Splinter Cell: Por que não foi anunciado um novo jogo na E3 2019?
Splinter Cell: Por que não foi anunciado um novo jogo na E3 2019? / reprodução Ubisoft

A Ubisoft deixou os fãs da franquia Splinter Cell, mais uma vez sem respostas na E3 2019. Talvez um dos motivos sejam algumas pontas soltas, que perpetuam ao longo da franquia. Confira nossa análise e alguns motivos de um novo título não ter sido anunciado na conferência da Ubisoft.

Se você já jogou e conhece a história de Splinter Cell, prossiga em nossa análise. Se não jogou ou não conhece, já avisamos, nossa análise contém [SPOILERS]

Splinter Cell caracteriza-se por ser um game do gênero stealth, furtivo, em terceira pessoa. Diversos games foram lançados desde o primeiro game da franquia apenas com o nome “Splinter Cell” em 2002. Porém, depois de ser praticamente ser lançado anualmente, os problemas começaram com “Splinter Cell Conviction”. O Jogo possuía previsão de lançamento para 2007 e foi publicado somente em 2010. 

Splinter Cell Conviction passou por uma série de problemas de desenvolvimento. Em uma versão alpha do jogo, em 2007, foi apresentado um Sam Fisher mais velho, barbudo, sem técnica de luta. Pecando em não utilizar a escuridão a seu favor para ser furtivo, agir em stealth. 

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Splinter Cell Conviction, publicado em 2010, trouxe inovações na movimentação do personagem. Com possibilidade de rolamento, utilizar diversas armas e gadgets, realizando, inclusive, upgrades nesses itens, sendo utilizada a escuridão para o stealth. 

Splinter Cell Conviction deu continuidade à história de Splinter Cell Double Agent. Resumidamente, em Double Agent, Sam Fisher teve notícia da morte de sua filha e, por isso, decide realizar as missões mais arriscadas, arriscando sua própria vida. Porém, em Conviction, acaba por ter novas pistas sobre sua filha, chegando a ter conhecimento de que ela estava viva. 

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Splinter Cell Conviction: problemas na trama? 

Apesar da trama ser boa, ela “termina” no confronto final entre Sam Fisher e Tom Reed, este que agora era o chefe da Third Echelon, e era o agente corrupto, espião, e que tinha como plano matar a presidente e tomar o poder do país para si. Derrotando Tom Reed, fica a critério de Sam Fisher escolher usar o poder da quinta liberdade, matar ou não Tom Reed.  

Mas o mais importante é a fala de Tom Reed, que revela como chegou tão perto de tomar o poder. Resumidamente, Reed revela estar associado a Megiddo, que se sabe ser uma organização misteriosa que tem vastas quantidades de poder e influências em todo o mundo. Seu controle se estende de Moscou a Washington, D.C. e é em grande parte clandestino, com apenas um punhado de pessoas conscientes de sua existência. 

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O ato final nessa trama é Sam Fisher poupando a vida de Reed, ou matando ele, mas sem ser demonstrada qualquer consequencia de uma ou outra escolha. Sam Fisher simplesmente decide sair de cena e ficamos sem explciação sobre o que será feito em relação a Megiddo. Ou seja, ficam perguntas sem repsostas, sendo aguardada uma continuação do game em que Sam Fisher, ou outro Agente Splinter Cell confronte Megiddo. Porém, depois de aguardar mais três anos, não é o que vemos em Splinter Cell Blacklist lançado em 2013. 

Splinter Cell Blacklist apresenta um novo Sam Fisher? 

Em Splinter Cell Blacklist não temos mais Michael Ironside como dublador de Sam Fisher, que deu vida ao protagonista, que basicamente determinou o modo de agir, pensar, racionar de Sam Fisher, incorporando nas suas expressões a missão e a responsabilidade de fazer o melhor pelo seu país, sempre sério, sisudo, comprometido, mas sem deixar de lado a família. Ao contrário, vemos um Sam Fisher mais novo, com outra voz, menos tático, irresponsável, beirando à arrogância com conflitos com os demais integrantes de sua equipe. 

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Sintetizando a história, uma organização, intitulada de Os Engenheiros, realizam ataques terroristas no território dos Estados Unidos fazendo com que a presidente volte a Recrutar Sam Fisher pra resolver o problema. Porém, a cada missão fica evidente que Os Engenheiros estão sempre um passo a frente de Sam e sua equipe.  

Sam Fisher, em uma das missões, fica infectado com material radioativo e, mesmo assim, decide confrontar o inimigo, sendo capturado para depois ser salvo por um aliado e xingar ele por escolher a vida de Sam do que a missão. Em outo momento, Sam afirma que é hora de eles inverterem a história, de ficarem um passo a frente dos Engenheiros, o que é resolvido basicamente com ele dizendo que era hora de irem pra cima deles, sem realizar qualquer estratégia. Simplesmente vemos um Sam Fisher nada tático, impaciente, imprudente, nada parecido com o que vimos nos games anteriores da franquia. 

E a trama, resolve o enredo de Conviction sobre a organização Megiddo? Não. O “vilão” principal, Majid Sadiq, no final da trama revela que ele não estava sozinho, existindo doze nações por trás dos Engenheiros, e que as doze nações se levantariam caso ele fosse morto sendo preciso lutar doze guerras. Outra opção de Sadic é ser levado à julgamento ameaçando que revelaria cada segredo que possui conhecimento sobre os Estados Unidos. E, novamente, Sam Fisher tem a opção de exercer o poder da quinta liberdade, escolhendo não matar Sadiq, mas capturá-lo. E, como parte final, vemos que Sadiq será interrogado pelo melhor amigo de Sam, Victor Coste, também numa versão rejuvenescida comparado com sua aparição em Splinter Cell Conviction. 

Conviction e Blacklist, duas tramas não resolvidas? 

Então, como dar conta de versões diferentes de Sam Fisher, duas tramas não resolvidas, com a organização Megiddo não sofrendo nenhuma retaliação, e ainda aparecendo um novo vilão capitaneado por doze nações que estão contra os Estados Unidos? 

Certamente um novo game da franquia teria de dar conta das pontas soltas de Conviction e Blacklist, bem como apresentar um Sam Fisher diferente do que vemos em Blacklist.  

Quanto à aparência de Sam, no crossover de Splinter Cell e Ghost Recon Wildlands vemos o retorno de Michael Ironside dublando Sam, e também vemos um Sam Fisher ainda mais velho, beirando à aposentadoria já que se tem notícia que o outro agente (Snake de Metal Gear Solid) teria se aposentado, deixando mais um problema a ser resolvido. 

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Passados seis anos desde Blacklist seriam muitas as arestas a serem resolvidas, pontas soltas nas tramas de Conviction e Blacklist a serem trabalhadas, bem como resolvida a aparência e personalidade de Sam Fisher. Ao que parece a Ubisoft, desenvolvedora da franquia, até hoje não encontrou as respostas para essas questões, e preferiu usar outros games como carro chefe da empresa, lugar que antes era ocupado por Splinter Cell, passou a ser ocupado pela franquia Assassin’s Creed, este sim, sendo lançado praticamente um jogo por ano. 

Como seria um novo Splinter Cell? 

Provavelmente num novo jogo de Splinter Cell, ou teríamos um reboot da franquia, com novas ameaças, sendo Sam Fisher o protagonista, mais novo, a exemplo do reboot que sofreu Assassin’s Creed; ou teríamos uma continuidade das tramas de Conviction e Blacklist, em que Sam Fisher seria ainda o Agente Splinter Cell protagonista, mais novo, ou então mais velho sendo um comandante de operações splinter cell com a apresentação de um novo protagonista, até para resolver a questão da idade de Sam Fisher mostrada no crossover com Ghost Recon Wildlands. 

O tempo longo de seis anos desde o último jogo, mais os problemas de produção e de enredo, estão, na verdade levando a franquia para o esquecimento, não dos fãs, que sempre desejam por um novo Splinter Cell, e comentam sobre isso nas redes sociais, mas, infelizmente, pelos desenvolvedores.  

Conviction e Blacklist, apesar dos problemas na trama, foram bons jogos. E, atualmente com a onda de jogos de mundo aberto, certamente que se espera um Splinter Cell em mundo aberto, o que vemos em Ghost Recon Wildlands, que até se poderia dizer ser um sucessor de Splinter Cell possuindo elementos Stealth tal qual Conviction e Blacklist. 

E você, o que acha da franquia Splinter Cell? Ainda possui esperança de um novo jogo da franquia? Deixe nos comentários sua opinião sobre nossa análise e sobre o que gostaria de ver num novo Splinter Cell. 

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