O dia 27 de janeiro de 2013 foi um dos dias mais tristes da história do Brasil, onde aconteceu o incêndio da Boate Kiss em Santa Maria, Rio Grande do Sul, e acabou matando 242 pessoas e ferindo outras 636.
Antes da estreia da série da Netflix, Todo Dia a Mesma Noite, nessa quarta-feira (25), vamos relembrar esse triste e criminoso fato que mudou para sempre a história de milhares de pessoas.
Antes da tragédia, e a expectativa para um dia normal
Tudo parecia só mais um dia na vida de muita gente. Anteriormente a data, jovens de diferentes idades planejaram uma festa de encerramento para os seus devidos cursos universitários da Universidade de Santa Maria, chamada de ‘Aglomerados’.
É comum entre os concluintes de cursos comemorar, pois são anos de estudos duros e empenhos muitas vezes complicados.
Tudo se encaminhava para ser uma noite inesquecível, da festa para o início da vida adulta para muitos, do profissionalismo, entretanto, assim como quando cai um avião, diversas sucessões de erros e crimes resultaram em um dos momentos mais triste da humanidade, e um dos maiores do Brasil.
Durante a tragédia na Boate Kiss
A festa ‘Aglomerados’ começou por volta das 23h (de Brasília), e até cerca de 2h30 tudo corria bem, com uma banda que já havia concluído o seu show, e a nova, ‘Gurizada Fandangueira’, já no palco.
Em uma das músicas, o vocalista da banda usou um sinalizador externo, que acabou soltando faíscas, e atingindo o teto da Boate. Nesse ato, incendiando a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção, e que até hoje não precisa pela Lei.
Tentaram apagar a todo custo, com água e extintores, porém, não houve sucesso, e em menos de 5 minutos, o local estava tomado por uma fumaça tóxica, e essa fumaça acabou matando a maioria dos jovens.
Outro erro foi que, durante a propagação do fogo e da fumaça, não houve comunicação entre seguranças e donos do local, o que dificultou a rápida saída dos jovens.
Como a casa trabalhava como ‘comandas de consumo’ os seguranças barraram os jovens de sair, entendo que poderia ser uma briga, e nesse caso, os envolvidos poderiam sair do lugar sem efetuar um pagamento. Outra sucessão do quadro de erros que matou mais pessoas.
Segundo a Brigada Militar, haviam quase 1000 pessoas no local no fatídico dia. Aquela madrugada marcou um dos fatos mais tristes da história humana em questões de tragédias.
242 pessoas morreram. 636 Ficaram feridas.
Dessas, 235 morreram no dia do incêndio, sendo a maioria deles asfixiada pela fumaça que tomou conta do ambiente interno, e sete nos meses seguintes, após tentativa de atendimento.
Além de todo trauma das famílias, dos amigos, de todos os que se puseram no lugar das vidas que não tiveram um futuro, e de todos aqueles que terão que suportar a dor da perda inesperada pelo resto de suas vidas.
Pós-tragédia
Passado o incêndio, os fatos vieram a tona, e os culpados, mesmo que não condenados imediatamente, foram surgindo.
Assim como eu destaquei anteriormente, o incêndio foi uma sucessão de erros que fez ‘o avião cair’. Nada é ‘do nada’. Cada pessoa envolvida em algum problema que surgiu teve culpa. Um são mais, outros são menos, mas todos são, e isso nunca vai mudar.
Prefeitura, quem liberou o lugar, donos, a banda, quem comprou o sinalizador, falta de comunicação para a saída rápida de todos do lugar, edifício sem saídas de emergências. Tudo, absolutamente tudo culminou na tragédia.
As horas e dias seguintes, reconhecimento dos corpos pelas famílias das vítimas, autópsias, enterros, tudo muito triste e um clima extremamente pesado.
É triste ter de lembrar desses fatos, mas, ao mesmo tempo é importante a Netflix, marca global fornecer uma série comentando os fatos. Os erros do passado não podem ser repetidos, e as tristes tragédias não podem acontecer.
A série da Netflix vai explorar o lado das famílias, as consequências e uma exibição da falta de ação contra os responsáveis, em todas as áreas, pelo triste fato.
Por fim, a série Todo Dia a Mesma Noite estreia em 25 de janeiro, na Netflix.
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