Primeiramente, o tão aguardado Resident Evil: Village, desenvolvido e distribuído pela Capcom, chega hoje (07 de Maio). O título chega para PC (via Steam), Xbox One, Xbox Series X|S, PlayStation 4 e PlayStation 5. Além disso, nós do MeuGamer estamos muito felizes por ter a oportunidade de trazer para vocês nosso review a respeito. Enfim, espero que gostem.
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As respostas e reviravoltas de Village
Antes de mais nada, o oitavo capítulo da franquia é uma sequência direta de Resident Evil 7; ou seja, recomendo que vocês joguem o título anterior para não ficarem perdidos na história. Em Village temos Ethan Winters como protagonista novamente, bem como a participação de sua esposa Mia Winters. Ambos levam uma vida pacata, porém, quando Chris Redfield (que também retorna) aparece, suas vidas mudam completamente mais uma vez.
Importante: Logo de início o game faz questão de repassar os eventos de RE7. Portanto, quem começar a partir de Village não ficará completamente desamparado em relação à história.
Além disso, a Capcom trouxe todas as respostas que os fãs esperavam. Sim, Resident Evil continua sendo Resident Evil e a ciência ainda é o foco. Em outras palavras, apesar de serem inspiradas em seres do folclore, as criaturas (inimigos) do título são armas biológicas. Existe uma explicação para tudo (e particularmente eu gostei muito).
Por fim, existem muitas reviravoltas no decorrer do game e tanto os fãs mais novos quanto os mais antigos, ficaram surpresos. Melhor dizendo, “cabeças explodirão” (termo que muitos estão utilizando e corretamente).
Safra renovada
De antemão, deixo claro que os aspectos técnicos da gameplay (jogabilidade) me agradaram muito. Além disso, Village conseguiu renovar (bem) a safra se comparado com RE7. Ethan se movimenta muito melhor no oitavo capítulo da série. Conseguimos sentir uma leveza maior, movimentos mais fluídos, bem como uma precisão mais estável ao mirar nos inimigos.
Contudo, essa não é a única novidade, pois, além de uma boa variedade de armas (incluindo explosivos e minas), temos o retorno do comerciante. Duque (o comerciante) é o responsável por ofertar upgrades e itens importantíssimos para os jogadores; bem como também compra itens valiosos que podem ser encontrados no decorrer do game.
Ainda mais, RE8 traz muitas semelhanças e easter eggs de outros games da franquia; desde o inventário em forma de maleta (de RE4) e o sistema de mapa (RE7), até algumas falas de personagens e disposição de itens. A disposição de itens é o fato de eles brilharem, lembra muito o quarto capítulo da série.
Apesar disso, não satisfeita, a dona Capcom ainda trouxe mais novidades como animais e o crafting. Sendo sincero, tudo é muito simples, mas funciona bem! Seja como for, os jogadores encontrarão materiais (fluídos, engrenagens e etc) ao longo da gameplay que servirão para produzir itens importantes (o crafting); desde munição (algumas precisam de receitas que podem ser adquiridas com o Duque) até itens de cura. Já os animais (porcos, cabras, peixes e galinhas) são mais simples ainda, basta encontrá-los e matá-los para obter a carne; uma vez obtida é só levar para a cozinha do Duque e preparar pratos que melhoram Ethan (menos dano, mais vida e etc).
Chefes, inimigos e batalhas insanas
Outro ponto muito bom do game são os inimigos, apesar de não haver uma grande variedade, eles agradam bastante. Além disso, os jogadores ficarão tensos na maior parte do tempo, pois, se compararmos com RE7, eles estão bem mais astutos e em maior quantidade; pelo menos em determinadas partes.
Importante: Os inimigos dropam (soltam) itens valiosos ou Lei (a moeda do game) após sua morte. Os jogadores podem vender e/ou usá-los no Duque. Essa é mais uma característica na qual Village se inspirou em Resident Evil 4.
Todavia, a melhor parte desse quesito fica por conta das batalhas contra chefes. Deixaram simplesmente insano (em um bom sentido). Os desenvolvedores criaram situações diferentes e únicas para cada batalha de chefe. Em outras palavras, nem tudo vai se resolver na bala como nos títulos anteriores da série. Afinal, por os jogadores para raciocinar sempre fez parte desse universo.
The Mercenaries
O modo extra que já esteve presente em títulos passados da franquia e que conquistou muitos fãs está de volta; porém, dessa vez em primeira pessoa.
Ou seja, The Mercenaries segue aquela já famosa premissa de alguns games anteriores da série. Aqui os jogadores precisam correr contra o tempo, existe um cronômetro rolando o tempo todo, para eliminar o maior número de inimigos possível. Ao eliminar inimigos se ganha mais tempo e eliminá-los em sequência (consecutivamente) aumenta esse bônus. Além disso, podemos encontrar extensores de tempo (que garantem mais tempo) ao longo do cenário. Ao final de cada partida o game avalia o desempenho dos jogadores e o converte em Lei (a moeda do game). Nesse sentido, nem preciso dizer que quanto melhor seu desempenho mais leis você irá ganhar.
Importante: Para destravar The Mercenaries os jogadores precisarão completar a campanha principal do game (em qualquer dificuldade); além disso, durante as partidas deste extra existem alguns objetivos. Completá-los ajuda com o desempenho final.
Por fim, outra grande novidade são as habilidades, os desenvolvedores implementarão uma grande variedade delas para ajudar os jogadores. Não irei detalhar essas habilidades, pois, não quero dar spoilers para vocês. Porém, cada uma delas oferece algum tipo de melhoria para facilitar a vida de todo mundo. Encontramos essas habilidades ao longo dos cenários em orbes azuis, assim como os extensores de tempo que estão em orbes amarelos.
O incrível poder da RE Engine
Antes de mais nada, pela primeira vez temos a dublagem em Português (do Brasil) em um game da franquia; e nesse quesito o game é um show à parte. A Capcom escolheu muito bem cada uma das vozes, todas casam perfeitamente. É simplesmente fantástico!
Do mesmo modo, temos os efeitos sonoros que também estão impecáveis. Desde os sons de disparos e interações com objetos, até os sons de inimigos e as cinemáticas do game.
Ainda assim, temos também a questão gráfica. Esse é outro aspecto do título que soma muito ao áudio maravilhoso presente. As texturas que a RE Engine proporciona são incríveis e o nível de detalhes surpreende muito. Claro que nada nunca é perfeito, por exemplo, a vegetação do game deixa um pouco a desejar; mas isso não estraga em nada a experiência.
Contudo, a Capcom transformou a ambientação de Village em algo de outro mundo. O áudio e visual proporciona aos jogadores uma imersão muito boa mesmo. Sentimos o tempo todo, toda a tensão que Ethan sente, em muitos momentos é como se estivéssemos dentro do game. Enfim, é algo surreal!
Pontos fortes e pontos fracos
Sobretudo, Resident Evil: Village assim como qualquer outro game não é perfeito, ao mesmo tempo em que apresenta acertos, também apresenta alguns erros.
Pontos fortes
- História muito boa e cheia de reviravoltas.
- Gameplay fluída.
- Gráficos e texturas incríveis.
- Áudio perfeito.
- Os jogadores ficarão tensos na maior parte do game.
- Bom equilíbrio entre ação e tensão.
- Boa variedade de armas.
- Inimigos astutos.
- Batalhas de chefes incríveis.
- O fator exploração está muito bom.
Pontos fracos
- Sistema de crafting muito simples.
- O gerenciamento de recursos é consideravelmente mais fácil que os anteriores.
- É muito fácil obter muito Lei (a moeda do game) no decorrer da gameplay.
- Puzzles (enigmas) medianos, ou seja, nenhum tão difícil.
- Não é tão aterrorizador como RE7.
Gamerdito (veredito)
Enfim, a Capcom está de parabéns, pois, no geral nos trouxe um game redondinho. Village é um game simplesmente fantástico. Claro que alguns fãs mais fervorosos da franquia não vão gostar de tudo 100%. Além disso, tem o fato de o game ser em primeira pessoa, o que já ocasionou discussões no título anterior (Resident Evil 7). Porém, apesar de respeitar a opinião daqueles que não curtem esse estilo de game, eu amei o oitavo capítulo da série. Se preparem porque cabeças irão explodir!
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