Se você ainda não sabe tudo sobre New World, o novo game MMORPG, da Amazon Games, convidamos você a ler nossa análise se a assistir nosso vídeo de avaliação que são resultados do acesso antecipado ao jogo.
E aí pessoal, beleza, aqui é o Felippe conhecido como Cascado Games, e vamos trazer aqui para vocês a nossa primeira análise do teste alpha. Antes do beta de New World. Pois, tivemos o acesso de imprensa e jogamos o jogo e iremos destacar tudo o que vimos até o momento e o que você precisa saber antes de comprar o jogo.
E começamos pelo enredo
New World é um MMO RPG de mundo aberto, ou seja, um jogo multijogador online em massa, em que o jogador precisa passar por perigos e aproveitar as oportunidades apresentadas para forjar um novo destino para si mesmo como um aventureiro naufragado numa ilha sobrenatural de Aeternum, realizando missões enfrentando inimigos e coletando itens para obter recompensas.
Logo ao começar o jogo percebemos que o jogo está dublado em português, o que é bastante positivo, considerando que a história em jogos MMO RPG costuma ser densa, precisando bastante leitura para compreender a história e o que é preciso fazer nas missões.
Aparentemente, nosso personagem começa sua aventura com um tripulante de um navio em que o comandante pretende chegar até Aeternum, um lugar lendário repleto de poderes e riquezas.
E esse objetivo ele traça após encontrar um padre numa taberna que noticia que todos que buscaram chegar nessa ilha simplesmente desapareceram. E o padre sabe disso porque ele foi o único que sobreviveu à uma expedição fracassada em que morreu toda a tripulação, tendo o padre definindo o fenômeno como uma pura manifestação do mal nunca antes vista.
Nem mesmo o padre sabe como ele sobreviveu, parecendo que sua sobrevivência foi resultado de alguma magia ou força desconhecida que talvez seja a responsável pelo fenômeno que acontece na ilha.
O padre entrega uma caixa ao comandante informando que o seu conteúdo não é desse mundo e que o que contém na caixa irá guia-lo até a ilha Aeternum.
Seguindo para a ilha Aeternum, vemos uma tempestade misteriosa se formando e vemos no interior do navio um personagem escrevendo um livro, e logo nos deparamos com a informação de que esse é o nosso personagem, sendo possível escolher algumas definições de personalização.
Criação de personagem e personalização
É possível escolher gêneros masculino ou feminino, constituição física magra, robusta, escolher dentre os rostos disponíveis, cor da pele, dos olhos, dos cabelos e pelos, tatuagens, cicatrizes, e escolher um nome para o personagem, possibilitando ao jogador realizar a criação de um personagem próprio para se destacar como diferente dos demais que vier a encontrar no decorrer do jogo.
Curiosamente, antes do naufrágio, nosso personagem tinha uma camisa de manga longa, calças compridas, cinto, botas, cinto, mas, depois do naufrágio, chegamos à ilha com uma roupa toda esfarrapada bem diferente da que estávamos vestindo, com mudanças na gola da camisa, com mangas rasgadas, calças rasgadas, em tons de cores diferentes. E, estranhamente, portando a mesma espada que tínhamos no navio.
Efeitos visuais e qualidade gráfica
No que se refere a efeitos visuais, na cutcene inicial vemos um mar agitado, mas que não corresponde à movimentação do navio, passando a impressão de que, apesar da movimentação da água, o navio flutua, não parecendo deslizar na água.
A impressão que passa é que o navio não possui peso, e que o balançar do navio na tempestade está fora de sincronia com a própria tempestade.
As cores também parecem opacas, neutras, sem vida, talvez para passar a sensação de desolação, do infortúnio do personagem, mas seria bom que as paletas de cores fossem mais vivas.
Explorando a praia que chegamos, nos deparamos com os primeiros tipos de inimigos, iniciando um tutorial de combate de saque de arma, golpear, bloquear e esquivar.
Vencendo o primeiro inimigo do tutorial, encontramos o capitão do navio, o Capitão Thorpe nos chamando dizendo que não se sente bem. Após perguntarmos o que aconteceu, ele nos diz não entender o que foi a tempestade pela qual passamos, e que perdeu a caixa que o padre havia lhe dado, nos acusando de ter pego a caixa. Nosso personagem só tem a alternativa de dizer que está sem a caixa, e o capitão está confuso quanto ao que aconteceu com ele e, em seguida, aparece uma energia vermelha fazendo desaparecer o seu corpo.
Com o desaparecimento do Capitão Thorpe, ficam itens por ele deixados como um escudo de madeira e uma ração leve que confere +2 de energia vital. E isso é importante porque inimigos, após derrotados, podem deixar itens como armas e comida, sendo que craftar itens e comidas faz parte das mecânicas do jogo para melhorar o personagem e poder combater aumentado a barra de energia vital durante os combates.
O combate não é fluído e tem momentos que o inimigo não recebe o dano do golpe
Dentre as habilidades do personagem, além de poder golpear, bloquear, e esquivar, ele também pode andar agachado, rastejar e pular, e essas ações são importantes porque, dependendo dos locais de acesso para coletar itens ou cumprir objetivos, será preciso escalar, se esgueirar abaixado, passando pelos obstáculos.
Andar agachado nos passou a impressão inicial que seria possível haver stealth, o andar furtivo para pegar o inimigo de surpresa, pelo menos nos primeiros golpes. Mas não, basta andar em direção ao inimigo que está virado de costas para nós que ele não irá nos perceber, possuindo a vantagem de desferir os primeiros golpes sem reação direta do inimigo.
Estranhamente, desde o início do jogo, da fase tutorial em diante, percebemos que diversos golpes atravessam o inimigo sem causar qualquer tipo de dano, fazendo com que o inimigo nos atinja causando dano. E, numa luta contra um boss isso confere muita desvantagem.
O inimigo, assim como nosso personagem, também possui golpes leves e especiais. Eles ficam brilhando numa cor específica quando desferem golpes especiais dos quais precisamos esquivar para não levar dano, não sendo possível causar dano neles nesse momento, mesmo que a espada os golpeie de lado ou pelas costas. Porém, para o jogador o mesmo não ocorre, podendo levar dano ao desferir golpes especiais.
Para quebrar o bloqueio de inimigos que possuem escudos, precisamos desferir golpes pesados fazendo o inimigo quebrar sua postura para atingi-lo e matá-lo. E a cada inimigo derrotado, vamos obtendo pontos para upar a árvore de habilidades e para upar a arma que estamos utilizando.
No que parece ser a parte final do tutorial, encontramos novamente o Capitão Thorpe Corrompido, que está maior, mais forte, mais poderoso, com sua espada em chamas e utilizando uma magia na cor vermelha que parece estar, ou conferindo poderes a ele, ou controlando ele, seguindo uma boss fight por agora ser um inimigo.
Cenário após a boss fight do tutorial
Após a luta se encerrar, após termos conseguido causar dano retirando metade da barra de vida do Capitão Thorpe, sofremos a irradiação de uma energia azul e depois ressurgimos no interior da ilha já com a primeira missão de procurar por sobreviventes e ter de ir até a Torre de Vigia, enfrentando os primeiros inimigos que encontramos, os Afogados.
Os efeitos visuais da movimentação da água e respingos ao caminhar dentro da água continuam fracos, pobres. Quando corremos sobre a areia, não ficam pegadas, parecendo mais que deslizamos sobre o chão porque o personagem parece não ter peso. E quanto interagimos com os itens que podemos coletar no cenário, eles somem como se não tivessem estado no cenário antes.
Matar animais pode ser bom para coletar itens como comida. Porém, para esfolar animais, é preciso craftar uma faca com a qual não começamos no início do jogo.
Chegando na Torre de Vigia, encontramos Tahir Fayed, bem como outros jogadores com quem podemos criar um esquadrão de pelo menos 3 jogadores.
Tahir Fayed, o vigia de Guardaventos que passa as missões
Tahir é um vigia de Guardaventos, e logo começa falando da tempestade percebendo que estamos vivos, diferentemente dos Afogados, seres que aparentemente estão mortos porque estão sem suas almas e que ficam vagando por Aeternum.
Tahir nos diz que é possível escapar da morte por séculos na ilha, passando a impressão de que o tempo não passa em Aeternum, mas que seria difícil ou mesmo impossível sair da ilha.
E logo que nos apresentamos a ele, ele nos fornece as “botas do duelista” e moedas. E a cada missão que cumprimos recebemos novos itens para ir melhorando a aparência, os atributos de nosso personagem, assim como recebemos pontos para aprimorar habilidades, a arma utilizada, e o escudo também.
E em cada lugar que exploramos temos de lidar com os inimigos, procurando atrair um por um para não ter de enfrentar todos de uma só vez. Em cada área podemos coletar itens como baús, páginas soltas que contam mais da história da ilha Aeternum, e isso nos confere XP. E depois de matar todos os inimigos da área, quando realizamos algumas ações como acionar a bandeira do navio, ocorre o respawn de todos os inimigos da área, gerando problemas para sair da área e para explorar algum setor que se esqueceu de explorar ou que se ignorou antes.
E utilizando a fogueira podemos craftar diversos tipos de itens, armas, diversos tipos de comidas, sendo importante ter bastante comida para melhorar a energia durante combates para não acabar morrendo por levar muito dano.
Inventário simples com setores que são desbloqueados ao atingir nível de personagem
Quando avançamos de nível com o personagem, mais itens podemos carregar, sendo que alguns itens são essenciais para determinados tipos de atividades. A faca para esfolar animais, a foice para colher determinados tipos de plantas. E precisamos de espaço no inventário para carregar mais armas e poder realizar um combate mais dinâmico e com mais potência.
Sistema de progressão do personagem e das armas
Como dito anteriormente, conseguindo pontos, poderemos utiliza-los para melhorar atributos de nosso personagem como força, destreza, inteligência, foco e constituição. Como de costume, preferimos builds focadas em força e destreza porque gostamos de jogar como cavaleiros, e ao upar força e destreza sentimos diferença no dano provocado nos inimigos, o que é um aspecto positivo do jogo.
Porém, seria interessante que tivessem outros atributos para ter mais possibilidades de aprimorar o personagem como a estamina, carregar mais peso, mas teremos de esperar ter mais tempo de acesso ao jogo para ver se algo nesse sentido terá na versão final do jogo.
E, conforme mencionado, é importante upar ataque e defesa para poder lidar com inimigos em combates mais complicados, ou inimigos mais fortes, que podem ser mais difíceis ao lutar sozinho, embora a diversão nos combates está em jogar em equipe com amigos no multiplayer.
Interessantemente, é possível realocar pontos de habilidade de personagem e armas e isso pode ser muito bom dependendo do tipo de inimigo que se está enfrentando, ajudando o jogador a se adaptar a cada inimigo que for encontrando na sua jornada.
Recompensas ao atingir level de personagem
E aumentando o level do personagem, mais possibilidades são desbloqueadas como o combate na forma de duelos, ganhar mais itens, poder equipar itens diferentes, e resta saber se o jogo terá passes de temporada para se saber se serão dados mais itens por level alcançado como ocorre em alguns jogos MMO.
Aspectos positivos de New World
Bom, agora vamos para os pontos positivos de New World.
O aspecto mais interessante é poder jogar com amigos formando equipes com eles, pois desbravar um mundo sozinho pode parecer chato e cansativo, principalmente quando ocorrem respawns de inimigos em determinadas situações, sendo que pensamos ser muito mais legal jogar com amigos do que fazer tudo sozinho, e o multiplayer confere uma vida a mais pro game.
Claro que, quem quiser ter mais dificuldade no jogo pode, para isso, escolher jogar sozinho, mas certamente terá de jogar o jogo por mais tempo e enfrentar bastante tempo do jogo sem qualquer tipo de diálogo, sendo que nosso personagem não fala e nem verbaliza os seus pensamentos.
É possível criar mais de um personagem para cada mundo que se participa, e isso é importante saber porque depois de configurada a aparência e nome do personagem, essas características não podem mais ser modificadas.
A história deixa a curiosidade quanto ao que existe na ilha, e como jogamos mais ou menos 01 hora no teste de imprensa, até em razão de erros de conexão, não tivemos tempo de verificar mais áreas e ver que outros tipos de inimigos tem além dos Afogados.
A Boss Fight do tutorial foi bem interessante, foi preciso observar as habilidades do Boss, seu moveset, poderes, para saber quando era melhor atacar e que golpes eram mais eficientes para causar dano e evitar sofrer dano. E será bem interessante se cada Boss tiver um moveset próprio e, principalmente, se mudar seu moveset durante a batalha, como quando conseguimos reduzir a barra de vida do Boss pela metade.
O cenário parece grande, conferindo bastante espaço para explorar, e certamente deve ter mais áreas do que as que conseguimos acessar no tempo de uma hora de jogo.
Os desenvolvedores acusam que o jogo possibilita oportunidades infinitas de lutar, forragear e forjar, e realmente são diversas armas a serem utilizadas, diversos itens a serem craftados, e isso confere uma dinâmica interessante para o jogo.
Eles também afirmam que é possível canalizar forças sobrenaturais e empunhar armas mortais em um sistema de combate em tempo real sem classes, podendo lutar sozinho, com uma pequena equipe ou em exércitos concentrados para batalhas PvE e PvP. E se isso se concretizar, o jogo tem grande potencial de entretenimento e diversão.
Como se adquire pontos para upar a arma utilizada, é necessário usar armas diferentes para poder adquirir a maestria de cada arma, pois os pontos adquiridos com uma arma só podem ser utilizados nela.
Aspectos a melhorar em New World
Preferimos chamar de aspectos a melhorar do que aspectos negativos porque, atualmente, muitos jogos são publicados de um jeito, e depois de um tempo, devido a reclamações ou sugestões da comunidade, o jogo vai sendo modificado. Então, acreditamos que o jogo tem um potencial de ser bom, mas tem vários aspectos a serem melhorados.
Começando pelo combate, a inteligência artificial dos inimigos é fraca. Mesmo quando estamos próximos e visíveis, eles não reagem, possibilitando que o jogador atraia inimigos individualmente para facilitar a batalha e sua passagem pelas regiões.
A movimentação do personagem é um tanto entroncada, dura, sem movimentos elásticos. E no combate não é possível travar a mira no inimigo, então, quando nos movemos para o lado, ao invés de caminhar, corremos, e isso tira a imersão no combate, a dinâmica de estratégia de distância para golpear, esquivar e bloquear. Então seria interessante que possibilitassem travar a mira no inimigo, ou que o personagem não corresse para os lados quando estiver em combate, mas sim se movendo de forma tática no duelo.
Destacamos que o teste do jogo foi num PC com processador Rysen7 3700x, duas memórias RAM de 8b de 3200mm Mhz, placa de vídeo GTX1060 de 6gb da Asus Expedition, placa mãe Gigabyte Aorus Elite B450, SSD 1Tb, com preset automático “alta”, ou seja, acima dos requisitos mínimos indicados, conforme informações que constam na loja Steam. E mesmo assim, enfrentamos lags na cutcene inicial do jogo, que estava travada, sem fluidez e isso certamente precisa melhorar.
Jogamos com mouse e teclado, e não tivemos tempo de testar se funciona o controle xbox para PC, mas esperamos que sim porque com controle fica mais fluído mexer a câmera do personagem e realizar combates com mais inimigos ao mesmo tempo.
O respawn de inimigos depois de acionar a bandeira do navio nos parece inapropriado, pois o respawn poderia ocorrer depois de deixarmos a área explorada e, claro, não de forma imediata.
As missões liberadas de forma linear apesar de o jogo ser em mundo aberto, e seria interessante que fosse possibilitado o acesso a missões sem a necessidade de fazer uma missão prévia para desbloquear a outra.
O hitbox quando se mata inimigos e animais não existe, bem como não existe ao esfolar animais. Em combate ocorre de golpes simplesmente atravessarem os inimigos sem causar dano algum, bem como aconteceu de atravessarmos o inimigo pelo meio durante o combate. Então, percebemos que não tem colisão física alguma, e isso tira a imersão no jogo, provoca uma dificuldade de gameplay no combate, e que, por isso, precisa ser corrigido.
As chamas podiam ser melhor trabalhadas, assim como os gráficos podiam ser mais bonitos, ainda mais pelas configurações mínimas e recomendadas do jogo. Então esperamos uma otimização gráfica.
O tutorial de culinária, de craftar itens, precisa ser melhor trabalhado para o jogador não ficar perdido quanto ao que precisa fazer. E seria interessante poder ver no mapa onde achar os itens que se quer para craftar determinado tipo de objeto.
A paleta de cores parece opaca, e seria interessante que as cores tivessem mais vida, e isso seria um elemento que poderia conferir maior imersão no jogo.
E sentimos falta de nosso personagem ter uma voz para interagir melhor com os NPCs, e um pensamento verbalizado, até para passar a sensação de progresso do personagem para o jogador. Mas certamente isso provocaria um maior custo para confeccionar o jogo.
Iremos jogar mais de New World
Certamente iremos jogar mais New World para trazer mais informações e análises, então fique ligado no canal Cascado Games, no canal MeuGamer, e acesse o site do MeuGamer para conferir a análise do Cascado sobre New World. E até a próxima.
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