A estreia da segunda temporada de The Last of Us trouxe um dos momentos mais esperados por quem jogou a Parte II: a festa de Ano Novo em Jackson, onde Ellie e Dina compartilham um dos primeiros momentos mais íntimos da história. A cena, que serve como um ponto de partida importante, foi recriada com bastante fidelidade em relação ao jogo — tanto na atmosfera quanto nas falas. Lembrando que a série é exibida exclusivamente na HBO e no streaming na plataforma da Max (clicando aqui).
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No episódio, o público reencontra Ellie (Bella Ramsey) ainda lidando com o distanciamento emocional de Joel (Pedro Pascal). Apesar da convivência diária, a relação entre os dois já não é mais a mesma desde os eventos finais da primeira temporada. Joel tenta se aproximar, até mesmo intervir durante esse pequeno conflito na festa, empurrando Seth (Robert John Burke), mas Ellie permanece fria. A série não força o drama, mas deixa claro que existe um ressentimento mal resolvido entre os dois.
Dina (Isabela Merced) aparece como uma presença mais leve, quase como um respiro naquele ambiente tenso. O beijo entre as duas acontece em meio ao barulho da festa, mas é mostrado de forma natural, sem exageros. A direção optou por manter o tom íntimo, sem romantizar demais, mas também sem diminuir o impacto do momento. A fala de Ellie — “Mais que a pilha do lixão” — foi mantida quase palavra por palavra, o que deve agradar quem preza por fidelidade ao material original.
Mesmo com pequenas mudanças no enquadramento e nos diálogos ao redor, o sentimento da cena é o mesmo: uma Ellie tentando encontrar algum tipo de estabilidade emocional enquanto ainda carrega a mágoa do que Joel fez — e como isso afetou tudo ao redor dela. A escolha de abrir a temporada com essa sequência não parece aleatória. Mostra que os produtores ainda querem manter o mesmo modo que transformou a trama em um grande sucesso. A relação entre as duas possui grande importância no desenrolar da história. Um usuário na plataforma X (antigo Twitter), publicou um vídeo com cada frame exibindo este momento icônico.
No geral, a adaptação da cena funciona por conseguir equilibrar duas coisas: respeito ao jogo e adaptação para uma linguagem televisiva mais contida. Não há excesso de dramaticidade, mas também não falta peso. É um momento que diz muito com pouco — algo que The Last of Us sempre soube fazer, seja no controle ou na tela.