas, o jogo introduz uma mecânica de personalização onde o jogador pode montar uma tripulação personalizada com até três variantes do mesmo personagem, mas com classes e habilidades diferentes que podem ter efeito durante toda a partida em que aquele personagem foi selecionado ao menos uma vez ou ativar certos buffs ao atender certos requisitos para a formação dessa equipe, permitindo uma leve customização dos personagens conforme eles evoluem.

No entanto, essa adição não é suficiente para fazer o jogo se destacar. A progressão se dá através do desbloqueio de cosméticos e habilidades, seguindo o modelo de objetivos diários, semanais e sazonais, além de progressos por personagens, suas variações e o próprio nível do jogador. Não há lootboxes, mas sim diversos objetivos separados por tipo, como os descritos acima, que acumulam XP de forma independente. Ao menos, durante o período que antecede o lançamento oficial do título.

Design e Gráficos

O design dos mapas e os gráficos de Concord são competentes, mas não trazem nada inovador. Os mapas são pequenos e seguem a estrutura padrão de FPS, com várias paredes e caminhos paralelos que tentam evitar que todos os jogadores se encontrem em um único ponto central. Apesar disso, a sensação é de que os mapas não oferecem grandes variações ou desafios. Visualmente, o jogo é bonito e roda fluido, sem opção entre resolução e performance, ao menos no console, mas sem elementos que realmente surpreendam ou inovem dentro do gênero.

Áudio e Trilha Sonora

O áudio em Concord é funcional, mas nada memorável. A trilha sonora segue o padrão de jogos espaciais, com influências que lembram “Guardiões da Galáxia” e “Starfield”, mas não se destaca de forma a enriquecer a experiência de jogo. Falta uma trilha licenciada ou algo realmente marcante que pudesse dar mais personalidade ao jogo.

Gamerdito (Veredito) Concord

Como um jogo de tiro tático, o jogo não consegue se diferenciar o suficiente para ser uma escolha atrativa frente a concorrentes mais estabelecidos. A falta de inovação nas mecânicas, combinada com uma história que não cativa o suficiente, faz com que o jogo pareça mais uma tentativa genérica em um gênero já saturado. Além disso, a decisão de lançar o jogo com preço cheio em um mercado onde opções gratuitas, como Overwatch 2, dominam, pode ser um erro estratégico.

Os jogadores que já têm experiência com jogos como Overwatch, Paladins ou outros do gênero vão se adaptar rapidamente a Concord, mas aqueles que estão entrando no gênero agora podem se sentir frustrados devido à curva de aprendizado e à necessidade de investir tempo para competir em pé de igualdade. O interessante é que o estúdio responsável pelo jogo possui em sua equipe veteranos da indústria dos games, com participações em franquias como Call of Duty.

CONCORD: Gameplay do jogo na versão de PS5 em português brasileiro (PT-BR)

Por fim, a escolha do timing de lançamento, competindo diretamente com títulos maiores e mais esperados, como Black Myth: Wukong, também prejudica as chances de sucesso do jogo. Se Concord tivesse sido lançado mais próximo ao auge de Overwatch, talvez tivesse encontrado um público mais receptivo. Ele não é ruim, apenas é algo que parece que observamos em outras franquias com a mesma temática.

Nota: 6/10.

Agradecemos à Playstation pela liberação da chave do jogo, proporcionando-nos a oportunidade de realizar uma análise de Concord no console de PS5. Esta review tem como objetivo orientar nossos leitores sobre se vale a pena ou não jogar.

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