Se The Lord of The Rings: Gollum já havia sido alvo de críticas por parte de veículos especializados, incluindo a nossa análise nesta página, Skull Island: Rise of Kong se revela uma desonra para o legado da franquia King Kong. Este título foi desenvolvido pelo estúdio chileno IguanaBee e publicado pela GameMill Entertainment. É notável que essas duas empresas já haviam colaborado anteriormente em outro título, G.I. Joe: Operation Blackout, o qual, também, não obteve sucesso.
Em Operation Blackout, o jogo não conseguiu capturar a essência brilhante da saga, conhecida no Brasil como Comandos em Ação, ofuscando assim a riqueza dessa franquia.
O novo jogo inspirado no rei dos macacos fez os fãs aguardarem algo único e promissor. Considerando que a Warner Bros. Pictures detém as versões cinematográficas da saga, havia a expectativa de algo extraordinário para cativar os amantes do gorila gigante. No entanto, a realidade foi uma surpresa desagradável para os jogadores.
Vamos recapitular: a trama se inicia quando Kong decide se vingar da morte de seus pais, causada pelo predador alfa supremo, Gaw. Mas o que poderia dar errado? Tudo, de fato, deu errado nesse desenvolvimento, resultando em ação repetitiva e nada desafiadora, juntamente com gráficos que lembram a qualidade da sétima geração de consoles, como o Nintendo Wii, Playstation 3 e Xbox 360, para aqueles que não estão familiarizados com essa referência.
O sistema de combate apresenta falhas e é notavelmente lento, assim como os movimentos de Kong. Os inimigos, em sua maioria, se resumem a personagens pré-históricos pouco memoráveis. Os flashbacks são estranhos, com uma imagem na tela para sinalizar as lembranças do nosso protagonista. Além disso, os cenários são vazios e carentes de detalhes, chegando a causar agonia, dando a sensação de que o jogo ainda está em desenvolvimento.
Sabe quando uma produtora detém os direitos de produção de uma franquia e há um prazo estipulado para o lançamento de um filme? Caso o filme não seja lançado dentro desse prazo, os direitos de produção podem ser perdidos. Essa é a sensação que tive ao jogar Skull Island: Rise of Kong.
Até então, o último jogo multiplataformas inspirado no gorilão foi “Peter Jackson’s King Kong: The Official Game of the Movie” de 2005. Embora tenham sido lançados outros títulos relacionados, nenhum deles realmente enfatizou a ação direta do grandão!
O que torna a situação estranha é que a divisão de jogos da ‘Warner Bros. Discovery’ aprovou o lançamento do jogo sem a devida polidez. É evidente que o título foi desenvolvido com um orçamento limitado, apesar de ser vendido a preço de um jogo double-A
O meme é eterno
O meme é algo que tem o poder de se tornar eterno. Infelizmente, Skull Island: Rise of Kong será lembrado não como um exemplo de como fazer um jogo, mas como uma fonte de inspiração para memes devido às suas animações peculiares. O que deveria ter sido uma fonte de alegria para os fãs se transformou em uma fonte de frustração e desapontamento para aqueles que esperavam algo verdadeiramente único.
Neste contexto, tanto a IguanaBee quanto a GameMill Entertainment precisam repensar suas estratégias, especialmente a GameMill, que tem a capacidade de licenciar franquias inspiradas em filmes e séries. Eventualmente, a pressão dos acionistas pode chegar, e sabemos que o desfecho nem sempre é como nos contos de fadas.
Se o The Game Awards tivesse uma categoria semelhante ao Framboesa de Ouro, Skull Island: Rise of Kong certamente competiria pelos prêmios ao lado de títulos como Gollum. Como alguém que tem grande entusiasmo pelos jogos, este é o primeiro título pelo qual faço uma crítica sem recomendar sua aquisição.
Por fim, vale ressaltar que Skull Island: Rise of Kong está disponível em diversas plataformas, incluindo o PlayStation 5, Xbox Series X/S, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC com Windows.
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