Dead Space Remake (Eletronic Arts Inc), ganhou nova vida com o anúncio que um remake estava em produção. O jogo, lançado em 2008, conta a saga de um engenheiro chamado Isaac Clarke, que deve enfrentar horrores para sobreviver, lidando com seres alienígenas, cujo vírus transforma humanos em “Necromorfos”. Seu local de exploração e sobrevivência é a nave USG Ishimura.
O jogo inovou ao apresentar um HUD em formato diferente, por uma espécia de projeção holográfica, enquanto informações do personagem e armadura, aparecem, respectivamente, nos mesmos.
Um pouco da história!
Caso não recorde, trarei um pequeno resumo da história do jogo. No século 26, a Terra não possui mais recursos. Devemos sobreviver explorando recursos de novos planetas. Para isso, criou-se a empresa C.E.C, a principal mineradora das colônias ainda existentes na Terra, que possui a igualmente impressionante nave Ishimura. O nome da nave, é uma homenagem ao físico Hideki Ishimura, que criou o Motor de Distorção, permitindo viagens hiper rápidas entre as galáxias.
Durante a exploração do planeta Aegis VII, um artefato estranho surge. Ao tentar transportar o artefato misterioso, descobre-se que a colônia Aegis VII foi massacrada.
Outra nave, chamada USG Kellion, contendo Chen, Johnston ,Isaac Clarke, Kendra Daniels e Zach Hammond recebe um comunicado para investigar o que houve com a nave USG Ishimura, aparentemente, avariada.
Isaac Clarke acaba como voluntário para a missão, pois é especialista em reparos de naves de grande porte. Ao tentar se aproximar na Ishimura, a própria Kellion acaba avariada e tem que efetuar um pouso a força na nave maior… a partir dai…Isaac começa a jornada que mudaria sua vida.
Remakes
Atualmente, a moda são as produções de Remakes. Jogos lançados originalmente anos atrás que ganham ajustes consideráveis relacionados a jogabilidade, gráficos, som, mantendo a “alma” do jogo intocada, porém, modernizada. Muitos questionam tais procedimentos, principalmente pelo “preço” que essas versões chegam no mercado, afinal, trata-se basicamente de um jogo com os mesmos acontecimentos, às vezes ganhando uma cena ou outra a mais.
Porém, muitas dessas versões acabam fazendo sucesso entre o público e sinceramente, confesso que fiquei impressionada com a nova versão de Dead Space, o qual tive a oportunidade de jogar sua trilogia no XBOX 360. Existe um verdadeiro equilíbrio entre o material original com elementos novos que justificam a adição no remake.
Gameplay
Iniciamos nosso caminho através da Ishimura com Isaac Clarke, com Isaac interessado na missão, pois sua namorada está na Ishimura. Ele é um técnico e não um militar de carreira. Usamos ferramentas relacionadas a sua profissão, do tipo elétrico ou lasers que cortam, lutando contra os monstros que estão por toda parte.
Existem vários Necromorfos e cada um tem uma forma distinta de ataque e o gerenciamento de recursos, como em muitos jogos, é essencial, mesmo arriscando combates corpo a corpo, guarde elementos importantes.
Ao explorar o cenário, encontramos munição, alguns itens e até mesmo dinheiro, usados para comprar consumíveis e também conseguimos vender itens para obter mais dinheiro. Economize seu dinheiro para eventuais upgrades, não saia gastando (fica a dica). Outra habilidade bem interessante é a habilidade de cinesia, a qual podemos arremessar objetos contra os monstros economizando munição.
Algo que sempre me fascinou em Dead Space foi como o personagem foi criado, com as indicações em sua armadura e arma. Nessa nova versão, o que era impressionante para a época, tornou-se ainda mais impressionante com o traje com muito mais detalhes. E o mais impressionante ainda: Isaac fala! No original, o silêncio era total.
Para aqueles que sabem os mínimos detalhes do original, onde está cada monstro e cada situação na nave (esqueci a maior parte), o novo jogo entrega um recurso o qual adiciona ainda mais terror e sustos por onde passamos. Seja com um barulho próximo ou um necromorfo pulando em nosso personagem em uma área que achamos tranquila. Assustador!Além da sensação de tensão usando o fone .,que é ainda maior.
Níveis e áreas
Outro elemento impressionante é o design de nível, com cada área ainda permanecendo fiel ao jogo original, mas temos opções. Um exemplo: andamos por uma área onde a porta está trancada, porém, a mesma tem um fio de energia que segue pelo corredor e leva a uma caixa com fusíveis, permitindo o acesso à sala. No entanto, quando mexemos nesse sistema, as luzes se apagam e ficamos no escuro. Existem várias mudanças implementadas como essas, aumentando ainda mais a imersão do game.
Outro desafio são as áreas onde o vácuo é constante, onde podemos passar com Isaac, mas por um tempo limitado, antes do personagem sufocar. Antes a transição eram através de pulos, agora passamos pelo cenário com uma flutuação livre, algo existente no segundo jogo, com pequenos jatos do traje ajudando no processo. Uma vez mais, o foco no som é impressionante nesse momento. Escutamos os suspiros de Isaac ou algumas batidas no metal, mas o silêncio é absurdo e destaca cada pequeno som.
Agora contamos com uma melhoria, principalmente na destruição de corpos dos necromorfos, mostrando detalhes como músculos e ossos. Dependendo do dano que causamos na criatura, obviamente, ela continuará agindo.
No entanto, prepare para um combate mais defensivo, pois Isaac não tem esquiva e precisamos ficar espertos para manter distância dos alvos. O corpo a corpo e o golpe continuam ótimos, porém toda cautela é pouca. Seu irmão, The Callisto Protocol, infelizmente adotou um sistema de esquiva pra lá de duvidoso, afastando diversos jogadores.
A árvore tecnológica também ganhou melhorias, retrabalhadas para que cada nível realmente ofereça a melhoria adequada, com a sensação de progresso mais evidente, sem a preocupação se tal melhoria irá realmente funcionar em um momento complicado do jogo.
Visuais e Som
Tratando de visuais, obviamente, o jogo foi realmente refeito do zero. Contém muito mais detalhes, em tudo que observamos. O destaque fica para a iluminação, que cria uma atmosfera perfeita. Temos sombras projetadas, luzes distorcidas, a forma como a luz é tratada no jogo é um primor.
Dead Space não fornece apenas algo visualmente belo: existem uma narrativa visual em cada elemento que observamos no cenário. Observando atentamente os detalhes, não notei quedas de quadro consideráveis ou quaisquer problemas visuaise travamento. Aparentemente com um excelente desempenho no PC.
Há…o som! sim, esse belíssimo som, tão importantes ao jogos do gênero de horror e suspense. Em Dead Space Remake o som antecipa situações, aumenta o stress e prepara para um ataque. Uma bateria baixa ganha notas frenéticas enquanto nosso coração bate rápido. Simplesmente fantástico, realista e surpreendente.
Gamerdito Dead Space Remake – PC
Não se trata de mais um remake que chega no mercado. É um trabalho espetacular. Não são apenas novas texturas, englobando jogabilidade, iluminação, conteúdo e sistemas, proporcionando uma nova experiência para velhos players como eu. O esforço e a paixão no projeto são observados desde o inicio, em cada passo de Isaac e vale a pena jogar cada minuto do jogo. Diversão, sustos e uma experiência primorosa garantidos.
*** uma key foi fornecida para a análise desse jogo***
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