A Sony, desde o início, parecia ciente de que o investimento na Firewalk Studios poderia ser um risco financeiro elevado. O estúdio, responsável pelo desenvolvimento do jogo “Concord”, buscava criar uma experiência online com capítulos e um formato semelhante ao Overwatch, mas o título não foi bem recebido. Em apenas duas semanas após o lançamento, a Sony decidiu encerrar as atividades do estúdio, gerando um grande debate entre jogadores e críticos. Para muitos, o fechamento do estúdio representa uma dura realidade da indústria dos games: quando um título não atinge as expectativas financeiras ou críticas, o risco de encerramento é iminente.
Caso não tenha lido nossa análise, estou adicionando o link na versão de texto e via vídeo no canal do YoUTube.
Resumo: O fechamento da Firewalk Studios reflete uma decisão estratégica da Sony, revelando as pressões financeiras da indústria e a necessidade de sucessos garantidos para manter estúdios em operação.
É de conhecimento geral que a Sony e outros gigantes do setor, como a Electronic Arts e a Embracer, frequentemente reavaliam suas estratégias quando títulos não atendem às expectativas. Essa abordagem faz parte de uma realidade que muitos estúdios enfrentam: a pressão para entregar sucessos financeiros e agradar tanto a crítica quanto o público, o que nem sempre acontece. Nesse cenário, “Concord” não conseguiu capturar a atenção dos jogadores e, com o rápido fechamento do estúdio, a Sony confirma uma postura rigorosa de corte de perdas.
A empresa, assim como outros grandes nomes do mercado, busca constantemente novos sucessos, especialmente no nicho de jogos de tiro em primeira pessoa, um segmento que depende de alta retenção de jogadores. Em anos recentes, a empresa tem sentido a pressão de competir diretamente com franquias já consolidadas, como “Call of Duty”, agora parte do portfólio da Microsoft após a aquisição da Activision Blizzard. Esse cenário limita as opções para a Sony em jogos de FPS de peso, levando-a a buscar alternativas viáveis para reduzir sua dependência de franquias de terceiros.
Reestruturação da divisão de jogos: Fechamentos e Foco em Títulos para 2025
Para quem teve a chance de experimentar “Concord” antes do fechamento, as memórias se limitam agora a vídeos na web. Essa é uma realidade dura para poucos usuários que gostaram do jogo, e especialmente frustrante para os desenvolvedores que investiram tempo e talento no projeto. Por mais triste que seja o fechamento, ele também representa uma lição para a indústria: a necessidade de avaliar com precisão o apelo e a proposta de valor de cada novo projeto, considerando as preferências do público e o potencial retorno sobre o investimento.
Além disso, o alto custo de desenvolvimento de “Concord”, especulado em cerca de 400 milhões de dólares, levanta questionamentos sobre a viabilidade de projetos multiplayer com esse nível de investimento. Muitos desenvolvedores, agora sem emprego, poderão migrar para estúdios independentes, criando projetos menores e mais econômicos, enquanto a indústria passa por uma reestruturação e adaptação às demandas do mercado.
O ano de 2024 continua pesado para a indústria de games, com empresas sendo forçadas a tomar decisões difíceis e redefinir estratégias. A esperança é que, com o tempo, as empresas encontrem formas mais sustentáveis de entregar experiências relevantes e cativantes, evitando o ciclo de promessas não cumpridas e fechamentos prematuros.
Essa crise já pode ser considerada uma das piores do mercado, que movimentou mais de 1 trilhão em capital, trazendo inúmeras oportunidades para desenvolvedoras, publicadoras e atletas de eSports de alto desempenho. Vale lembrar que este não foi o primeiro estúdio fechado pela SIE neste ano; outras divisões, incluindo o setor de dispositivos móveis, também tiveram baixas, revelando uma nova reestruturação voltada para a entrega de jogos de qualidade em 2025 e nos anos seguintes. Esses títulos poderão ser lançados com exclusividade para o PlayStation ou compartilhados em outras plataformas, como PC Windows.
E vocês, meus gamernéfilos, acreditam que a gigante dos games, criadora de franquias como God of War, The Last of Us, Horizon Zero Dawn, entre outras, conseguirá se reerguer? Deixem suas opiniões nos comentários!