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The Handmaid’s Tale 5×01- crítica: O terror e a transformação

Uma jornada emocional.

The Handmaid's Tale - Paramount Plus

The Handmaid’s Tale 5×01 (O Conto da Aia), Paramount Plus, estreou recentemente e temos uma noção dos momentos iniciais de June , juntamente com todos que fazem parte do seu mundo, após a morte de Fred.


Foi uma longa espera para o retorno de série, que contém uma temática ainda mais relevante , desde sua estreia em 2017. Temas que incluem a diminuição da mulher na sociedade e o traje da aia tornando-se fonte de inspiração em protestos no mundo real contra a legislação e a política, onde a autonomia corporal da mulher é colocada em questão.

June agora é uma mulher livre, mas até que ponto liberdade e segurança apagam os horrores que uma mulher viveu, submetida à escravidão sexual e todos horrores associados a Gilead?

The Handmaid’s Tale 5x01- crítica: O terror e a transformação

A força em um olhar

Elisabeth Moss continua provando que sabe transmitir o necessário para interpretar June, apenas com a força de sua presença e expressões faciais. Ela percorre uma série de níveis de emoções nesse episódio, lidando não apenas com um trauma geral, mas com as consequências de seu ato de vingança.

Em um momento inicial, assistimos uma June eufórica consigo mesma. Em outro, ela retorna a um nível de horror, uma espécie de repulsão e questionamento, pois sente que foi tão bom matar Fred e seu corpo necessita dessa adrenalina para continuar.

Ao contrário de outras mulheres que ainda pensam em cometer o mesmo ato que June fez com Fred, June agora está em uma posição em que não se sente pronta para partir para um novo ato tão grave como matar alguém. Seu sangue ainda ferve, mas a sua sede de vingança foi parcialmente preenchida. Porém, existe Serena…

Mais tarde, no final do episódio , observamos uma cena poderosa, Moira com medo de June. Sua melhor amiga, não é mais a mesma. Ela teme por sua segurança física, mental e emocional. Vê em June uma ameaça, até mesmo para sua própria filha. June mudou. Ela sabe. E a própria June sabe.

Escuridão

Ela possui esse lado obscuro, essa raiva incontrolável, até mesmo um certo sadismo e falta de empatia, quando transtornada. Todos mudaram de alguma forma. Como resultado, todos foram afetados por essa realidade cruel. Mas June, June sente-se incompleta, inquieta, insatisfeita e raivosa.

No final, temos um pequeno vislumbre da June que um dia existiu, carregando sua filha com carinho e segurança, demonstrando que existe algum nível de controle, segurança e dignidade. A força de June, o desejo de June pela sobrevivência, sempre esteve relacionada a maternidade. Quaisquer relacionamentos afetivos do passado ou durante sua permanência sob o poder da Gilead, foram apenas instrumentos para seu maior papel. Ser mãe.

The Handmaid’s Tale 5×01 crítica final

Um episódio forte, repleto de significados, que entrega uma performance brilhante da protagonista e deixa uma pergunta no ar: até que ponto uma pessoa “quebrada” tem a capacidade de tentar ser feliz?

The Handmaid’s Tale 5×01 crítica Nota: 7/10

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