Meus gamernéfilos, chegando em 30 de janeiro de 2025, Sniper Elite: Resistance nova aposta da franquia pela Rebellion. Os desenvolvedores têm grandes planos para a franquia. No fim do ano passado, tive a oportunidade de testar seu novo battle royale (sob NDA, então não posso dar spoilers!), mas adianto: é uma experiência atraente para quem curte imersão temática na Segunda Guerra Mundial. Já o Resistance, por sua vez, busca resgatar a nostalgia dos títulos clássicos da série, apostando na fórmula que consagrou a saga.
Esse jogo está disponível nas plataformas de Playstation 5, Xbox Series X|S, PC Windows via Steam e Epic Games Store, além do Game Pass.
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Graficamente, o jogo não chega a ser revolucionário: os cenários têm bons momentos de atmosfera, mas a movimentação dos inimigos abatidos em modo furtivo lembra os movimentos travados de Gang Beasts, com poses e quedas pouco naturais. No entanto, as animações das armas de longo alcance — especialmente ao mirar e recarregar — têm detalhes interessantes, ainda que, nesse quesito, eu esperasse algo mais impactante (digamos que falta um ‘uau‘ visual).
No geral, a experiência é imersiva para fãs da franquia, que já estão acostumados ao estilo, mas é provável que os jogadores mais exigentes sintam que faltou aquele polimento extra para elevar o jogo a outro patamar. Mesmo assim, vale pelo charme tático que só a série Sniper Elite oferece.
Assista ao trailer de lançamento oficial Sniper Elite: Resistance
Para o Gamernéfilo que Há em Você: O que Esperar?
A Rebellion não só manteve a física de Sniper Elite 5 (ventos cruzados, curvatura da Terra, respiração do sniper) como adicionou variáveis psicológicas. Exemplo: atirar perto de um inimigo sem matá-lo faz ele entrar em pânico e atrapalhar a tropa. É Sun Tzu com um rifle Mosin-Nagant. A transição da noite para o dia chama atenção e aumenta tensão nos embates.
Gameplay: Uma Meditação Ativa (Com Explosões)
Enquanto o mundo joga battle royale, Resistance exige que você pense como um estoico. Cada missão é um quebra-cabeça de “Como aniquilar um batalhão sem ser notado?”. As opções:
- Método Platônico: Usar o ambiente (trens, tempestades) para mascarar tiros.
- Tática Nietzscheana: Criar caos tão absurdo que os inimigos duvidem da própria existência.
- Approach Descartes: “Atiro, logo destruo”. Simples, direto e com fígado vazando no X-Ray.
Sniper Elite Resistance é um jogo que exige calma e planejamento. Jogadores que não criam estratégias podem se frustrar tanto pela falta de precisão nos tiros quanto pela necessidade de recomeçar fases repetidamente – aqui, pressa é inimiga da perfeição.
O título possui lógica com a realidade?
Apesar de se inspirar em um dos momentos mais críticos da humanidade (a Segunda Guerra Mundial), Sniper Elite Resistance não é só ficção: grandes nomes reais da história do sniping, como Vassili Zaitsev (o lendário atirador soviético de Stalingrado), Simo Häyhä (o finlandês conhecido como A Morte Branca), Lyudmila Pavlichenko (a sniper mais letal da URSS, com 309 mortes confirmadas) e Roza Shanina (famosa por sua precisão em combates noturnos), provam que abater dezenas de inimigos em missões solitárias não é exagero — é história.
O jogo captura essa essência, mas deixa claro: sem estratégia, até os melhores falhariam.
Se você acredita que um jogo pode ser violento e introspectivo, que um tiro na cabeça pode ser poesia, e que calcular vento é uma forma de mindfulness… Sniper Elite: Resistance é seu novo templo digital. E quando aquele X-Ray mostrar um coração nazista implodindo, lembre-se: você não está jogando. Está meditando com gatilho.