Assistir clássicos do cinema nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente nos anos atuais, contudo, a experiência com Casablanca (1942) merece um destaque especial.
Desde seu lançamento, esse é um daqueles filmes atemporais, discutidos na maioria das rodas de amigos cinéfilos, e há uma razão para isso.
Com bastidores ainda mais quentes que o filme, alguns dos fatos mais conhecidos e repetidos incluem a quase escolha do produtor Hal B. Wallis de Ronald Reagan e Ann Sheridan para os papéis de Rick e Ilsa, a existência de dois roteiros diferentes para o último dia de filmagens (sendo um deles o final filmado; o outro, não produzido, mantinha Rick e Ilsa juntos) e as tensões nos bastidores entre vários dos atores principais.
Tudo isso servia de motivação para o diretor Michael Curtiz montar um dos maiores filmes de todos os tempos, estrelado por Claude Rains, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Conrad Veidt, Humphrey Bogart, Sydney Greenstreet e Peter Lorre, e com roteiro por Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch.
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Como explicar Casablanca aos novos cinéfilos?
Diferentemente de muitos filmes que posteriormente se tornaram clássicos, Casablanca era bem recebido em sua época, mesmo com alguns funcionários da Warner Bros acreditando que ele seria um fracasso nas bilheterias. O filme foi indicado a 8 prêmios do Oscar e ganhou em três categorias (Melhor Roteiro, Melhor Diretor e Melhor Filme).
Mas como explicar esse filme para novos cinéfilos?
“Casablanca” é um clássico do cinema que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na cidade marroquina de Casablanca, então sob controle francês. O filme é uma combinação de romance, drama e intriga política, centrado na figura de Rick Blaine (Humphrey Bogart). Rick é um americano dono de um café noturno que se tornou um refúgio para refugiados tentando escapar para os Estados Unidos.
A trama segue quando Ilsa Lund (Ingrid Bergman) entra no café de Rick. Ela é o grande amor do passado de Rick, mas agora está casada com Victor Laszlo (Paul Henreid), um líder da resistência tcheca fugindo dos nazistas. Ilsa e Victor precisam desesperadamente de documentos de trânsito para escapar de Casablanca e continuar sua luta contra o regime nazista.
O filme explora muito bem o lado do sacrifício, a lealdade e o amor não correspondido, com Rick sendo forçado a escolher entre seus sentimentos pessoais por Ilsa e a necessidade de ajudar Laszlo a escapar para que ele possa continuar a luta contra a opressão nazista.
Este é um filme que, mesmo com temas pesados em seu plano de fundo, consegue contar uma história de amor e aceitação. Mesmo lançado há mais de 80 anos, Casablanca segue sendo um clássico obrigatório para os fãs e amantes do cinema.
E antes de encerrar, é claro que não podemos deixar de destacar a inesquecível canção “As Time Goes By“, que marcou gerações e, até hoje, ganha novos ouvintes diariamente.
Não é nenhum exagero dizer que há tentativas até hoje de se fazer filmes parecidos com este, mas, para que isso realmente seja concreto, há algo que está faltando atualmente na criação: o coração.
Provavelmente, em um remake atual, teríamos mais tiroteios, mais cortes, e menos emoção. Essa não é uma crítica velada, e sim, um pedido de melhora para filmes de drama que envolvam suspense e romance. Ter o dom de contar uma história realmente é para poucos, mas buscar melhorar a cada dia deveria ser uma obrigação de todos envolvidos com a sétima arte.
Abaixo, você pode assistir ao trailer:
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Atualmente, o filme Casablanca está disponível para assistir na MAX, ou para aluguel no Amazon Prime Video, Google Play Filmes e Apple TV+.
