Crítica | Turma da Mônica: Laços

Passaram-se 60 anos desde então, não há brasileiro que não conheça a Turma da Mônica.

Por gerações, crianças têm crescido embaladas com as aventuras desses personagens. “Turma da Mônica: Laços” é a consagração desse universo criado por Maurício de Sousa das simples tirinhas de jornais e gibis, para uma versão em carne e osso.

O longa contou com direção de Daniel Rezende (“Bingo: O Rei das Manhãs” e editor de obras como “Cidade de Deus” e “A Árvore da Vida”), com a dura missão por levar às telas personagens icônicos do quadrinho nacional. Rezende executou com maestria.

O filme sofreu vários adiamentos, mas valeu a pena. O casting foi perfeito. Embora as crianças tenham tido sua estréia no cinema com esse filme, todas se mostraram adequadas para os papéis. A fotografia e o figurino conseguem dar um ar de inocência e nostalgia, num clima atemporal. Há uma certa lentidão no meio do filme, mas nada que estrague o resultado final.

A história se passa no bairro do Limoeiro — respeitosamente caracterizado, nas histórias de Maurício; e gira em torno do sumiço do Floquinho, o cachorro verde do Cebolinha (Kevin Vechiatto, da série “Cúmplices de Um Resgate”), e a consequente busca por ele por toda a turma.

A história, leve e ingênua, consegue nos colocar dentro dos quadrinhos, sem deixar de ser divertido.

Cada personagem tem seu próprio estilo como nos gibis, Mônica (Giulia Benitte) é corajosa e destemida, apesar de um sorriso encantador, a dentuça mostra todo seu lado de liderança, junto com o seu inseparável coelhinho sansão. Cebolinha com sua lendária língua presa e planos infalíveis, apresenta momentos descontraídos, já que o longa peca no ritmo (citado acima). Magali (Laura Rauseo) sempre ansiosa por comida, com o poder de colocar todo o grupo em situação de encrenca para suprir sua fome. O Cascão (Gabriel Moreira) o personagem consegue ser o mais engraçado do grupo e humor inocente.

Laços foi baseada na graphic Novel Laços de Vitor e Lu Cafaggi. Com pequenas participações de outros personagens desse universo. O ator Rodrigo Santoro (“O Tradutor”) faz uma participação animada dando vida ao Louco, personagem marcante das revistinhas.

Laços presenteia os fãs da Turma da Mônica com vários pequenos mimos. E temos até mesmo o próprio Maurício dando uma de Stan Lee – “Cameo” brasileiro, sem dúvida uma merecida homenagem.

Eu diria que esse filme é o mais próximo de uma animação da Pixar brasileira, no sentido da qualidade, beleza, mensagem e no fato de que irá agradar crianças de dois a cem anos de idade.

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