A Electronic Arts divulgou nesta quarta-feira (22) um relatório preliminar para o terceiro trimestre fiscal, e as notícias não são animadoras. As projeções iniciais da empresa para o ano fiscal de 2025, que apontavam um crescimento modesto nas receitas de serviços ao vivo, foram substituídas por uma perspectiva de queda na mesma proporção.
O grande vilão? Um desempenho abaixo do esperado de duas das principais franquias da EA: EA Sports FC 25 e Dragon Age: The Veilguard. Este último, sendo o quarto capítulo da franquia da BioWare, não só ficou aquém das vendas da trilogia original, como também foi recebido com críticas pesadas pela comunidade de jogadores desde seu lançamento, em outubro de 2024.
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Dragon Age: The Veilguard e a queda de 50% na expectativa de engajamento
Os números são preocupantes. Dragon Age: The Veilguard atraiu cerca de 1,5 milhão de jogadores durante o trimestre, o que representa quase 50% abaixo do que a EA havia projetado. Para um título de uma das franquias mais queridas da BioWare, isso é um baque considerável – e acende um alerta sobre o futuro do estúdio, que já sofreu com outros lançamentos problemáticos no passado, como Anthem.
A BioWare, que atualmente está desenvolvendo o quinto título da série Mass Effect, parece caminhar em uma corda bamba. Apesar do carinho dos fãs pela franquia, a falta de uma data de lançamento e o histórico recente de fracassos colocam em dúvida a sobrevivência do estúdio sob o guarda-chuva da EA.
EA Sports FC 25: a bola não entrou no gol
Outra decepção foi EA Sports FC 25, que sofreu uma desaceleração no terceiro trimestre após dois anos consecutivos de crescimento de dois dígitos nas receitas de sua franquia de futebol. Embora o jogo tenha recebido uma atualização robusta de jogabilidade e o tradicional evento Team of the Year, o CEO da EA, Andrew Wilson, admitiu que os resultados ficaram abaixo do esperado.
O que chama a atenção é que a saga de futebol virtual da EA não enfrenta concorrência direta desde 2021, quando a Konami reiniciou seu eFootball, mas ainda não conseguiu ajustá-lo para conquistar de volta os jogadores veteranos. Além disso, o UFL, ainda em fase de testes antecipados, está longe de alcançar o nível das tradicionais franquias de futebol. Esse cenário de pouca competição pode ter gerado uma zona de conforto para a EA, que apostou em mecânicas controversas no último EA Sports FC. O resultado? Parte da comunidade parece ter se afastado do título mais recente.
Impacto financeiro e futuro da EA
Com isso, a EA revisou suas projeções para o ano fiscal de 2025. A receita líquida para o terceiro trimestre deve girar em torno de US$ 1,883 bilhão, enquanto as reservas líquidas (net bookings) previstas para o ano foram ajustadas para algo entre US$ 7,0 bilhões e US$ 7,15 bilhões.
Apesar das dificuldades, a EA se mantém otimista quanto ao futuro. Segundo Stuart Canfield, CFO da empresa, a expectativa é que 2026 traga um retorno ao crescimento, impulsionado pelo lançamento de franquias icônicas.
No entanto, com Dragon Age tropeçando e a BioWare acumulando derrotas, fica a dúvida: a EA dará mais uma chance ao estúdio ou decidirá encerrar suas atividades? Para os fãs, a resposta pode depender de um único fator: o sucesso – ou não – do próximo Mass Effect.
A EA promete revelar mais detalhes durante sua conferência de resultados no dia 4 de fevereiro. Até lá, os olhos estarão voltados para o destino da BioWare e o futuro de suas franquias.
