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Crítica | Homem-Aranha no Aranhaverso

Crítica | Homem-Aranha no Aranhaverso

Gamernéfilos, confesso que desde “Planeta Hulk” nunca fiquei tão motivado com as animações da Marvel como Homem-Aranha: No Aranhaverso. A animação é a nova aposta da Sony para o Cabeça de Teia e o incrível é que a mesma deu um grande salto de amadurecimento em relação as últimas.


O longa com Miles Morales no centro da história – ao invés do velho e já conhecido Peter Parker, foi algo ousado por parte da liberdade criativa do diretor e roteirista – Rodney Rothman (Anjos da Lei) e Phil Lord (Uma Aventura Lego). Reunir o Aranha em um multiverso que não segue a linha temporal dos filmes dos Vingadores, foi uma sacada de mestre. Miles Morales é um simples garoto do Brooklyn, que descobre desde muito cedo, como é ter grandes responsabilidades.

O humor do filme é completamente diferente de qualquer outra animação já produzida com heróis da Marvel, com narrativa engajada que em momento alguma força cenas cômicas. O trio de diretores – Rodney Rothman, Bob Persichetti e Peter Ramsey – conseguiu criar algo extremamente original, com uma personalidade própria para cada aranha que aparece no longa. Para os que não estão familiarizados com as técnicas de Pontos Ben-Day — a técnica de colorir painéis com pontos de quatro cores sobrepostos, podem estranhar nos primeiros minutos, contudo, está coesão de quadrinhos misturados com balões pipocando na tela dão uma imersão das HQs e uma experiência nostálgica e única ao filme do “Homem-Aranha”.

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O filme prefere destacar prévios flashbacks para contar a história de cada personagem sem alongar e tornar algo cansativo e repetitivo, outro ponto positivo. O filme respeita a presença de Peter Parker, mas como um pai para Miles do que propriamente dito um herói principal. Um dos momentos celebres do filme é aparição do “cameo” Stan Lee, sendo sua primeira aparição em filmes do universo Marvel, após seu falecimento, foi simplesmente emocionante.

O desenvolvimento dos seis heróis-Aranha, são construídos conforme o desenrolar da trama, destacando no momento certo cada herói. Desde o momento que Gwen Stacy conhece Morales e surpreende, até o encontro entre Parker e Morales. Peni Parker tem características de anime (simulação do 2d olhos grandes) que é algo incrível; o Porco-Aranha com traços que lembram os de cartoons, os diretores aproveitaram para introduzir piadas usadas na HQs quando algumas pessoas perguntavam se ele era um porco de desenho animado. E por último, não menos importante, o Aranha Noir, seu visual é inspirado em HQs dos anos de 1930 (preto e branco – o que o torna ainda mais interessante é que seus diálogos são dialetos da década de 30).

Diferente dos demais “clichês” sentimentais nos longas de heróis, no Homem-Aranha: No Aranhaverso o caminho é inverso. Relações interpessoais entre herói e vilão trazem à tona o que é certo ou errado em se fazer. Por sinal, os vilões se destacam em mostrar um lado mais humano, como o Rei do Crime sempre com suas eloquências é capaz de tudo para restaurar coisas perdidas no passado. A aparição da Doutora e vilã Ocktopus, surpreende pela frieza que a vilã feminina tem ao mencionar suas intenções sobre o Aranha.
Todos os personagens apresentados no longa, desde os principais até os secundários, podem ser aproveitados em outras histórias sem a necessidade de ficar atrelados ao mesmo grupo de “Aranhaverso”.

O clímax entre o enredo, trama e desenvolvimento, é o acertado elenco para as vozes dos personagens de Miles Morales do ator Shameik Moore e, de Jake Johnson como Peter Parker, Jefferson, pai de Miles, vivido por Brian Tyree Henry e tem uma função importante na trama entre Miles e Aaron, tio de Miles, na voz de Mahershala Ali (Luke Cage). Hailee Steinfeld consegue desenvolver bem seu papel na voz de Gwen Stacy – Mulher Aranha.

O estilo da animação do Homem-Aranha não é uma novidade, mas certamente será uma tendência nas próximas animações da Marvel.

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Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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