Crítica de L.O.C.A.
L.O.C.A. - Divulgação / Imagem Filmes

O novo filme nacional do gênero comédia, L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor, estreou neste domingo no Telecine, e nos trouxe a essência da comédia brasileira comandadas pelo trio: Mariana Ximenes, Débora Lamm e Roberta Rodrigues.

A história acompanha a história de três mulheres completamente diferentes, que não passam por uma fase muito boa, e que acabam por se conhecer em na reunião da ‘Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor’. Assim, Manuela, Elena e Rebeca descobrem que tem algo em comum: viveram uma paixão desenfreada, e resolvem dessa forma se ajudarem, para superar e se vingar dos homens.

O elenco é composto por Mariana Ximenes, Débora Lamm, Roberta Rodrigues, Fábio Assunção, Érico Brás, Luis Miranda, Victor Lamoglia, Cris Vianna, Rafael Zulu e Valentina Bandeira.

A proposta inicial pode não pegar a todos que assistirem, principalmente aqueles que querem camadas mais construídas e grandes desenvolvimentos de personagens, porém, um filme de comédia, às vezes, deve ser apenas engraçado e descontraído, sem muito olhar para partes técnicas. Criticamente, a parte do roteiro, com algumas soluções fáceis, e outras completamente aleatórias, deixou um gosto de quero mais. Entretanto, quando a mesma pessoa escreve e dirige o filme, o caso desse, com Cláudia Jouvin, temos traços mais definidos de concentração e de que, realmente, a ideia está sendo passada como deveria ser, sem algum desentendimento entre as partes de criação da obra cinematográfica.

A comédia proposta por Cláudia Jouvin, de colocar situações normais nas três personagens, seguidas de escrachamentos, faz com que haja momentos específicos de realidades de mulheres brasileiras. A mensagem passada, de empoderamento feminino, é feita de forma natural, e faz com a família inteira reflita esses momentos, de diferenciar o prazer com machismo, de forma inteligente e bem humorada.

Após o encontro na L.O.C.A., as três mulheres resolvem se vingar de seus respectivos maridos/namorados, pois não aguentam mais as suas inseguranças e atrocidades cometidas por eles. Dessa forma, a história das três é contada, e todos os medos e inseguranças são revelados.

Mesmo com esteriótipos criados a todos os momentos, principalmente com os personagens secundários, o filme não se incomoda em desconstruí-los em sequência, com histórias ainda mais perigosas e afinidades pouco questionáveis.

Sem detalhes do final, podemos chegar a conclusão que o filme entrega tudo aquilo que um espectador, que procura comédias nacionais, pode aguardar. Com um humor do “jeitinho brasileiro”, combinado a um ótimo elenco comandado pela grande Mariana Ximenes, o filme é um agrado despretensioso ao público brasileiro.

Enfim, L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor está disponível no streaming do Telecine.

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