Olá Gamernéfilos, aqui é Fábio e vou explorar o jogo de Deathloop, título desenvolvido pela Arkane Studios, uma das desenvolvedoras pertencentes à Bethesda, lançado no dia 14 de setembro de 2021. Vale lembrar que este, com GhostWire: Tokyo provavelmente serão os últimos títulos da desenvolvedora a aparecerem, ao menos exclusivamente, nos consoles da Sony, já que o estúdio está sob o “guarda-chuva” da Bethesda, que foi recentemente adquirida pela Microsoft. Antes de começar, assista nosso gameplay comentado, logo abaixo:
Sendo um shooter em primeira pessoa com elementos roguelike, o título reutiliza vários elementos que deram certo nos trabalhos anteriores da desenvolvedora, como estilo artístico e liberdade tanto de exploração quanto de abordagem, trazendo mecânicas novas vindas de outros títulos lançados recentemente como Returnal e Twelve Minutes, até mesmo uma pitada leve de Souls-like. A originalidade de Deathloop talvez venha da mistura destas mecânicas, já que de fato não temos ainda títulos que tenham feito algo parecido.
A iniciação de Colt
Na história controlamos Colt, que se vê preso em um loop temporal e precisa de alguma forma quebrar este ciclo. A imersão começa quando a personagem se vê tão confuso quanto ele em relação ao que está acontecendo, reforçada ainda mais pelos textos presentes na tela que falam diretamente com o jogador.
Com um ritmo mais rápido do que outros roguelikes e um pouco menos punitivo com mortes extras para o reinício do ciclo, o jogo tenta deixar o retorno ao começo de tudo um pouco menos “frustrante”.
Assuntos inacabados com Julianna
Dividindo o protagonismo com Colt, temos Julianna que possui como objetivo evitar que Colt quebre o ciclo a todo custo, ela também traz o aspecto multiplayer do jogo, onde outro jogador assume o controle da personagem e “invade” seu jogo, deixando a sua jornada mais complicada. Para quem não quer sujeitar a esta dificuldade extra (ou não), basta desligar a opção multiplayer, o que faz com que ela seja controlada por IA.
Gráficos da nova geração?
Os gráficos do jogo não justificam a exclusividade nos consoles de nova geração, mas também não “deixam a desejar”. Pela opção do estúdio ao estilo mais “abstrato”, temos cenários lindos e psicodélicos, além de um estilo único de inimigos que seguem a temática do cenário.
Por ser projetado inicialmente para o PlayStation 5, o uso do DualSense é bem feito aqui, tendo em vista que o jogo possui uma variedade considerável de armas e habilidades, cada uma delas tem um comportamento bem específico principalmente em relação aos gatilhos adaptáveis. Além das armas, vemos outros poderes (com muita influência dos vistos em Dishonored) onde podemos se teletransportar, levitar inimigos com telecinese, ficar invisível, entre outros.
Mecânicas e jogabilidade
Premiando os jogadores que preferem explorar cada canto do mapa, o jogo permite que você siga da forma que preferir, com stealth ou partindo para o tiroteio desenfreado, esta última uma opção que vai aumentar bastante a dificuldade de sua jornada e talvez fazer a história perder um pouco de sua profundidade original.
Após alguns ciclos iniciais que vão te apresentar um pouco mais do enredo e também introduzir todas as mecânicas do jogo, você vislumbra o que precisa de fato ser feito para quebrar o ciclo: matar 8 alvos, os chamados “Visionários”, espalhados pelas quatro áreas da ilha de Blackreef antes do dia acabar, este que é dividido em Manhã, Meio-dia, Tarde e Noite.
Após esse resumo, podemos até achar que nosso objetivo é relativamente fácil, mas não é. Apesar de a IA dos inimigos não ser das melhores, o que compõe a dificuldade do jogo é o número deles espalhados pelo mapa e a fragilidade de Colt, que pode ser derrubado inicialmente com alguns tiros. Como temos duas mortes antes de retornarmos à praia onde o ciclo começa, caso morramos no meio de uma empreitada, somos levados ao último “checkpoint” próximos de onde morremos, onde podemos escolher por continuar a batalha ou esperar os ânimos se acalmarem para tentarmos um outro tipo de abordagem.
Sem atirar às cegas
Entre os ciclos, além do conhecimento obtido através de documentos, ouvindo conversas de NPCs ou apenas avançando na história, podemos manter alguns de nossos itens e habilidades usando uma substância chamada Residuum, a “moeda” do jogo, encontrada espalhada pelo mapa, deixada por inimigos abatidos ou recuperando seu “corpo” voltando ao local de sua morte (bem ao estilo “Souls-Like”). Tudo isso, combinado com um gerenciamento do inventário de modo a mantermos a melhor combinação de armas e habilidades no ciclo, nos ajuda a desvendarmos e quebrarmos esse misterioso ciclo.
A trilha sonora
Com dublagem em PT-BR, os diálogos, apesar de engraçados, soam muito “forçados” em vários momentos dando um tom “canastrão”, ao menos em nosso idioma. A trilha sonora original empolga e complementa a ambientação do jogo, com visuais “retrô-abstratos”. Com vertente focada no blues com acertos para momentos importantes do jogo.
Gamerdito (Veredito)
Deathloop aparentou ser um título que está seguindo o caminho que poderá tirar proveito em uma futura continuação O jogo é divertido e suas mecânicas favorecem seu “fator replay” e longevidade, mas não vejo ele como uma “obra-prima”, ele tem seus méritos, principalmente pela mistura de mecânicas que acabam dando certo no produto final, mas ainda não é a inovação que muitos estão buscando, principalmente com a chegada da nova geração. Apesar que prevejo indicações claras, que provavelmente lhe garantirá ao menos uma indicação nas premiações da indústria dos games.
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