Na última sexta-feira (5), os fãs da franquia Predador receberam um novo filme colocando o maior caçador da galáxia contra os Comanches da Terra. No entanto, o conto do pássaro-trovão está mais vivo do que nunca neste longa da 20th Century Studios dirigido pelo diretor, Dan Trachtenberg. Com exibição exclusivamente no Brasil através do streaming online Star Plus, do Grupo Disney.
A história segue uma jovem indígena que busca ser reconhecida como uma guerreira, apesar de seus companheiros não há enxergarem assim. Contudo, uma lenda folclórica dos indígenas relatando que um estranho pássaro-trovão surge nos céus de tempos em tempos. Com isto, uma estranha criatura surge que também é conhecida por caçadora de homens.
Naru (Amber Midthunder), acaba observando no céu esse estranho fenômeno e fica intrigada, ligando acontecimentos recentes, acreditando ser um sinal desta lenda. Assim sendo, iniciamos a jornada da magrela contra os brutamontes em “O Predador: A Caçada“. A protagonista eu até achei cativante, mesmo sabendo que o enredo faria de tudo para que as coisas fossem exageradamente perfeitas para coloca-lá como destaque.
Um clichê produtivo!
Trachtenberg, não esconde essas situações em cada cena. Um clichê em que você aguarda cena por cena esperando, qual será o próximo. Temos a primeira grande caçada conhecida como ‘Kuhtaamia’, onde o guerreiro deve matar uma fera temida por todos, o que vai desde um puma e animais ferozes da região.
A comanche viveu sob a sombra de seu irmão Taabe (Dakota Beavers) toda sua vida, cogitado como o futuro cacique. Obstinada, determinou que provará seu valor para ser reconhecida. Não há problemas em ser guerreira onde apenas os homens eram respeitados. Entretanto, ela é um ás com arco e flecha, rainha da machadinha e uma curandeira prodígio de sua tribo, com remédios removidas de plantas medicinais.
O clichê não surpreendem ninguém. Por outro lado, acaba atrapalhando evoluções promissoras para lembrar que Naru, é uma guerreira e não somente uma donzela magrela.
Os Marines em segundo plano
Se você estava acostumado em acompanhar os filmes do Predador com fuzileiros totalmente preparados e suas armas bélicas. Agora, compreendemos que apenas uma mente criativa consegue derrotar um exímio caçador que vai de planeta em planeta buscando desafios. Afinal, o Predador (Dane DiLiegro) é neófito, deve ser esse o motivo que explica sua falta de percepção do ambiente onde está desbravando.
Marines ou boinas verdes são coisas do futuro, o momento armadilhas primitivas para ursos, entre outras. Confesso que gostei dessa abordagem mais primitiva, colocando o alienígena em vantagem contra os humanos, para fazer toda carnificina ao encontro de um guerreiro páreo.
Um caçador inexperiente
Considerando a narrativa sobre monstros dos céus já visitaram os seres humanos anteriormente, é esquisito que a criatura não conheça a fauna da determinada região explorada. Já que, literalmente, ele leva uma surra do Urso-pardo e também até do lobo americano, criaturas selvagens. Diga-se de passagem — é uma das melhores cenas de ação superando até mesmo quando os atores estão contracenando entre eles.
O primeiro contato
Eventos paralelos ocorrem, como os piratas colonizadores avançando seus territórios para dentro dos Estados Unidos. Sinceramente, pareciam mais nórdicos do que ingleses e franceses. Foi nesse filme que descobri como os Comanches tiveram o primeiro contato com armas de fogo. Sim, nossa pequena prodígio, a primeira da tribo conhecer e expandir o gosto por armas de fogo, além das armas brancas criadas pela tribo.
Porque acham que não consigo
A produção poderia ter deixado somente Naru e seu cachorro Sarii sem os demais coadjuvantes, como em um documentário da National Geographic (NatGeo). Mesmo que superficialmente, observamos a caça predatória sem controle, diversidade de animais selvagens, planícies e paisagens interessantes. Com um plano de fotografia excelente, um dos pontos positivos merecendo respeito. Embora, o foco seja no objetivo de “Porque acham que não consigo“, a determinação da menina é provar seu valor.
Será que ter respeito é necessariamente querer superar seus companheiros da aldeia? O respeito vai muito além de querer mostrar sua capacidade matando e parecendo “durona”.
Quem se destaca?
Por vezes, o filme exibia orçamento AAA, em outros parecia filme de orçamento B. Além disso, em momentos de combates, era possível diferenciar a atriz e seus dublês em ação. Ademais, pode ser um incômodo para espectadores mais exigentes. Se é para convencer que Naru é uma guerreira com habilidades da Força, estilo Rey de Star Wars, passaram longe.
Os brutamontes não pensantes
Rapaz! Aos que são fãs de filmes de terror e thriller sabem o quanto os personagens acabam preferindo atitudes “burras”. Ninguém pensou que em Prey, o roteiro de Patrick Aison e Dan Trachtenberg abordaria outra temática. Estamos cientes, que Hollywood tem colocando os homens viris como burros. No longa, ficou evidente e muito diferente do filme “Alien“, com Sigourney Weaver, interpretando Ellen Ripley. O destino a escolheu para enfrentar os alienígenas e contando com a sorte se manter viva. Em Predador de 2022, a protagonista precisou compreender como o monstro utilizava seus artefatos para ter uma vantagem.
Mas, compreendo um grande furo, já que a Comanche não sabia manusear revolveres que deveria recarregar a pólvora e a munição depois de cada disparo.
Retomando a capacidade de interpretar cada investida na velocidade da luz, adaptando-se para ficar em vantagem em relação ao inimigo. Acredito que esse seja o primeiro que o Predador está sempre em desvantagem em relação aos humanos. Exceto, quando é para matar homens. Falo do modo literal! Todos os homens seja europeus, indígenas na linha de frente são dizimados pelo ex-dread. Isto mesmo que você leu, no filme atual o matador das galáxias parece ter perdido seu conhecido look.
O desfecho com acrobacias e muita determinação da nerfada.
Com um Predador nerfado comparado aos demais filmes da franquia. Não é difícil imaginar que seu fim seria pior como os outros predadores.
O Grand Finale Comanche
Como única sobrevivente do massacre do século XVIII, sua estratégia era aprender o conceito de ataque do caçador de homens. Logo no início deste artigo, mencionei de seu conhecimento em plantas medicinais. Logo, há uma dessas plantas que aparentemente faz os batimentos cardíacos bombearem mais devagar, causando uma espécie de hipotermia. Caso não seja um fã da saga, os predadores utilizam visão infravermelha para identificar seres vivos e atacá-los.
Ela compreendeu e utilizou, fazendo que ele ficasse cego, de sua própria tática de guerra. O próprio Major Dutch personagem de Arnold Schwarzenegger no filme de 1987, conseguiu pensar algo nesse nível. Comprovando que a indiazinha estava à frente do seu tempo!
Gamerdito (Veredito)
Trazer um novo caminho para franquia do Predador foi ousado e arriscado. A direção incluiu, em alguns momentos do filme, a comunicação dos personagens por língua de sinais, a Plains Indian Sign Language (PISL), interessante para inclusão. Eles também pecaram ao facilitar demais o lado da protagonista. Deixando de lado, um desafio maior para os fãs ficarem intrigados com alguma reviravolta fora da previsibilidade. Infelizmente, acabou não ocorrendo, onde esse novo recomeço passará longe entre os cults da saga “Predator”.
Apesar de alguns fanservice, como o mítico banho de lama do primeiro filme, e também a arma de Pederneira com a inscrição de “Raphael Adolini 1715“.
Nota da crítica 3/5.
O Predador: A Caçada, estreou no dia 5 de agosto, no streaming do Star Plus exclusivos para seus clientes, que podem acessar aqui.
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