Sabe quando um belo dia você acorda e percebe que está saturado de muitas coisas e quer conhecer novos caminhos? Pois, bem! Foi como estava quando conheci a franquia de Mass Effect, jogo lançado pela Bioware e pouco tempo depois estaria sob o selo da Electronic Arts.
Um jogo que gira em torno do soldado Comandante Shepard e sua missão de salvar a Via Láctea de uma raça de seres conhecida como Reapers e seus colaboradores, era algo extraordinário. Afinal, sempre busquei por um jogo que colocava os jogadores para explorar o céu profundo. Além disso, a mescla entre ação, RPG e exploração deixava o jogo interessante e uma vantagem para agradar inúmeros jogadores.
Antes de mais nada, a remasterização da Bioware na trilogia original é honrosa para que a nova geração de usuários tivesse a oportunidade de conhecer Mass Effect. O melhor é que a desenvolvedora fez várias melhorias nas mecânicas de jogo e correções de bugs crassos. Adendo para o primeiro jogo que teve uma atenção maior em questão da movimentação dos personagens, gráficos e ajuste da mira, e detalhes menores. Como resultado, será uma experiência renovada para os que conhecem o jogo e uma inédita aos marinheiros de primeira viagem.
O início da originalidade do efeito de massa
O primeiro título, é o que mais percebemos suas melhorias gráficas, também pudera! O jogo foi lançado em 2007, com uma tecnologia ainda em transição. Mass Effect: Legendary Edition, representa para ME como um vislumbre aos fãs.
Algumas das modificações apresentadas neste título que ficaram evidentes, foram nos controles das armas, o lado RPG que vigorava ao limitar utilização de certos equipamentos baseado nas classes. Em Mass Effect, houve uma correção, sendo possível usar normalmente, ficando limitada nas habilidades especiais das classes. Continuando nas armas do jogo, um fator determinante e que incomodava os jogadores é de como a mira era apresentada. Muitas dessas armas haviam miras que atrapalhavam e a precisão espalhava quando os disparos eram efetuados. A Bioware adicionou o elemento chamado Aim Down Sights (ADS), ou Mira de Precisão, que nada mais é que a transição entre a mira e o foco. Essas mudanças facilitariam se realmente a transição houvesse ocorrido. Você até sente a melhoria no foco da arma. No ato da ação ainda parece ter a mesma precisão da versão original. Parecendo mais estética do que um efeito facilitador. Outros aspectos menores foram ajustados, que poderiam incomodar jogadores mais exigentes. Como o carregamento de uma sessão dos intermináveis elevadores, ponto de locomoção de um local ao outro na Citadel, diminuíram consideravelmente.
É inevitável não comparar as versões, contudo, bugs que não ocorriam ao menos no original, percebi no remaster. Com o patch day one, muitos deles foram corrigidos. A IA, melhorou em questão dos companheiros de nosso esquadrão, assim como a inteligência dos inimigos que percebemos um ajuste considerável, mas nada de extraordinário. A cobertura de Shepard entre um obstáculo para outro, melhorou, eliminando a dificuldade de mobilidade para avançar pela barricadas. Este pesadelo foi resolvido! O sprint era uma aberração na versão original, impossível de controlar e sutilmente aperfeiçoado — essa era uma grande queixa que tinha no original. Os saves tiveram seus locais encurtados, mesmo parecendo uma distância considerável para autosaves, ao menos não corremos o risco de perder nosso progresso da missão em caso de uma eventualidade desagradável.
Mundos desconhecidos para explorar, embora vazios como uma madrugada sem estrelas de uma cidade luminosa. É esse vazio, que podemos sentir em Mass Effect. Nosso único companheiro é Mako (M35) rover de exploração terrestre capaz de aguentar temperaturas e climas adversos, nas missões de reconhecimento. Não pense ser estranho sua ligação com Mako, nos títulos que o sucedem, sentirá falta da ausência do rover. Afinal, nosso destemido explorador desafiava a física com saltos exagerados e com uma mira ruim; — Aliviado por uma correção mesmo com saltos ainda suspeitos. Como havia mencionado que o visual de ME é o que mais percebemos mudanças, cada planeta explorado tem seu charme pelo visual repaginado.
Tratando-se do original, é o meio mais completo para um novo aventureiro conhecer a franquia. Os veteranos, vão escolher o original, por toda sua magia — Eu recomendaria conhecer os dois títulos, — original e remake para ser elaborado uma comparação autêntica. O clássico é tão icônico que se eu focasse somente no primeiro jogo, seria uma viagem planetária interdimencional com artigo divididos em várias partes. Ademais, o foco é outro e prosseguir para os demais títulos devemos!
O efeito agora é aclamado
Mass Effect 2, possui uma das melhores DLCs lançadas para complementar uma história de jogo. Não é preciosismo, mas na minha opinião ‘Lair of the Shadow Broker’, que foca na nossa querida alienígena Asari, Liara T’soni é um dos arcos sensacionais e importantes para a saga.
Além de nos revelar dados importantes nos códices do jogo sobre os personagens que fazem parte do nosso esquadrão. Também é nesse dlc que podemos observar os reais sentimentos de Liara por Shepard. No segundo título traz uma base mais de shooter do que exploração, os elementos de RPG continuam, com uma ação frenética, a utilização do Mako é menor em relação ao ME1, assim como a coleta de recursos em outros planetas. Limitando-se em grande parte utilizando drones sem a necessidade de desembargar com o Hover. Os gráficos melhorados e a junção de diálogos coesos dos membros da equipe, dão uma liberdade maior ao título. O remake explorou essas melhorias, algumas cenas como a exibição da bunda de Miranda Lawson, personagem que ajuda Shepard ao longo da jornada. Foram modificadas já que havia foco direto em suas partes. Atualmente, poderia ser um ato impróprio para alguns grupos, e normal para outros. Essas modificações nada implicam ou diminui o gosto do segundo jogo ser considerado o melhor da franquia. Sobre a jogabilidade ocorreram um salto brusco comparado ao primeiro jogo, havia citado que o primeiro o sprint era incontrolável. Já em Mass Effect 2, isso é corrigido e a mobilidade permite desviar com mais precisão dos ataques inimigos e buscar coberturas no momento da ação.
É no segundo título que conhecemos outros personagens interessantes tais como: Jack, Samara, Thane Krios. A história de Jack é uma das mais intrigantes e podemos conhecer um pouco mais do seu passado e das frustrações que cercam a personagem. Com as missões de lealdade, ganhamos confiança. Você vai querer todo apoio do seu esquadrão para ser bem-sucedido em uma das missões mais difíceis do jogo.
Ameaças e ultimato para a galáxia
Por último, talvez o mais controverso da franquia Mass Effect 3! É o jogo da franquia de amor e ódio, por tudo que ocorreu ao término do jogo. Muitos ainda sofrem com os acontecimentos, que levaram os desenvolvedores lançarem um dlc modificando seu final. Até ameaça de morte, foram relatadas pelos envolvidos deste título. Foi algo sério e tenebroso com alguns fãs que ultrapassaram a barreira do senso crítico, e levaram para o lado pessoal.
Neste título que encerra o ciclo do soldado Comandante Shepard, querendo mostrar o quanto são verdadeiros desbravadores, a Bioware, recriou o design do jogo, para uma imersão mais ousada da ambientação dos planetas. Na versão remake o jogo que possua uma qualidade gráfica alta, ficou ainda melhor e com locais mais vivos. Nele você consegue utilizar o melhor dos dois primeiros jogos e aprimorando com novas mecânicas do terceiro. É de longe, o melhor no quesito de jogabilidade e inteligência entre aliados e inimigos. Apesar de repetitivo em certas missões que parece mais do mesmo. Para minha infelicidade, o modo multiplayer não é utilizado para ter um final melhor, limitando apenas nas missões de lealdade; — Alguns criticavam o modo da utilização do aplicativo no celular para concluir os objetivos. Se gosta de um multiplayer interessante, terá que jogar a versão clássica.
Seguindo nosso raciocínio
As taxas de gráficos mais altas e com um motor gráfico limitado, fizeram a empresa se desdobrar para trazer algo atual no original, o que permanece no remaster são efeitos esquisitos, mas isso não era exclusivo de ME3, toda franquia sofreu desse mal. A direção de arte na trilogia foi tão bem trabalhada, que os jogadores que amam sci-fi possivelmente não se queixam das limitações do original. O jogador não vai reclamar por uma “bizarrice” que fará desistir do jogo ou um bug “grotesco” impossibilitando avançar, — já ocorreu comigo “haha”; — mas é um caso isolado, possuo centenas de horas jogadas. A intensidade e o patamar entregue com diálogos inteligentes de existencialismo, diversidade, crenças e um conceito moral, sem forçar “clichês”, coloca a saga em uma estante única de linha de raciocínio que parece que todos trabalhavam para uma só causa. Levar um enredo que agradaria não apenas aficionados em histórias de ficção científica espacial, mas também, jogadores de outros gêneros.
As missões, personagens, planetas, luas e toda concepção jamais são esquecidas das mentes de quem consegue adentrar neste universo de Mass Effect. O comandante Shepard, pode aparentar ser mais um personagem dentre o vasto mundo de jogos já lançados. Todavia, as tomadas de decisões e a importância de carregar o rumo da galáxia em suas mãos é uma prova do qual desafiador é seu arco!
Gamerdito (Conclusão)
A saga recebeu uma homenagem que merecia e esquecendo o que foi Mass Effect Andromeda, para aguardar um novo título prometido pela Bioware e Electronic Arts. Não sabemos o rumo que será contado. Porém, Mass Effect Legendary Edition é o aperitivo que faltava para trazer novos jogadores e mostrar o potencial da saga dos desbravadores da galáxia. Com premissas interessantes e uma repaginada em 4K e 120fps nos consoles e com uma superioridade gráfica para o PC. O que está esperando para aproveitar o jogo.
Mass Effect Legendary Edition está disponível para PC (via Steam, Origin), PS5, Xbox Series X|S, PS4, Xbox One.
Nota para Mass Effect Legendary Edition: 9
O gameplay de análise comparando o original x remaster, você pode conferir abaixo:
*Uma cópia foi fornecida ao site pela Electronic Arts, no entanto, não influenciou nossa análise.
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