Quando parei para assistir ao The Game Awards 2023 na última semana, onde Baldur’s Gate 3 foi consagrado como o Jogo do Ano (GOTY), minha preocupação foi o tempo de duração do evento, pois ele parecia estar mais focado na publicidade do que na indústria dos jogos. Geoff Keighley alcançou o que sempre desejou: tornar-se o mentor dos principais eventos de jogos. Desde o início da pandemia, ele assumiu a liderança, eclipsando a E3 e colocando seu projeto, o Summer Game Fest, em destaque. Naturalmente, essa responsabilidade seria cobrada pelos estúdios e editoras que têm grande interesse em exibir seus jogos nesses eventos.
O problema é que parece que a ganância tem falado mais alto, considerando que os vencedores das principais categorias da noite tiveram seus discursos cortados. Por outro lado, a merchandising ganhou espaço, promovendo até mesmo aqueles que não tinham nada revelador para apresentar.
A demanda por um The Game Awards mais objetivo e curto foi percebida em 2022, mas neste ano eles simplesmente optaram por reduzir os discursos daqueles que aguardaram anos para estar no lugar mais importante da festa. Isso incluiu Swen Vincke, revelando um momento delicado enfrentado pelo estúdio da Larian Studios ao perderem pessoas importantes em Baldur’s Gate 3. A organização do The Game Awards não respeitou esse momento, apesar de BG3 ser o grande vencedor da noite.
Vídeos exibidos para os espectadores presenciais mostravam um painel com a contagem do tempo e um pedido para encerrar o discurso. Estranhamente, um evento que preza pela diversidade desrespeitou esse momento tão delicado e emocional para aqueles que saíram vitoriosos!
Os profissionais apenas desejam espaços para comemorar, especialmente este ano com demissões em massa na indústria dos jogos. Era um momento de reflexão sobre o futuro da indústria. Embora o fato das demissões poderiam ocasionar discursos em protesto, jamais saberemos a real redução do tempo dos convidados.
Keighley interagiu com diversos membros da indústria e atores no palco, até mesmo com o fantoche Gonzo do The Muppet Show. Muitas dessas interações foram pouco informativas ou confusas, e se não estivessem presentes, ninguém sentiria falta. Estender em 30 segundos para permitir que os vencedores extravasassem suas alegrias era o passo fundamental para o respeito aos envolvidos em anos de desenvolvimento e para ter seu trabalho reconhecido no palco.
Demais questionamentos sobre o The Game Awards 2023
Outra reclamação, com a qual o próprio Geoff concordou e se pronunciou, foi sobre a música tema dos jogos concorrentes ao Jogo do Ano. A exibição foi tão breve que os fãs mal puderam sentir a orquestra executar essas canções no palco principal.
"Ah, só para constar - eu concordo que a música foi um pouco apressada para os vencedores deste ano, então pedi para a galera da equipe relaxar um pouco nessa regra durante o evento. Ninguém foi cortado de verdade, mas é algo que vamos cuidar melhor da próxima vez."
Esperamos que as atitudes deste ano surtam efeito para o próximo, onde teremos jogos como Prince of Persia: The Lost Crown, Like a Dragon: Infinite Wealth, Granblue Fantasy: Relink, Suicide Squad: Kill the Justice League, Mario vs. Donkey Kong, 33 Immortals, Black Myth: Wukong, Frostpunk 2, Hades 2, Senua’s Saga: Hellblade 2, STALKER 2: Heart of Chernobyl, Star Wars Outlaws, entre outros.
Será uma derrota se o palco das premiações continuarem serem trocadas por propagandas que não empolguem os fãs dos games. Como parte da comunidade, os usuários devem cobrar mais da organização pelo respeito aos profissionais.
Fiquem atentos para os próximos jogos que serão lançados em 2024 para saber qual será o próximo jogo do ano. Você pode acompanhar um artigo onde mencionamos os principais lançamentos de 2024 aqui.
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