Pergunto-me se o mítico ator e dublador Kevin Conroy estaria feliz ao ver seu último papel nos jogos na voz do Cavaleiro das Trevas, sendo uma toxicidade vergonhosa do seu fim. O jogo do Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça vem chamando atenção antes do lançamento oficial por polêmicas extra-campo! Com a data de lançamento oficial em 2 de fevereiro, o título recebeu críticas já em vídeos prévios de jogabilidade e enredo. Seu acesso antecipado gerou outro atrito ao deixar usuários que adquiriram a versão Deluxe sem acesso aos servidores por horas. Explicamos este acontecimento em dois artigos paralelos no nosso site.
Alerta de spoiler: continue por sua conta e risco!
Com a introdução do Arkhamverso (ou em inglês Arkhamverse) também em ‘Mate a Liga da Justiça‘, apesar do nome sugestivo, nos trouxe uma nova percepção. No qual, onde até os heróis são tóxicos e devem ser eliminados. Descobrimos que Brainiac está controlando Flash, Lanterna Verde, Batman e Superman, que foram aniquilados por Arlequina e seu grupo. É normal os heróis serem derrotados, principalmente nos quadrinhos com arcos épicos. O problema é que o personagem em questão é simplesmente o Batman da série mais aclamada do homem-morcego, Arkham. Chocando quase na sua totalidade os jogadores que estavam fervorosos por uma possível aparição jogável de Bruce Wayne.
Pois são quase dez anos de um título em mundo aberto trazendo o cavalheiro das trevas, sendo o último Arkham Knight de 2015. A nova geração de console ainda não conseguiu presenciar um título que faça jus honroso ao morcego de Gotham.
Super-heróis tóxicos
Ao longo de toda a trama, percebemos o quanto o efeito Batman é perturbador, assombrando os anti-heróis que estão em Metrópolis, cidade do Homem de Ação. Os personagens iniciais são Arlequina, Capitão Bumerangue, Pistoleiro e o Tubarão Rei. Evidentemente, em situações normais esses personagens jamais seriam páreos para os Super. No entanto, a trama traz uma visão onde narcisistas conseguem ser melhores do que os heróis. É um misto de utopia e decadência, tentando colocar uma situação no qual o mal e bem um precisa do outro. Colocando que as atitudes do personagem sejam consideradas tóxicas, mesmo não sendo por vontade própria.
O grande erro, na minha visão, é mexer com o legado da versão do Batman mais respeitado entre os jogadores de videogames. Talvez, a Rocksteady Studios tenha imaginado que isto receberia grandes proporções a favor e contra. Uma série de questionamentos pelos fãs da franquia agitaram as redes sociais, principalmente do X (antigo Twitter). A verdade, é que o personagem foi eliminado sem uma característica de memória. Mas apenas Arlequina questionando detalhes que nada acrescentam para a narrativa e sua morte.
Deixando o Vigilante em uma situação deplorável, forçando aceitação de que aquela cena é merecida. Estranhamente, nenhum vilão teve mortes parecidas e escrachadas como se tudo de ruim estivesse personificado em Batman. Ou seu legado estaria incluso no julgamento de ser tóxico e jamais deveria ser perdoado? Fica o questionamento que teremos ao longo dos meses. Essa dinâmica entre desenvolvedora e comunidade é uma parte fundamental da experiência do jogo.
Confira o momento do acontecimento do fim trágico de Bruce Wayne, codinome Batman, em Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça.
Morte de Batman em Suicide Squad: Kill the Justice League.
O jogo também terá um passe de batalha, com itens cosméticos para desbloquear. Conteúdos adicionais já foram confirmados. A empresa anunciou que o primeiro personagem por DLC (conteúdo por download) será o infame palhaço do crime, o Coringa, e que o personagem chega de graça em março.
Por fim, Suicide Squad: Kill the Justice League lançará oficialmente para PC, Playstation 5 e Xbox Series X|S, com publicação da Warner Bros Games e desenvolvimento da Rocksteady Studios.
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