A Fera do Mar estreou na Netflix, e trouxe ao público mensagens importantes, somadas a um roteiro e animação muito bem construídas, e a crítica completa, confira a seguir.
Sinopse oficial: A Fera do Mar nos leva para um ponto além de todos os mapas: para aquele lugar onde a verdadeira aventura começa. Quando feras aterrorizantes ainda vagavam pelos mares, os caçadores de monstros eram considerados heróis — e o maior de todos eles era o valente Jacob Holland.
Agora, o famoso aventureiro encontrará em Maisie, uma garota que embarcou como clandestina em seu navio, uma aliada inesperada numa jornada épica por águas desconhecidas.
A Fera do Mar – Crítica
Como é bom ver a Netflix fazendo animações. Na última sexta-feira (8), o streaming disponibilizou o filme A Fera do Mar, e por essa razão, elaboramos uma crítica especial da animação. Confira a seguir, com alguns spoilers, então, é por sua conta em risco!
Acho importante começar destacando o trabalho visual, impecável. Quando pensamos em animação, normalmente temos algumas noções básicas de traços, muito destacado em produções da Pixar, por exemplo.
A aventura marítima foi, perdoe-me o trocadilho, um tesouro achado da Netflix.
O filme começa num ritmo mais desacelerado, com passagens mais breves, e que não passaram a total confiança em prender o telespectador.
Entretanto, foi apenas meia-hora de construção, e consequentemente, 1/4 da produção. Em contraponto, toda história marítima, com a perseguição ao monstro, e depois, até a nova amizade, foi muito bem conduzida.
Surpreendeu-me a ideia do monstro realmente aterrorizar, quando é um filme feito, também, para as crianças.
Mas, a direção de Chris Williams conseguiu conduzir bem essa ideia, tomando por si só camadas e dosagens igualitárias, para um equilíbrio emocional no público infantil, jovem e adulto.
Outro destaque importante é os personagens principais. Jacob (Karl Urban) e Maisie (Zaris-Angel Hator) fazem excelentes contrações do passado e presente.
Enquanto um é um marujo em busca de aceitação, e seguidor dos bons costumes, outra é uma solitária criança, perdida, mas sonhadora, e em busca de um propósito. Desde os primeiros minutos de tela já é evidenciando, com ela fugindo do local em que estava alojada.
O filme conseguiu construir excepcionalmente bem essa relação, evoluindo ela a cada novo minuto. De possíveis inimigos, eles se tornaram melhores e amigos, e a que tudo indica, possíveis pai e filha.
O propósito final, envolvendo questões passado/futuro, e como precisamos aprender realmente a realizar as coisas certas, foi fundamental para a conclusão.
Não precisamos esquecer o passado, apenas observá-lo com outros olhos, para que assim tenhamos a melhor ideia dos fatos.
Não é porque algo tem aparentemente uma aparência assustadora, que ele realmente é malvado. A ideia do filme que criticar uma pessoa ou qualquer coisa é ruim, sem conhecê-lá, é um dos principais problemas da sociedade atual.
Aprender com os erros é sempre a melhor maneira de construir uma vida mais segura. A Fera do Mar é exatamente sobre como a evolução pode e deve ser estudada, com respeito e verdade.
E é claro que, podemos pensar já nas premiações de cinema. Como dizem alguns críticos especializados, a animação pode sim concorrer ao Oscar de Melhor Animação em 2023.
Isso não seria inédito, visto que a Netflix vem colocando sempre concorrentes no páreo da Academia. Talvez, quem sabe, não seja essa a hora?
Gamerdito (Veredito)
A Fera do Mar é um filme muito bonito, com roteiro seguro, mesmo que com algumas partes previsíveis, conseguiu atrair total atenção, para a construção sólida de uma história diferente, mas que tem importância em sua diversidade que convence.
Nota do crítico: 4/5.
O elenco de voz conta com Karl Urban, Zaris-Angel Hator, Jared Harris, Marianne Jean-Baptiste, Dan Stevens e Kathy Burke.
Por fim, o filme A Fera do Mar está disponível na Netflix.
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