Análise de Call of Duty: Modern Warfare 3 (2023) – não é o que parece!

O desfecho da trilogia Call of Duty: Modern Warfare é dividido pela nostalgia e aqueles que esperavam algo mais ousado

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“Call of Duty: Modern Warfare” é uma sub-série da franquia Call of Duty que teve seu reboot com o primeiro jogo da trilogia tendo sido lançado em 2019; trazendo uma abordagem mais realista e contemporânea em comparação com os títulos anteriores da franquia. Foi bem recebido pelo público, tanto devido à novidade, como também pela qualidade gráfica, visual e gameplay fluido, trazendo uma nova narrativa à história que já era conhecida pelos fãs, sendo válida para novos jogadores desconhecedores da trilogia anterior.

Lançado em 10 de novembro de 2023, o terceiro game da nova trilogia, “Call of Duty: Modern Warfare III”, não teve, porém, uma boa avaliação, desagradando a muitos. Em comparação com o seu antecessor lançado em 8 de novembro de 2011, que teve 88 pontos no Metacritic, o novo game tem pontuação 50, muito abaixo do esperado. E, em parte, isso se deve à campanha que vem enfraquecendo desde o seu primeiro reboot em 2019.

Abaixo um vídeo da Análise de Call of Duty: Modern Warfare 3

Análise de Call of Duty: Modern Warfare III (2023) em português do brasil

Se prefere leitura, basta continuar lendo nossa versão da review em texto a seguir.

A campanha é mais curta em comparação com outros games do reboot. Embora seja comum que games da franquia possuam campanhas curtas, ainda mais por se tratar de um título de game de tiro em primeira pessoa, poderia ter sido mais extensa, trabalhando mais a trama, e não desperdiçando o fatídico fim de John “Soap” MacTavish numa cinemática curta e sem sentido. Tem missões mais intensas que outras, e o realismo gráfico impressiona. Mas parece que a preocupação era mais encerrar a história logo para focar no multiplayer, que é, de fato, o modo que rende lucro bilionário.

Task Force 141 Call of Duty: Modern Warfare III
Task Force 141 Call of Duty: Modern Warfare III

Personagens sofreram um redesign, tendo sido apresentado um Capitão Price mais jovem, mas não menos experiente. As cinemáticas novamente reforço sua qualidade visual. As boas impressões e surpresa em razão da trama iniciada no primeiro game não se mantiveram ao longo da série.

Se pensarmos que Vladimir Makarov, deveria ser um antagonista e um verdadeiro vilão. Apenas senti esse momento quando ele é resgatado na prisão. Fora isso, parece que sua presença é apenas para entrar nos créditos do jogo. O diferencial na versão clássica, era que os jogadores apaixonados, sentiam-se um ar de revolta e desejo em derrotar este vilão e terrorista. Pois, aquele modo cruel da personagem trazia um sentimento de aniquilar ao invés de querer saber suas motivações.

Em MWIII, essa imersão não existe principalmente nas cenas onde Makarov aparece sendo apenas um canastrão. A Falta de crescimento do personagem, foi para elevar o antagonismo do General Herschel Shepherd — na dublagem de voz original, vivenciado pelo veterano ator Glenn Morshower.

Makaravo Call of Duty: Modern Warfare III
Makaravo Call of Duty: Modern Warfare III

E personagens carismáticos como o SOAP, agora no terceiro game, morrem de forma ridícula, com apenas um tiro, nada dramático, nada significante. Ao que parece, ele é cremado, ou seja, nada de possível retorno de SOAP. A história termina com Price confrontando o General Shepherd na sala do próprio Shepherd. Com um ar de revolta e acerto de contas para passar que nada terminou, mas apenas está começando.

Soap Call of Duty: Modern Warfare III
Soap Call of Duty: Modern Warfare III

Até as cenas controversas foram mais brandas, o que é um forte indício de preocupação com a opinião externa das pessoas. Mesmo que isto desagrade boa parte dos fãs acostumados com cenas fortes e polêmicas.

Avião Call of Duty: Modern Warfare III
Avião Call of Duty: Modern Warfare III

Gráficos e Design Visual:

O jogo recebeu elogios por seus gráficos e design visual desde o primeiro jogo do reboot. Os ambientes são bem detalhados, os efeitos visuais são bastante realistas, com uma apresentação geral de alta qualidade. Interessantemente, os personagens apresentam sinais de envelhecimento, o que trouxe mais imersão por vermos que o tempo também passa para eles, havendo um amadurecimento visual e de características de cada personagem.

A dublagem é muito bem feita, com interpretação dos personagens segundo suas características próprias, com boa interação entre os protagonistas. Mostrando que a Activision soube escolher os atores de vozes também na localização em português do Brasil.

Comparação da narrativa clássica:

A campanha de “Modern Warfare” já era aclamada por sua narrativa intensa, por abordar temas mais sombrios e atuais, explorando situações geopolíticas complexas e as realidades da guerra moderna. Os personagens são bem desenvolvidos, adicionando profundidade à experiência, e temos novamente o General Shepherd como vilão, porém, mais fraco do que o personagem da antiga série. Price é menos intenso.

O jogo equilibra bem momentos de ação frenética com sequências mais táticas. Ainda que tenha campanha para um jogador, o multiplayer é a parte mais significativa do jogo, oferecendo uma variedade de modos e mapas, permitindo o progresso do último passe de batalha do segundo game da série. Ainda assim, sentimos falta de uma imersão como era sua versão mais clássica.

O modo multiplayer foi muito bem recebido desde o primeiro reboot, sempre passando por inovações pela diversidade de opções, personalização, sendo diversas as inovações quando comparadas com antigos títulos da série. A inclusão do modo zombie possibilita que jogadores possam interagir de forma mais positiva, se ajudando na realização de missões, enfrentando hordas de zumbis. O modo de upgrade das armas foi modificado, sendo necessário coletar itens para poder upar as armas e progredir para as regiões mais perigosas e enfrentar inimigos mais fortes.

A trilha sonora e os efeitos sonoros continuam a contribuir para uma boa imersão no game, ajudando a criar uma atmosfera intensa, cinematográfica, fazendo o jogador se sentir dentro do game, de modo a não se sentir apenas uma testemunha dos acontecimentos.

Jogo completo ou apenas DLC?

É onde a crítica é fervorosa, pois muitos argumentam que “Modern Warfare III” é mais DLC do que um game novo, sendo uma DLC cara, uma vez que a versão base no lançamento custava R$ 299,00; enquanto a edição cofre estava ao valor de R$ 419,00.

A Edição Cofre inclui: pacote de Operador Nêmesis; 4 Skins de Operadores: Makarov, Warden, Price e Ghost; 2 Cofres de Armas; BlackCell (1 Temporada) + 30 Pulos de Escalão adicionais; BlackCell inclui: Passe de Batalha, 20 Pulos de Escalão, 1.100 PC e mais; Projeto de Arma Traçante Ceifador de Almas; para uso no Call of Duty: Modern Warfare III, Call of Duty: Modern Warfare II e no Call of Duty: Warzone.

O preço do game, e as críticas podem fazer com que jogadores esperem para comprar o game, aguardando promoções de final de ano, início de ano, datas festivas, para evitar o aborrecimento de pagar muito por pouco. Com a unificação dos títulos você baixa apenas o Call of Duty que terá a opção da liberação da sua versão adquirida para jogar.

Gamerdito (Veredito)

Se o primeiro game do reboot de “Call of Duty: Modern Warfare” recebeu críticas positivas, tanto por fãs, como pelos críticos, agora fãs e críticos são de mesma opinião: o terceiro game pode ser o mais fraco e pior da série, senão da franquia “Call of Duty”. O retorna da série “Modern Warfare” quie teve um início bem-sucedido, apresentando uma abordagem mais moderna e realista, oferecendo uma experiência diversificada de gameplay, tanto solo, quanto multiplayer, teve no terceiro game uma queda de qualidade, fazendo parecer se tratar mais de uma DLC do que um terceiro game.

E isso leva à pergunta: será que veremos um Call Of Duty Modern Warfare IV, trazendo consequências ou uma nova trama? Ao que indica, o diretor narrativo de Call of Duty, Brian Bloom, Modern Warfare III não será o fim do reboot, pois, em uma entrevista ao The Washington Post, ele teria dito que a história da trilogia Modern Warfare original se estenderá afirmando já existirem planos para histórias contadas com os personagens que se tornaram icônicos na série, podendo ser trazidas histórias dos personagens, passado e futuro. E, enquanto a campanha pode decepcionar, temos no multiplayer remakes de todos os 16 mapas de Modern Warfare 2 de 2009, dentre outras novidades além do divertido modo zumbi.

Observação:

Call of Duty, além de contar com os modos de jogo já conhecidos, dado o realismo gráfico e mecânicas realistas, poderia diversificar ainda mais se trouxesse um modo simulador no estilo da franquia ArmA, Ground Branch, Ready or Not. Com isso, aumentaria o seu público de consumo, e poderia explorar todo um nicho que está carente por muitos anos de jogos relevantes e marcantes.

No simulador, poderia ter missões black ops, missões secundárias ligadas à campanha, diversidade de equipamentos com outro modo de upgrade, comunicação por rádio para trazer mais realismo, danos por ferimentos em progressão e, claro, com modo cooperativo e solo, possibilitando cooperação de pelo menos 8 jogadores. Certamente, fãs de jogos de tiro iriam gostar muito e venderia bastante porque seria mais uma alternativa sem esquecer do multiplayer, campanha, se tratando de um novo modo de jogo.

Nota da review 7/10.


Agradecemos a Activision pela liberação da chave do jogo para nossa análise de COD: MW3.

Gamernéfilos, comentem aqui!

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