Crítica — Sonic 2 – O Filme, respeita os jogos da franquia!

A velocidade andou em tempos distantes devido o cenário atual causado pela pandemia com a continuação do filme de Sonic, o Ouriço mais veloz do mundo. Com a chegada do nosso azulão a cidade de Green Hill e o mundo ficou mais seguro ou não?

No filme da jornada do herói, Sonic quer a todo custo provar que se vira sozinho. Contudo, Tom Wachowski (James Marsden) seu “pai, ou melhor amigo”, reluta em aceitar que o Ouriço esteja preparado para sair sozinho salvando o mundo. Sua grande chance será em um final de semana sozinho, enquanto Tom e Maddie (Tika Sumpter) viajam para o Havaí no casamento de sua irmã Rachel (Natasha Rothwell).

Jeff Fowler diretor do primeiro longa, buscou respeitar ainda mais as referências do jogo original lançado pela Sega. Agora com adição de Tails e Knuckles, a vida de Sonic será ainda mais conturbada.

Pegando a ponte do seu antecessor regada de humor sarcástico, a continuação não foi diferente. Além disso, esse filme consegue dosar o enredo para novos espectadores, bem como, fanservice para os amantes da franquia do ouriço. Em alguns momentos, o diretor conseguiu trazer a essência do jogo como se estivesse nele.

Até fases com a introdução do clássico monomotor do avião de Tails, é uma viagem no tempo. Para quem estar familiarizado com os demais personagens, deve conhecer o temperamento de cada um deles. Nossa raposinha como um prodígio da tecnologia e nosso vermelhão um estilo Drax, de Guardiões da Galáxia.

Por sinal, Knuckles fará as pessoas rirem com seu jeito “turrão” com diálogos engraçados e seus dilemas de incertezas. Mesmo com humor excessivo o filme não fica cansativo, considerando haver citações até mesmo com a suposta briga de “egos” entre Vin Diesel e The Rock.

Retorno de um vilão canastrão ou desgastado?

Dr. Ivo ou “Eggman” ou Robotnik, seja lá como queira chamá-lo, Jim Carrey trouxe uma dinâmica mais intensa do que no primeiro longa. O interessante é que o ator atua literalmente solo, sem atores ao seu lado. Isto, devido ter recusado vacinar contra covid durante as filmagens. A edição ficou bem trabalha e sua performance solo digna de atenção. Carrey, pode ser o mesmo personagem em filmes diferentes, mas, com certeza ele rouba a cena quando aparece. As piadas são politicamente incorretas, para aqueles que sentiram falta desse “tom”. Lee Majdoub, também consegue prender em suas cenas com lacaio Stone de Robotnik.

Mais adulto ou infantilizado?

Como o herói busca amadurecimento, o filme trouxe um clima mais adolescente do em vez de infantil. Colocando diálogos intensos e cenas hilárias protagonizados pela personagem Rachel. Afinal, ninguém pode atrapalhar o dia especial de uma noiva. Detalhe que houve momentos que lembrei do filme As Branquelas, quando Randall (Shermar Moore), entra em ação. No entanto, como o artigo é contra spoilers, vocês vão ter que descobrir ao assistir o filme.

Atuações individuais dos atores

Infelizmente, a sessão para o Brasil onde o MeUGamer foi convidado era na versão dublada em português. Logo, não consigo avaliar as atuações nas vozes originais dos 3 alienígenas. Os atores como Ben Schwartz, interpretou Sonic, Idris Elba como Knuckles e Colleen O’Shaughnessey como Miles “Tails” Prower.

Porém, a versão dublada convence e faz você ter uma imersão satisfatória do universo de Sonic The Hedgehog.

Gamercinedito

O filme traz o mesmo embalo do primeiro, melhor moldado, sem maiores surpresas e reviravolta mirabolante. Posso dizer que é previsível caso já conheça a saga de Sonic. Entretanto, Fowler sai entregando tudo de início, recua no meio e busca acelerar no fim da trama. Quando evidentemente percebemos um atropelamento nas cenas finais, isto não compromete o filme, porém, é visível.

Se você gosta de surpresas, aguarde para uma surpresa de uma revelação direta dos jogos do ouriço, que te fará suspirar na sessão do cinema.

E, por fim, Sonic 2 – O Filme estreia nesta quinta-feira (7), de abril nos cinemas brasileiros.

Nota do crítico 3.5/5