House of the Dragon (A Casa do Dragão)episódio 6, HBO Max, brilhou neste domingo (25) apresentando um episódio onde a passagem do tempo é determinante e encaminha o destino de personagens principais.
As duas mulheres dominantes da trama mudaram e muito. Não apenas fisicamente, interpretadas por Olivia Cooke e Emma D’Arcy, mas também estão em pontos diferentes em suas vidas.
A maternidade trouxe preocupações e situações que fogem ao controle de ambas. Cada uma tem o foco em sua cria, com situações que envolvem sentimentos mesquinhos e paranoias, tudo por conta do Trono de Ferro.
Rhaenyra X Alicent
Alicent está em uma fase plena e consciente de seu poder e tenta a todo custo mudar as decisões de seu marido, já idoso, focada em preparar o caminho de seu filho ao trono.
Rhaenyra tornou-se uma mulher dura e ainda mais complexa. Elementos presentes em sua adolescência como teimosia, evoluíram para uma dura percepção que sua família corre riscos e ela precisa dominar a situação.
Laenor segue desejando uma vida paralela, com amantes do sexo masculino e aventuras. Ambos cresceram cada um de uma forma diferente, tornaram-se capacitados em áreas que antes não tinham domínio e tentam manter seu casamento e vínculo como base sólida para o jogo pelo trono.
A sensação que temos com o episódio é a rapidez com que as informações surgem na tela, um exemplo foram os minutos iniciais, desde o momento que Rhaenyra dá à Luz, entregando seu terceiro filho até o momento em que leva a criança para Alicent.
Acima de tudo, a lente transmite a exaustão da princesa enquanto ela transita pela tela. Bem como, uma sequencia perfeita em que Emma D’Arcy entrega-se a personagem, demonstrando e marcando seus momentos iniciais como Rhaenyra.
Em um episódio longo, a série conseguiu entregar uma década perdida de elementos sem esforço, estabelecendo novos atores, configurando o conflito central para o presente e além.
Um belo exemplo em como uma história e elementos importantes devem e podem ser refletidos através de diálogos.
Por fim, a demonstração verbal de sentimentos e emoções pode ser mais afiado que uma espada e arder muito mais que uma chama. No final das contas, vence aquele que articula mais…
A chama agrega a dor, a partida, o ódio e a transição…
Nota 8/10
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