Crítica: Um Tira da Pesada 4: Axel Foley retorna como nos velhos tempos

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Um Tira da Pesada 4 começa com o estilo nostálgico que conhecemos na franquia do detetive Axel Foley.

A Netflix sabe que não poderia errar nesse retorno que demorou 30 anos para chegar às telas da nova geração. Por algum motivo a Netflix não convida nosso site para sessões de cabine de imprensa e screeners de suas produções, mesmo o site contendo milhares de publicações do seu streaming, tive que esperar o filme sair em sua plataforma para assistir. É claro que não usei uma conta minha, afinal, se não convidam para nada mesmo o site tendo dado grande lucro ao seu streaming, também não vou gastar dinheiro para assistir. Então, assisti na conta de um conhecido — talvez tenha sido um dos meus comentários mais antiprofissionais que já fiz em uma década.

Retomando ao longa-metragem do quarto filme da franquia, ele continua similar aos demais. Adicionado oficialmente ao catálogo em 3 de junho de 2024, somos apresentados a Foley ao lado de um policial novato, Mike Woody (Kyle S. More), destruindo toda a cidade perseguindo os contraventores como nos velhos tempos. Apesar de inicialmente não ter sentido muito carisma no personagem Woody, tentar trazer um ambiente nostálgico, se não bem executado, pode complicar e receber críticas negativas. Entretanto, diante das atuais produções de filmes, Um Tira da Pesada 4 traz a típica comédia de ação da qual estávamos órfãos!

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Como sempre, o detetive durão entra nas maiores “enrascadas”. No entanto, a missão desta quarta edição é diferente! Ele terá que resolver alguns problemas pessoais e familiares, além de rever rostos conhecidos pelos fãs da saga.

Axel recebe uma ligação de um velho amigo, Billy Rosewood (Judge Reinhold), e descobre que sua filha está em perigo. Ele retorna para Beverly Hills em busca de pistas para desvendar quem colocou a vida de sua pequena em risco. É claro que 2024 é bem diferente da década de 90 e muitas coisas mudaram, e o detetive terá que mudar sua abordagem. Quem disse que ele vai se enquadrar e mudar seu velho estilo?

Na sequência, conhecemos Jane Saunders, interpretada por Taylour Paige (Zola), que mudou seu nome por desavenças com o pai. Nesse ponto, entra o atrito: ela é uma advogada que defende a causa dos infratores, o oposto da profissão do seu querido papai. Percebemos que há uma adição proposital nessa parte do roteiro. É como se fosse para dizer que os maus elementos fossem “vítimas da sociedade” e os magnatas os verdadeiros culpados — acredito que tenham entendido o recado.

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Passado esse ponto, é a tentativa de tentar agradar todos os vieses. Teremos trocadilhos ácidos e outros que podem soar pejorativos para determinados grupos. Contudo, o que percebemos é Eddie Murphy buscando manter a essência do personagem adorado pelos fãs de comédia.

A trama tentará aproximar pai e filha de uma ligação mais afetiva e mostrar que anos afastados eram apenas um detalhe que não deveria ocorrer. É nesse momento que entra outro personagem, o detetive Bobby Abbott, papel de Joseph Gordon-Levitt. Devido às circunstâncias, mesmo contra sua vontade, terá que se aliar a Axel Foley para conseguir limpar sua barra no departamento de polícia.

Um filme para não ser levado a sério e apenas descontrair!

E quanto à ação do filme? É aquele estilo dos anos 80 e 90, parece que as balas são de festim, quando uma rajada nunca acerta os mocinhos, mas quem liga para isso — não é mesmo?

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Sinceramente, são momentos mais cômicos que acontecem. Foley simplesmente é um personagem icônico, principalmente dependendo do ambiente ele consegue perceber que tem que mudar seu comportamento. Seja em uma boate repleta de gângsteres, com um chefão (Luis Guzmán) que pensa que é cantor, ou visitando uma mansão de luxo, ao lado de Serge (Bronson Pinchot). Sim, o francês estiloso e contrabandista retorna nesse quarto título. Os poucos momentos que ele aparece são impagáveis, seu estilo descontraído é o típico alívio cômico que todo filme necessita!

Capitão Grant, personagem de Kevin Bacon, entra como algoz, sendo um policial corrupto. Isto não é spoiler, pois estava notório que esse seria o seu papel no filme. Funciona bem para o que foi proposto e conduzido como aquele corrupto que não tem medo de falar que é, até parece o nosso mundo atual. O pior é que John Taggart (John Ashton) foi seu mentor durante os anos de academia. Ou seja, o trio clássico está formado entre Foley, Billy e Taggart. O diretor Mark Molloy preferiu uma dinâmica de ir direto ao ponto, sem rodeios. O roteiro é simples, sem reviravoltas, apenas segue uma linha clara de quem é o vilão e mocinhos.

Gamerdito (Veredito) de Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

Confesso que era isso que qualquer espectador que conhece as interpretações de Murphy estava esperando do seu excêntrico personagem. A trilha sonora é nostálgica, trazendo os temas dos filmes anteriores e também uma repaginada nos arranjos. Tudo para sempre lembrar quem está assistindo que se trata de um longa-metragem com um fator de ação dos anos 80 e 90. Se estiver querendo descontrair com uma produção que estava faltando na década atual, separe um tempo e assista. Mesmo não sendo um primor de filme e muito provavelmente não vá concorrer a prêmios, até pelo motivo de não ter ido para os cinemas.

Na minha opinião, foi uma injustiça não terem colocado nas salas de cinema mundiais. Claramente haveria uma bilheteria considerável que pagaria todo orçamento com lucro. Infelizmente, a Netflix optou por não arriscar e nunca saberemos o real motivo. Tenho uma opinião que prefiro guardar para mim.

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley é nostálgico, “boomer”, até com ar de naftalina, desse personagem quarentão, mas vale assistir suas trapalhadas. Caso o longa seja um sucesso na plataforma da Netflix, provavelmente teremos uma continuação em breve. Isso não é difícil de acontecer, partindo do ponto que o filme ficou no top 10 do streaming em seu lançamento oficial em 3 de junho de 2024 e obteve crítica positiva. Poderemos ver Axel Foley outras vezes nas telas.

Por fim, finalizo minha análise desta crítica com uma nota 3/5. Essa nota é baseada no contexto geral que o filme entrega aos espectadores. Considere que apenas nostalgia não faz uma produção ser a melhor, o contexto como roteiro, fotografia, interpretação entre outros elementos são fundamentais para uma nota positiva.

Os assinantes da maior plataforma de streaming do mundo, até o momento, podem assistir na íntegra ‘Um Tira da Pesada 4: Axel Foley’, nesse (link).

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Entusiasta dos games, filmes de sci-fi, e nas horas vagas sonha em ser astrônomo amador. Acredito que todos possam ter suas opiniões onde devemos respeitá-las. Uma das minhas paixões é o maior Clube Brasileiro, o Flamengo! Vamos gamernéfilos que todos os dias há novidades =).

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